Capítulo 10

259 22 46
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Com certeza uma das coisas que senti falta no Brasil foi a comida.

Ao entrar no restaurante o cheiro de strogonoff invade minhas narinas e sinto minha barriga roncar, além da comida, percebo a figura masculina sentada na mesa em que sempre nos sentávamos quando víamos jantar aqui.

Thomas se ergue e puxa a cadeira para eu sentar.

─ Como vai?

─ Suas mãos estão suando e seu rosto está vermelho, por que está nervoso? ─ Questiono, imaginando que ele está nervoso com nossa conversa.

─ Não estou nervoso é só... eu vim andando, quando ando no sol fico vermelho, esquece... vou ao banheiro, se quiser pode ir pedindo. ─ Diz, ele se levanta e com força a mais, ele derruba sua cadeira no chão que ecoa um barulho que chama todos os olhares em nossa direção. Desajeitadamente ele coloca a cadeira no lugar e caminha até o banheiro.

Pego o cardápio e analiso. Passa alguns segundos viajando no que pedir até notar duas figuras surgirem ao meu lado, abaixo o cardápio e noto uma senhora elegante e a noiva palito de dente do Thomas. A senhora está animada, ao contrário da filha, que está surpresa ao me rever.

─ Ferrarini, sou uma grande fã do seu trabalho. ─ A senhora diz, com agitação e apenas devolvo um sorriso. ─ Minha filha, essa é a estilista que eu lhe falei. ─ A menina nem consegue disfarçar seu descontentamento. ─ Soube que está gravida, meus parabéns.

Fico séria.

─ Obrigada. Mas não entendo o motivo de seu alvoroço, lhe conheço?

─ Não, mas eu vi seu trabalho e soube que está trabalhando num vestido de noiva e pensei que poderia também desenhar um original para minha filha. Ela é o noivo adiantaram o casamento e precisamos de um vestido, já que você está no Brasil achamos que era o destino. ─ Encaro de cima a baixo a garota e depois volto a minha atenção a saída do banheiro, noto Thomas se escondendo como covarde atrás da porta, dando para ver somente um pouco dos seus olhos tenta xeretar a conversa.

Canalha.

─ Desculpa, mas não. Sim, tem razão, estou criando um original para uma amiga e somente para ela abro exceção em minha agenda. E como você mesmo me parabenizou, estou gravida e preciso de repouso e não terei descanso ou felicidade fazendo um vestido de noiva que dá muito trabalho a se fazer.

─ Mas... ─ A senhora insiste.

─ Nada de mais. Desculpa, mas realmente não posso ajuda-las.

PositivoOnde histórias criam vida. Descubra agora