Capítulo 8

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─ Thomas? ─ A mãe de Mikaela me atende com surpresa

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─ Thomas? ─ A mãe de Mikaela me atende com surpresa.

─ Achei que não o veria, ao menos foi o que minha filha disse.

─ Mikaela sempre foi um pouco dramática, sabemos disso. ─ Lúcia concorda dando um balançar com os ombros. ─ Posso conversar com sua filha, temos muito o que discutir.

─ Realmente. Mas que bom que está aqui, tente convence-la a ficar, depois que ela voltou de sua casa estava decidida em regressar para Madrid e o pior, o pai está incentivando... Henrique não está contente com a história de você ser o pai e quer leva-la para o mais longe do Brasil.

Movo a cabeça num comunicado que farei o melhor para consertar a situação.

Lúcia aponta a mão em direção ao segundo andar. Pego a mão dela e a beijo de forma cordial e prossigo pela escadaria.

A porta do quarto dela está aberto.

Aproximo devagar o suficiente para Mikaela não notar, ela está sentada na cama e ao seu redor há vários e vários papéis com desenhos de roupas, eu acho. Ela mexe os lábios e resmunga, não sei o que é, mas pela testa franzida e pelos lábios vermelhos com um pouco de sangue posso imaginar que é estresse, um ataque de ansiedade, talvez. Bato na porta branca e quando seus olhos dourados se chocam com minha imagem, vejo seu peito subir e descer com mais intensidade.

Não espero um convite e entro, passo as mãos pelos cabelos e dou um sorriso de lado.

─ O que faz aqui?

─ Você apareceu hoje no meu apartamento dizendo querer conversar, estou aqui para conversar. ─ A princípio só queria tacar na cara dela o motivo dela não ter me dito nada sobre a gravidez, mas seguindo o conselho de Nathan, não posso questiona-la e partir para um confronto de palavras sem deixa-la nervosa e isso não é bom para meu filho, então a melhor escolha é deixa-la confortável o suficiente para a iniciativa partir dela, não causando nenhuma raiva ou qualquer coisa que possa prejudicar seu estado.

─ Nervosa? ─ Pergunto, olhando os vários papéis na cama. Pego um, observo o rascunho de um vestido longo, parece de casamento.

─ Não.

─ A conheço, sei que quando passa muito tempo fazendo uma coisa a primeira coisa que ataca em você é os nervos e quando você pensa em desistir sua ansiedade lhe doma. ─ Paro a frente dela. Pego seu queixo e passo meus dedos pelos lábios vermelhos com um pouco de sangue devido à pele que Mikaela provavelmente deve ter arrancado. ─ Quando cheguei você estava resmungando e pelo seu semblante sei que ia começar a gritar e a jogar as coisas no chão, e em breve teria que lidar com a falta de ar que te atinge por causa da ansiedade. ─ Uma pausa. ─ Há de existe um homem que a conheça melhor do que eu.

Mikaela vira a cabeça, fazendo minhas mãos afastarem de sua pele. Ela se ergue e afasta passos considerados seguros para nós dois.

─ Você não me conhece tão bem assim. ─ Gargalho alto, zombando de suas palavras.

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