Capítulo 19.

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LC.

Bailão tava naquele pique mil grau. Gente loucona pra caralho, música estralando, bebida e drogas vendendo à beça.

A gente fatura pra caralho nesses bailes, uma pá de patricinhas e playbas querendo pagar de vida louca, vêm pra contrariar os pais e quem sai no lucro é nóis mermo.

Tava de boa curtindo a minha bebida e o meu baseado, até achar uma loira quando fui lá embaixo dar um salve num mano aí, voltei a subir pro camarote com ela e ficamo curtindo lá. Negão já me mandou o papo que o teste que foi fazer pra ver se é o pai da cria da Ana sai semana que vem.

Peguei na mão da loira que eu nem lembrava o nome e fomos descendo pra se pegar à vontade, mas meu olhar encontrou o da preta, e porra... Não me canso de dizer que a mina foi muito bem feita, tava linda pra caralho, o corpão que ela tem tava bem evidente com aquele vestido minúsculo que ficava como uma segunda pele nela. Tava rebolando ainda, puta que pariu.

-Ou.-A loira me cutucou.-Esqueceu como anda?-Perguntou me puxando pela mão e eu balancei a cabeça, numa tentativa de tirar a preta da minha mente.

-Esqueci nada.-Respondi puxando ela pra um beco, peguei na nuca dela sentindo ela me dar um selinho e aprofundei o beijo apertando mais o meu corpo contra o dela.

Mó tempão a gente ficou lá no beco, saindo de lá chamei ela pra ir lá em casa e fui pro camarote falar pro Negão que estou vazando.

Quando fui pra ir dar um salve na loira e falar que podemos meter o pé eu vi a preta rindo lá com um cara mas o mesmo não parecia estar se divertindo, pelo contrário, olhava pra ela cheio de ódio e as veias saltando no pescoço dele cada vez que ele falava me fizeram perceber que ele tava gritando, fui na reta deles na hora...

Olhei o cara vazando depois que eu dei um se liga nele e depois olhei pra preta que ainda tava rindo.

-Cê tá bem?-Perguntei tocando no rosto dela.

Mariana: Q-Qu-Quem não fica bem quando vo-voc-vocccê tá por perto?-Falou com a voz meio arrastada e sorriu.

-Exagerou na bebida, nenão?-Perguntei vendo ela rir e segurei rápido ela ao ver que ela ia cair.-Tá na hora de ir pra casa já.-Passei a mão na cintura dela e um dos braços dela em volta do meu pescoço.

-Lc!-Escutei alguém me gritar e virei vendo a loira, a Mariana sorriu pra ela e levantou a mão livre, dando tchau.-A gente não ia pra tua casa?-Perguntou.

-Foi mal, loira, preciso ajudar ela.-Falei vendo ela respirar fundo antes de responder.-Depois eu volto pra te pegar.

-Se você der mais um passo cê não vai me encontrar quando voltar.-Falou arqueando a sobrancelha, esperando pela minha resposta.

-O que não falta nesse morro é mina querendo me dar.-Falei e a Mariana riu levantado o dedo no ar.

Mariana: Eu inclusive.-Riu de novo.

-Fala sério, não creio que cê esteja me trocando por uma bêbada.

Mariana: Aí é fo-foda!-Gargalhou se desequilibrado e eu peguei ela novamente.-Pra voc-você ver a gravidade da situação né MONAAAA.-Gritou e eu ri também ajudando ela a andar.

Nos afastamos um pouco do baile e ela veio pra minha frente, olhando nos meus olhos. Ela ficou na ponta do pé e fez menção de me dar um selinho mas eu virei o rosto, fazendo o beijo dela ser na bochecha.

Mariana: Vo-você não quer?-Perguntou parecendo estar decepcionada.

Levei as minhas mãos ao rosto dela, acariciando o maxilar dela e aproximei os nossos rostos, sussurrando no ouvido dela.-Quando você estiver sóbria.

Coloquei ela sentada na calçada e comprei uma garrafa de água indo dar pra ela que só deu um gole e murmurou que já não queria, ela fechou os olhos deitando na calçada.

-Ou.-Chamei e ela não respondeu.-Vamo que eu te levo em casa pra dormir na tua cama.-Falei e ela abriu os olhos dando risada.

Mari: N-não, minha mãe vai me matar se me vir assim.-Gargalhou.

-Bora pra minha goma então.-Peguei ela pela cintura, ajudando a se equilibrar.-Tá de boa pra andar?-Ela só balançou a cabeça afirmando, e passou o braço no meu pescoço.

Por sorte o baile tava rolando numa rua próxima de onde a minha goma fica, menos de dez minutos já tínhamos chegado.

Mariana: Finalmente.-Se jogou no chão da sala enquanto eu trancava a porta, quando fui chamar ela nem respondeu.

Nossa História. - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora