LC.
Bailão tava naquele pique mil grau. Gente loucona pra caralho, música estralando, bebida e drogas vendendo à beça.
A gente fatura pra caralho nesses bailes, uma pá de patricinhas e playbas querendo pagar de vida louca, vêm pra contrariar os pais e quem sai no lucro é nóis mermo.
Tava de boa curtindo a minha bebida e o meu baseado, até achar uma loira quando fui lá embaixo dar um salve num mano aí, voltei a subir pro camarote com ela e ficamo curtindo lá. Negão já me mandou o papo que o teste que foi fazer pra ver se é o pai da cria da Ana sai semana que vem.
Peguei na mão da loira que eu nem lembrava o nome e fomos descendo pra se pegar à vontade, mas meu olhar encontrou o da preta, e porra... Não me canso de dizer que a mina foi muito bem feita, tava linda pra caralho, o corpão que ela tem tava bem evidente com aquele vestido minúsculo que ficava como uma segunda pele nela. Tava rebolando ainda, puta que pariu.
-Ou.-A loira me cutucou.-Esqueceu como anda?-Perguntou me puxando pela mão e eu balancei a cabeça, numa tentativa de tirar a preta da minha mente.
-Esqueci nada.-Respondi puxando ela pra um beco, peguei na nuca dela sentindo ela me dar um selinho e aprofundei o beijo apertando mais o meu corpo contra o dela.
Mó tempão a gente ficou lá no beco, saindo de lá chamei ela pra ir lá em casa e fui pro camarote falar pro Negão que estou vazando.
Quando fui pra ir dar um salve na loira e falar que podemos meter o pé eu vi a preta rindo lá com um cara mas o mesmo não parecia estar se divertindo, pelo contrário, olhava pra ela cheio de ódio e as veias saltando no pescoço dele cada vez que ele falava me fizeram perceber que ele tava gritando, fui na reta deles na hora...
Olhei o cara vazando depois que eu dei um se liga nele e depois olhei pra preta que ainda tava rindo.
-Cê tá bem?-Perguntei tocando no rosto dela.
Mariana: Q-Qu-Quem não fica bem quando vo-voc-vocccê tá por perto?-Falou com a voz meio arrastada e sorriu.
-Exagerou na bebida, nenão?-Perguntei vendo ela rir e segurei rápido ela ao ver que ela ia cair.-Tá na hora de ir pra casa já.-Passei a mão na cintura dela e um dos braços dela em volta do meu pescoço.
-Lc!-Escutei alguém me gritar e virei vendo a loira, a Mariana sorriu pra ela e levantou a mão livre, dando tchau.-A gente não ia pra tua casa?-Perguntou.
-Foi mal, loira, preciso ajudar ela.-Falei vendo ela respirar fundo antes de responder.-Depois eu volto pra te pegar.
-Se você der mais um passo cê não vai me encontrar quando voltar.-Falou arqueando a sobrancelha, esperando pela minha resposta.
-O que não falta nesse morro é mina querendo me dar.-Falei e a Mariana riu levantado o dedo no ar.
Mariana: Eu inclusive.-Riu de novo.
-Fala sério, não creio que cê esteja me trocando por uma bêbada.
Mariana: Aí é fo-foda!-Gargalhou se desequilibrado e eu peguei ela novamente.-Pra voc-você ver a gravidade da situação né MONAAAA.-Gritou e eu ri também ajudando ela a andar.
Nos afastamos um pouco do baile e ela veio pra minha frente, olhando nos meus olhos. Ela ficou na ponta do pé e fez menção de me dar um selinho mas eu virei o rosto, fazendo o beijo dela ser na bochecha.
Mariana: Vo-você não quer?-Perguntou parecendo estar decepcionada.
Levei as minhas mãos ao rosto dela, acariciando o maxilar dela e aproximei os nossos rostos, sussurrando no ouvido dela.-Quando você estiver sóbria.
Coloquei ela sentada na calçada e comprei uma garrafa de água indo dar pra ela que só deu um gole e murmurou que já não queria, ela fechou os olhos deitando na calçada.
-Ou.-Chamei e ela não respondeu.-Vamo que eu te levo em casa pra dormir na tua cama.-Falei e ela abriu os olhos dando risada.
Mari: N-não, minha mãe vai me matar se me vir assim.-Gargalhou.
-Bora pra minha goma então.-Peguei ela pela cintura, ajudando a se equilibrar.-Tá de boa pra andar?-Ela só balançou a cabeça afirmando, e passou o braço no meu pescoço.
Por sorte o baile tava rolando numa rua próxima de onde a minha goma fica, menos de dez minutos já tínhamos chegado.
Mariana: Finalmente.-Se jogou no chão da sala enquanto eu trancava a porta, quando fui chamar ela nem respondeu.
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Nossa História. - Livro I
Romance+16| Cidade De Deus, Rio de Janeiro.📍 "Encosta o corpo no meu Preta não solta a minha mão Se for pra te ver partir Vai partir meu coração." 1° livro da triologia 'Meu Primeiro Amor.' 𝓐-𝓥𝓲𝓻𝓰𝓲𝓷𝓲𝓪𝓷𝓪. ©2021.