Capítulo 3

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Uma parte de mim chora, chora muito, está desesperada com os próximos passos a tomar, e o pior de tudo não sei com quem contar

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Uma parte de mim chora, chora muito, está desesperada com os próximos passos a tomar, e o pior de tudo não sei com quem contar. Não me sinto capaz para cuidar de outro ser humano, não sou corajosa quanto pensei e esta fraqueza me preocupa. Isso parece ridículo, mas quero os meus pais. Eu os quero para que passem a mão por minha cabeça, para dizerem que vai ficar tudo bem, que vou me dar bem... eu preciso de alguém além de Pietro, preciso dos meus pais, só que... não sei se tenho coragem de voltar para casa solteira e gravida. O que vão pensar?
Estou envergonhada demais para que eles me olhem nos olhos.

Meu corpo está dolorido e sinto algo entrar em meu corpo, abro os olhos devagar e vejo o meu médico e Pietro conversando. Rebeca está ao meu lado, acariciando meus cabelos e Nathan permanece do outro lado do quarto, sentando numa cadeira de cabeça baixa, olhando para as próprias mãos.

─ Que belo susto nos deu, Senhorita Ferrarini. ─ O doutor Clovis diz, com seu sotaque italiano. O homem de cabelos brancos se aproxima e encara o soro que entra em minha veia, ele sorrir e acaricia meu braço. ─ Pietro me contou que fez um teste de gravidez de farmácia e disse que a senhorita ficou abalada, não confio muito nesses testes e pedi que fizessem um exame de sangue e, deu positivo. A Senhorita será mãe e exatamente por esta razão deverá se cuidar mais, Mikaela ─ Sua voz se torna mais séria do que de costume, e nem posso culpa-lo já que foi ele quem me atendeu em todas as vezes que apareci aqui com intoxicação alimentar. Ele melhor do que ninguém sabe o quão mal eu como.

─ Passei algumas vitaminas para você tomar e assim que este soro terminar você poderá voltar para casa. ─ Concordo com um movimentar de cabeça. ─ Os enjoos vão persistir, mas não como hoje. Pietro me contou que não para nada em seu estômago, mas pelo que eu e ele já sabemos a senhorita deve ter passado vários dias comendo fastfoods e isso não é bom para seu estômago e nem para o bebê, então trate de comer comidas mais consistentes.
─ OK.

Ele se senta na ponta da cama, segura em minha mão.

─ O que pretende fazer?

─ Não sei.

─ Volte para casa, fique ao lado de seus pais e conte para o pai do bebê. Esse é um momento delicado, Mika, e o melhor será que passe ao lado de pessoas que te amam. ─ O senhor usa de sinceridade comigo, ele fala como um pai falaria a sua filha e talvez ele seja uma espécie de família para mim. O senhor Clovis conheceu meus avós, na verdade, era melhor amigo deles e depois que os dois partiram, ele sempre procurou manter contato comigo e fico feliz... ele é um homem bom e sábio, por isso escolho escuta-lo.

─ Se cuide bem e quando nascer espero conhece-lo. ─ O velho senhor se levanta e restaura seu sorriso de volta, estica seus lábios na direção da minha testa e deposita um beijo carinhoso, do mesmo modo, que meu avô fazia. ─ Caso precise de algo, não hesite em me ligar.

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