Capítulo 26

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Tomo um banho para retirar a areia dos cabelos, abro a porta do banheiro e levo um susto ao ver a imagem da minha mãe e de Sara, sentadas em minha cama que está repleta de bichinhos de pelúcias azuis e rosas, encontro amostras de papéis de paredes...

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Tomo um banho para retirar a areia dos cabelos, abro a porta do banheiro e levo um susto ao ver a imagem da minha mãe e de Sara, sentadas em minha cama que está repleta de bichinhos de pelúcias azuis e rosas, encontro amostras de papéis de paredes, de tintas e percebo que mamãe e Sara discutem sobre nomes de bebês. As duas mulheres param ao notar minha presença, ambas sorriem e erguessem trazendo com sigo tantas coisas em suas mãos e em suas mentes que mal tenho chance de acompanhar. Uma fala sobre borboletas, outra sobre time de futebol, uma fala sobre papel de parede e a outra sobre tintas e pinturas profissionais para ilustrar o quarto do bebê, e quando pisco para tentar elaborar perguntas, ouço minha mãe dizer sugerir que o bebê caso seja menino deveria ter o nome do meu pai, e involuntariamente, um alto "não" salta de meus lábios.

As duas me encaram com as pupilas contraídas.

─ Escolhemos os nomes, mãe. ─ Respondo, mantendo mais controle sobre meu tom de voz.

─ E quais são? ─ Sara pergunta com tom de voz gentil.

─ Thomas escolheu Ella para menina e eu Théo, caso seja menino.

Minha mãe não mostra entusiasmos com os nomes, talvez não tenha gostado ou esteja chateada pelo modo que gritei. Realmente me sinto culpada pela maneira que agi, mas estou com raiva do meu pai e sugerir que meu filho herde o nome do homem que me deve um pedido de desculpa, me causa vontade de brigar.

─ Porque vocês não vão para o quarto do bebê, assim que trocar de roupa sigo para lá.

Demoro tempo necessário para ouvir duas batidas na porta apressando e poderia dizer que estou com raiva, mas não estou. Estou pronta cerca de dez minutos, no entanto, não estou tendo ideias de linguagens e expressões para usar com essas duas. Sou uma pessoa exigente e falo na cara dura se gosto ou não, e ambas as mulheres que estão aqui são importantes para mim, por isso tenho que usar o tom mais cordial para referir aos projetos de decoração que elas criaram.

A primeira a mostrar suas ideias é minha mãe. Paredes rosas, teto rosas e borboletas espalhada por uma parede inteira, de acordo com a minha mãe, expressa algo natural, e não, com certeza não é um quarto que vou deixar minha bebê dormir, ela irá ter uma intoxicação com tanto rosa.

─ Gostou, filha? ─ Não. Nenhum pouco, não é porque é uma menina que tudo deve ser rosa.

─ Os móveis que você escolheu são lindos, brancos e com detalhes rústicos, parecido mesmo com aqueles que eu tinha no meu antigo quarto, no entanto, as borboletas são de mais. O rosa pode deixar ─ digo, tentando agrada-la ao menos um pouco. ─ Só que vamos usar um rosa um pouco mais claro, uma das paredes que ficará o berço eu quero branca e com o nome Ella escrita com contrate dourados e com uma coroa no E.

─ É, acho que vai ficar bonito, filha.

Respiro com dificuldade, sentindo um aperto ruim no coração.

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