Capítulo 56

104 12 4
                                    


Catarina e eu rimos, abrimos um vinho para comemorar e quando as batidas raivosas começam contra minha porta, fingimos não ouvir

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Catarina e eu rimos, abrimos um vinho para comemorar e quando as batidas raivosas começam contra minha porta, fingimos não ouvir. Ligamos o som e colocamos uma música para dançar, regozijando.

─ Foi você, não foi, sua puta? ─ Grita do lado de fora.

Rio.

─ Sai, vamos ver se você é mulher. Sabe o que devia ter acontecido com você e aquele bastardo? Deveriam ter morrido, vadia. ─ Troco olhares com Catarina que larga a taça. — Sua princesinha que não tem coragem de me enfrentar.

Passo os dedos pelo faqueiro, na sorte uma lâmina expressa seu brilho. Sorrio, avanço até a porta e a destranco, encontro os olhos irados e vermelhos de raiva diante de mim, Júlia vem para cima de mim com tudo, mas uso sua velocidade ao meu favor, pressiono a faca em sua garganta, não para machucar, só para assustar.

─ Já que gosta tanto da morte, o que acha de uma viaja para conhece-la? ─ Questiono, com uma mão segurando a faca e a outra sua nuca, deixando sua garganta exibida a minha frente. ─ O apelido princesa Ferrarini não é um bom julgamento de mim, posso me vestir como uma, mas não sou. Não acredito em príncipe e geralmente nos contos de fadas torço para a vilã, então não venha na minha porta gritar comigo e achar  que eu simplesmente vou aceitar. ─ Falo entre dentes.

─ Quem é Silva?

─ O quê?

─ Quem é doutor Silva?

─ Um homem que conheci.

─ Sobrenome?

─ Não sei.

─ Número dele?

─ Também não sei. Nos encontramos duas vezes, e foi ele quem me achou. ─ Ouço pavor em sua voz, mas também encontro verdade.

─ Esqueça, Thomas. Me esqueça e saía desse prédio, não quero vê-la, entende? Caso não siga minhas recomendações, o que fiz com seu apartamento não vai ser nada comparada com que vou fazer com toda sua vida.

Estremece. Solto minha mão de sua nuca e tiro a faca do seu pescoço. Ela dá alguns passos para trás, fecho a porta atrás de mim.

─ Parou com as brigas? Achei íamos meter a porrada nela.

─ Não estou disposta apanhar, quero ações sem ter meu corpo marcado.

─ Se eu não te conhecesse, eu até pensaria que você seria capaz de matá-la. ─ Catarina fala, rindo fraco. Esse é o problema dos seres humanos, temos muitas máscaras e só deixamos a cair numa situação de urgência, e essa foi. Preciso garantir que o Silva que eu conheço esteja apodrecendo e não me importo de machucar alguém para conseguir essa informação.

Catarina foi embora antes do anoitecer, me dando tempo necessário para trabalhar no meu vestido de madrinha.

Rebeca ao contrário de outras noivas, não escolheu cores berrantes para o vestido das madrinhas – graças aos céus ela foi bondosa – um azul-claro que passa despercebido e ao mesmo tempo destaca o branco do vestido da noiva quando formos tirar fotos.

PositivoOnde histórias criam vida. Descubra agora