Capítulo 41

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Cabelo, ok

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Cabelo, ok.

Maquiagem, ok.

Perfume, ok.

Agora só falta me vestir e finalmente estou pronta para esta esperada noite.

Saio do Closet e é praticamente inevitável não estudar o terno que Thomas usa, sigo até ele e acerto sua gravata que estava torta, ele revira os olhos por meu perfeccionismo.

─ Você está linda. ─ Suas mãos passam por minha cintura, eu acho que é minha cintura já que depois que minha barriga cresceu e tampou meus pés eu não sei onde começa minha cintura e termina minha barriga.

─ Eu ainda nem terminei de me vestir.─ Me circula, parando atrás de mim e beijando meu pescoço e esfregando levemente em mim e é praticamente inevitável não sentir seu membro duro encostado em mim.

─ E quem disse que a roupa lhe deixa mais bonita? Gosto de você assim, nua. ─ Sussurra em meu ouvido, mordiscando levemente minha orelha e descendo a boca novamente para o pescoço.

Viro-me para ele, passo minhas mãos por sua barba que começa a crescer e deixo meus olhos repousarem nos seus, ainda não consigo entender como esse homem a minha frente sente tesão numa mulher com um barrigão que mal deita na cama e completamente desmaia de sono de um segundo para o outro.

─ Tenho uma surpresa para você. ─ Avisa, apontando o dedo para uma caixa em cima da cama. Meus olhos brilham e minha mente grita: que seja uma joia, que seja uma joia.

A velocidade com que pego a caixa e a abro espanta Thomas, o fazendo gargalhar de minha atitude, mas não importo em xinga-lo ou retrucar com ironia sua atitude, estou focada comtemplando um colar de ouro com diamantes esculpidos em formas gotas, esparramando-se por meu pescoço.

─ Gostou?

─ Amo diamantes, combinam com tudo.

As mãos deles voltam a passear por meu corpo, beijando minha clavícula e de relance, às vezes, encarando nosso reflexo no espelho a nossa frente. E, refletindo, baseando nossas vidas, estes sete anos em si para esse momento parece até um sonho, as coisas pela primeira vez em minha vida parecem perfeitas, e não digo por meu dinheiro e pelo relacionamento, mas sim, porque amo o meu trabalho e estou com um homem que me ama e dessa vez, verdadeiramente o amo.

[...]

As modelos entram na passarela, andam, sorriem, posam para fotos e ao contrário de todos os outros desfiles, não fico espiando para tentar ouvir ou ver quais são as reações que os presentes esboçam, eu estou calma e relaxada o suficiente para cuidar dos preparativos e da minha imagem que logo subirá a passarela. Não há tanta pressão, o medo não é o principal fator nessa noite... é bom saber que no meio de todos os críticos e amantes da moda está uma pessoa que mesmo que tudo saia errado, se levantará para me aplaudir, me traz segurança em saber que minhas roupas não poderão agradar a todos, mas no meio desses "todos" haverá um homem que não olhará somente o resultado, ele também enxergará trajeto que aquela peça traçou até ser como é.

É bom sentir esse sentimento de lar, segurança, é maravilhoso saber que minha criptonita ao mesmo tempo que me deixa frágil, me torna indestrutível.

Movo-me, sorrindo e balançando meu rosto levemente em forma de agradecimentos a todos que aplaudem. Pietro me entrega o microfone e antes que afaste o agarro pelo pulso o pedindo para permanecer ao meu lado.

─ Tenho que confessar que a quantidade de pessoas hoje, surpreendeu. Pelos acontecimentos que ocorreram em minha vida, julguei que não haveria muitos presentes, mas fico alegre em saber que tenho leais amantes da moda ao meu lado e dispostos a cederem seus tempos a contemplar minha nova coleção de inverno desse ano. ─ Entrelaço minha mão na de Pietro e faço que fique ao meu lado, giro a cabeça para que todos vejam minha imagem. ─ Além de agradecer a vocês por estarem aqui, dedico o agradecimento final ao meu companheiro e irmão, Pietro Magalhães, senão fosse pelos esforços dele, este desfile não teria ocorrido, se não fosse por nossa amizade, acreditem, vocês nunca saberiam quem é Mikaela Ferrarini, então peço a todos vocês uma salva de palmas a este brilhante e dedicado amigo. ─ Sou a primeira a chocar as mãos uma na outra e em seguida o salão é repleto por uma música de aplausos, e um pouco tímido, Pietro agradece.

Abro os braços, chamando a atenção do público para as modelos atrás de mim que vestem as roupas que criei.

─ Para este inverno que se aproxima não há nada melhor do que andar nada moda, não é mesmo? Meus modelos são exclusivos, estes não estraram em nenhuma de minhas lojas físicas, serão expostos em meu site e prontos para a venda e por serem exclusivos disponibilizo aos compradores ajustes para caberem no corpo perfeitamente.
Uma morena ergue uma caneta, aponto em sua direção.

─ Você será a responsável pelos ajustes?

─ Não. A partir de hoje começarei a trabalhar em casa, estou grávida e necessito de repouso, e para todos que estão presentes aqui sabem o quão exaustivo é trabalhar no ramo da moda, não interfere somente no físico como também no psicológico, e nesse momento tanto eu quando meu companheiro acreditamos ser o melhor o meu afastamento das relações-públicas envolvendo a Boutique Ferrarini, enquanto isso, Pietro, meu melhor amigo e sócio será o responsável pelo comando do meu patrimônio. ─ Ouço cochichos.

Analiso a multidão de rostos e noto que possuem muito o que falarem, e por um motivo curioso, ninguém mais levanta a mão para tentar acertar seu veneno em mim. Com um movimento com a cabeça Pietro entende o que quero dizer, ele aproxima o microfone da boca e anuncia a entrada dos garçons no salão, distribuindo bebidas ao público que erguem para serem os primeiros a afogarem suas ideias e críticas na bebida.

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