Capítulo 24

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A calmaria prevalece no rosto do homem ao meu lado que não expressa arrependimentos por suas palavras

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A calmaria prevalece no rosto do homem ao meu lado que não expressa arrependimentos por suas palavras.

─ Não é meu. ─ O peito da tia sobe e desce com tranquilidade, colocando o ar para fora que segurou durante o suspense que Stevan criará para responde-la. ─ Mas se aconteça das coisas continuarem bem entre nós, quem sabe a nossa família não aumente, não é mesmo? ─ Pisco, pisco mais duas, três vezes. Ainda gostaria de entender de que história de contos de fadas esse homem saiu. Não tem condições dele ser real, que homem no mundo no segundo encontro me faz conhecer uma parte da família dele e ainda revela aos parentes que pretende assumir um filho que não é seu?

Tomando os pensamentos românticos de Lupita: Esse homem com certeza é um príncipe encanto. No entanto, eu só não entendo o motivo dele estar com a bruxa má, porque cá entre nós, eu sempre odeie as princesas e geralmente torço para a vilã, então porque raios o príncipe encantado está apaixonado por mim? Qual é o problema dele?

─ Claro. ─ A tia dele responde, engolindo a seco. ─ Sua mãe sabe disso?

─ Disso o quê? Está se referindo a eu estar gostando de uma mulher despois de anos, ou eu estar disposto a cuidar de um filho que não é meu? ─ Stevan fala de um modo diferente, que não é o típico doce, carinhoso, é um pouco cínico, atrevido, desafiador. Os olhos também mudam, não me refiro a cor, mas a maneira como encara a tia, é peculiar e não combina com o médico fofo que reencontrei ontem.

A mulher não responde.

─ Não se preocupe, tia, eu tenho plena certeza que minha mãe não irá se importar, na verdade, ela vai amar saber que o filho está disposto a abrir o coração para o amor novamente, acredito que ela vai até sentir orgulho por saber que criou um filho que não julga e muito menos sustenta preconceito contra mulheres grávidas e solteiras.

Nunca participei de uma reunião familiar onde eu sou a namorada do protagonista principal, porém, acredito bastante que a primeira impressão é o que contar e do jeito que a tia de Stevan me encara, suspeito que ela não vai ser minha fã número um.

O jantar foi pesado, não somente pela comida gordurosa que servirão, que me fez sentir ter comido um boi inteiro, mas pelo clima que instalou-se entre nós. Limitei minha conversa entre Talita e Stevan, conversamos muito como é a vida em Madrid, mas de uma coisa eu tenho certeza, Talita não vai à Madrid, a mãe dela não deixará e a cada revirar de olhos e puxar de ar, notei que aquela mulher não vai deixar filha ao meu lado, e não posso culpa-la. Stevan é um doce, meigo e fofo e de uma hora para outra o homem transformou-se numa figura que ainda não consigo assimilar, e certamente, ela também não deve crer na aspereza das palavras que Stevan utilizou para educa-la, deve pensar que sou eu a enfluencia-lo dessa madeira

A mão de Stevan aperta minha coxa, fazendo meu foco sair da janela e encara-lo. Sua atenção tenta se igualar entre mim e o sinal que ameaça abrir a qualquer instante.

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