Capítulo 15.

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Mari.

Drika: Algum plano pra sábado?-Perguntou enquanto a gente subia o morro, estávamos voltando do trabalho já.

-Mulher, mal segundou e tu já tá com a cabeça lá no sábado?-Perguntei rindo.-Não é possível.-Nunca pensei que fosse achar uma pessoa que adora fim de semana mais do que eu.

Drika: Ah.-Deu de ombros.-É que vai ter baile, naquele pique.

-Sério?-Perguntei vendo ela balançar a cabeça em sinal positivo.-Os bailes daqui têm que ser muito bons pra eu ir.

Drika: E são cara, tudo bem que eu sou suspeita pra falar por ser cria da cdd, mas dependendo do seu conceito de "bom".-Fez aspas com os dedos.-Eu acho que tu vai curtir.-Finalizou.

-Tá quase me convencendo.-Falei e ela riu, abri o portão da minha casa e a gente foi entrando.

Hoje o professor da matéria que ela tem nos dois primeiros tempos não vai dar aula então ela ainda tem umas três horas livres, claro que arrastei ela pra passar comigo.

Drika: O Ret, Matuê e o Poze vão cantar.-Nem sou muito de ir pra baile mas foi só ela falar isso que eu fiquei total convencida.

-Pode pá que a gente vai, nem precisa falar mais nada!-Respondi rápido e ela riu, fazendo um coque no cabelo dela.

Depois de vestir algo mais apropriado para o clima daqui, que pra variar tá quente que nem o inferno, a gente foi fazer o almoço.

Fizemos arroz com bife, batata frita, e salada, enquanto isso a Dri foi me contando altos babados sobre o pessoal daqui, nem amei!

Comemos assistindo um programa aleatório que tava passando na Globo e depois ela inventou de irmos pra lojinha daqui comprar pó descolorante e água oxigenada pra passar no corpo e descolorir os pelos.

Eu costumo ver um monte de gente fazendo isso mas tinha medo de não ficar bom em mim ou coçar e arder. Minha pele é muito sensível pra uma pobre, uma mínima coisa ela já fica irritada, certeza que significa que vou ser rica.

Mas ficou bonitin e até agora a minha pele não se manifestou então relaxei, depois disso infelizmente a Dri teve que ir embora se arrumar pra faculdade e eu fiquei sozinha.

Tava no puro tédio, não tinha nada de jeito pra assistir, eu tava dando um tempo da leitura porque tenho o costume de ler muito rápido, aí não tem graça acabar o único livro que tem aqui em casa e eu ainda não li em uma semana, né? Dormir eu também não podia porque daí fico sem sono de noite e amanhã cedo eu acordo que nem um zumbi.

Fim do mês tenho que criar conta na netflix urgentemente, porque se depender de assistir o que passa na tv eu vou acabar não vendo nada mesmo. Decidi ir pro meu quarto e deitei na cama, entrando no youtube.

-INFERNO!-Gritei puta da vida, me levantando da cama. Tava muito quente, nem o ventilador tava ajudando mais.

Tava mais puta que o normal e esse calor não tava colaborando muito para a melhora do meu humor, pausei o vídeo que eu tava vendo do luba e joguei o meu celular na cama.

Separei uma roupa e peguei a toalha indo pro banheiro tomar banho e lavar o cabelo pra ver se me acalmo.

Foi só eu tirar a roupa que eu percebi o porquê de estar tão puta, a minha menstruação tinha descido. Fiquei mó tempão no banho, foi com muita dor no coração que eu saí.

Já devidamente vestida, fui pra sala pegar uma cadeira e levei pro meu quarto, arrastando pra frente do espelho.

Peguei o meu potão da skala e comecei a separar o cabelo pra finalizar. Vida de crespa não é fácil não, ainda mais quando tu tem uma juba como a minha.

Nossa História. - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora