Capítulo 33

160 18 19
                                    

As nuvens choram, lamentando pela poluição, chorando por ver familiares se despedindo de um corpo que será comido pela terra e esquecido por aqueles que naquele momento choram

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


As nuvens choram, lamentando pela poluição, chorando por ver familiares se despedindo de um corpo que será comido pela terra e esquecido por aqueles que naquele momento choram. O sol, talvez tenha tirado férias, preferindo explorar outros lugares do mundo, suponho que tenha enjoado de Madrid e esteja conhecendo outro lugar da Espanha, deixando que as nuvens cinzas e emotivas derramem lamentar sobre nós, regando as plantas com suas lágrimas e provocando resmungos nas mulheres que insistem em esconder seus cachos. O vento que carrega com sigo o aroma dos restaurantes, beijam minha pele, dando carinho a minha face machucada e a chuva, abraçando meu pescoço e sussurrando em meu ouvido que tudo vai ficar bem.

Nos primeiros momentos jurava que seria presa, os policiais com semblantes temíveis me encaravam como se eu fosse uma criminosa, uma assassina até. Nenhum deles deixou que um sorrisinho, ou um bom dia bem-educado escapasse por seus lábios, e quando relatava sobre minha história, seus olhos praticamente me condenavam, enquanto seus lábios... Ah, seus lábios mal mexiam, mas sussurravam algo que eu não conseguia entender.

─ Senhora Ferrarini, de uma coisa posso lhe garantir, ninguém registrou queixa contra a senhorita, mas o hospital central de Madrid entrou em contato conosco, avisando que o Guilherme chegou ao hospital, pedindo socorro, no entanto, os médicos não deram muita importância já que o homem estava com sinais claros de alcoolismo e outras substâncias entorpecentes. ─ O delegado assina alguns papeis e entrega para um policial que está no canto, apenas observando a situação. ─ Enviei uma viatura para o hospital, meus homens o interrogaram, mas não há muito coisa que ele pode falar para prejudica-la, além do mais, a senhora está com hematomas recentes no corpo, e devemos acrescentar que usou da verdade para dizer que esfaqueou e usou um capo para feri-lo, são ações que tomou para defender-se, então além do seu depoimento e das provas que nos deu, sua queixa contra o senhor Guilherme foi aceita e entraremos com medidas legais para puni-lo corretamente.

─ Agradeço por sua competência.

─ Ela poderá sair do país? ─ Thomas questiona.

O delegado encara Thomas de cima a baixo, no entanto, não vejo o homem se intimidar, ele fica parado, esperando uma resposta.

─ Bom, sim, mas caso Guilherme diga algo contra ela, terá que voltar de imediato.

─ Eu sou o braço direito de Mikaela, qualquer coisa que a envolva, poderá ser tratado comigo, além do mais, pegamos a filmagem do nosso prédio que conseguiu gravar o homem saindo cambaleando do elevador e a agredindo, o que mais falta para vocês o colocarem atrás das grades? ─ Pietro toma minhas dores, revoltando-se um pouco e erguendo a voz para o delegado que respira fundo, empenhando-se para manter a calma.

─ Se algo não sair como o esperado, contatamos você, senhorita Ferrarini. ─ O delegado ignora completamente Pietro e isto o deixa com mais raiva ainda, o pego pelo braço e o arrasto, imaginando que em breve ele será preso por agredir um oficial da lei.

PositivoOnde histórias criam vida. Descubra agora