Capítulo 54

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Gasto duas horas fazendo os ajustes no vestido, afrouxando aqui, costurando ali, analisando a calda, etc

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Gasto duas horas fazendo os ajustes no vestido, afrouxando aqui, costurando ali, analisando a calda, etc.

Quando me levanto, sinto uma terrível dor nas costas, porém, não deixo que a dor me atrapalhe, não quero que nada atrapalhe este momento, de ver minha melhor amiga como uma verdadeira princesa.

Quando fui embora do Brasil tive muito medo de perder minha amizade com as meninas, não nos viam com tanta frequência, mas estipulávamos horários para conversamos, em menos de um ano paramos de obedecer a esses horários e raramente nos víamos, no entanto, uma vez ao ano, nos encontrávamos e, era como nessa tivesse mudado. Não importa o tempo ou a distância que nos separe, amizade verdadeira não precisa de mil fotos de cada momento, não necessita de ser ver todo dia, amizade verdadeira é saber que nos piores momentos você terá uma amiga rindo da sua cara e te apoiando a dar a volta por cima.

─ Como pretende contar para o Nathan?

─ O mais justo seria que eu contasse, jogasse na cara dele a bomba já que ele fez isso quando, eu claramente implorei para ele não contar nada ao Thomas. ─ Expresso, jogando-me na enorme cama de casal.

─ Mas, por causa dele você e o Thomas estão juntos. ─ Rebeca retruca, deixando com nada para contra-atacar.

Se deita entre mim e Lupita.

─ Ainda não sei como vou contar para ele.

─ Que tal no dia do casamento? Seria muito romântico. ─ A sonhadora do outro lado da cama fala, com a voz doce e inocente.

─ Nathan é emocionado, o mais provável que ele caia do altar e não aconteça casamento. ─ Alerto, com humor.

Batidas na porta. Rebeca corre para o banheiro, para não deixar o Nathan vê-la vestida de noiva.

─ Quem é? ─ Grito.

─ Seu filho tem uma surpresa para você.

Levanto, imaginando a surpresa. Pego a bolsa de fraldas e ao abrir a porta, entrego ao Nathan, que com a cara de pau, finge não entender minha ação.

─ Eu entreguei o Théo limpo para você, o mais justo que você o me devolva limpinho.

─ Quê! Mikaela, eu não sei trocar fraldas.

─ Aprenda, porque daqui a pouco vai precisar.

─ Mikaela! ─ Rebeca grita, colocando a cabeça entre o vão da porta do closet.

─ Relaxa, o Nathan é lerdo. O cabeçudo não sabe capitar indiretas.

─ Sabe que estou na sua frente, não é? ─ Questiona, franzido a testa.

─ Você capitou a indireta? ─ Devolvo.

─ Não.

─ Falei.

Nem seu eu desse um berço para o Nathan ou uma blusa, ou qualquer coisa de criança os neurônios dele processaria que Rebeca está grávida.

Coloco a bolsa de Théo nos ombros e agarro a mão do Nathan, chegamos ao quarto de visita e deixo tudo o que ele vai precisar para trocar o bebê, sento e cruzo as pernas, esperando ele processar que vou ensina-lo a trocar fraldas.

─ Por que me chamou lerdo.

─ Uma hora você vai descobrir. Agora, coloque Théo aqui e o limpe. ─ Me encara com aquele semblante, acusando que sou uma folgada. ─ Ande, padrinho, não vai me dizer que vai deixar deu afilhado todo sujo.

Revira os olhos e se dar por vencido.
Ao contrário do que esperava, Nathan não fez cara de nojo ou relutou aos meus comandos, ele executou minhas ordens com precisão e agilidade, não demorando quase nada para Théo estar limpinho e no colo de Nathan novamente. Ele será um bom pai. Na verdade, os dois serão ótimos pais.

─ Ei, vou me casar. Pode ir tirando esses olhos admirados da minha pessoa. ─ Brinca e mostro o dedo do meio para ele, como zoação, tampa os olhos do Théo para que não veja o sinal feio que reproduzo.

─ Idiota.

Ele balança a cabeça e fita o menininho em seus braços, aconchegado em seu peito. Um sorrisinho nasce nos lábios dele, no entanto, escolhe reduzir o sentimento.

─ Não sou lerdo ─ o encaro, não compreendendo o motivo dele ainda estar tocando nesse assunto. ─ apenas finjo de desentendido. Se for um menino, espero eles sejam melhores amigos. ─ Involuntariamente meus lábios abrem. Ele sabe, todo esse tempo ele sabia. ─ Sou eu quem costumo comprar o remédio de Rebeca, e esse mês eu vi que restaram 2 comprimidos na cartela. Eu sabia e esperava que uma hora ou outra eu receberia a notícia, mas queria que fosse ela a me contar.

─ Eu não falei nada. ─ Ergo as mãos em atitudes inocentes.

Ele sorrir.

─ E eu não sei de nada.

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