Capítulo 14

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Não sei o que dizer

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Não sei o que dizer. Esperava que ele fosse covarde, que contornasse o assunto ou que ergue-se e fosse embora, com certeza não estava preparada para ouvi-lo.

─ Não vamos apressar as coisas, vamos sair, nos conhecer e se você sentir que há algo a mais do que atração física, e eu senti que você é a mulher que quero passar o resto da minha vida, não vou poupar esforços para idealizar um futuro para nós dois. Um futuro que seu bebê me chame de papai.

─ Você seria capaz de criar um filho que não é seu?

─ Meu pai foi embora de casa quando eu tinha cinco anos e depois de dois anos, minha mãe casou-se novamente, o homem que deveria me tratar mal ou com indiferença, me tratava melhor do que o homem que me colocou no mundo. Pai não é aquele que gera, pai é aquele que cria, que está lá para cuidar, para proteger, e Mikaela se eu e você dermos certo juntos, o seu bebê será o meu bebê.

Gostaria muito de saber qual é o problema de Stevan? Ele é um homem atraente, educado, com ótimas conversas, carinhoso, por que ainda está só? O que levaria um homem desse ainda estar solteiro?

Sorrio comigo mesma, pensando no que Lupita diria se estivesse aqui, com certeza ela falaria para eu investir em Stevan, ela descreveria as razões pelas quais deva dar uma chance ao meu coração de compartilhar minha vida com outro coração e além da ideia de Stevan está 100% comprometido com meu bebê. Lupi diria que é o universo juntando dois corações e por segundo deixo meu coração crer, pois depois de tanto tempo num relacionamento oprimido, consigo ver a luz de um suposto relacionamento com o único homem que me fez passar a noite inteira conversando, rindo e com os pensamentos nas nuvens, bloqueando Thomas totalmente de minha mente.

─ Dá para ver o motivo de você valorizar o caráter, acho que até hoje você foi o único a me mostra que o seu ainda está intacto. ─ Separo nossas mãos e bebo um pouco de água, molhando minha garganta para crescer palavras certeiras para que eu possa retrucar todo tipo de assunto que possa surgir entre nós.

─ O pai sabe? ─ Respiro fundo, mais uma vez não esperava tocar justamente nesse assunto.

─ Sabe, mas ele tem muita coisa a perder caso me apoie. ─ Bebo mais um gole de água.

─ E isso lhe perturba?

─ De jeito nenhum, sou uma mulher que gosta de ser independente e desde o começo, nunca contei com a presença do pai, claro, quero alguém para me apoiar, no entanto, nunca considerei que ele fosse essa pessoa.

─ Você fala com ódio dele, alguma razão específica? ─ Nego.

─ Eu e o pai do bebê temos uma relação complicada e te garanto, a gente separado é bem menos doloroso do que quando estamos unidos. ─ Mais um gole, dessa vez termino com a água do corpo e faço sinal para que o garçom o encha.

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