Capítulo 35

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Estaciono o carro à frente da casa dos Ferrarini e consigo de imediato reconhecer o carro de Stevan

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Estaciono o carro à frente da casa dos Ferrarini e consigo de imediato reconhecer o carro de Stevan. Solto o cinto e adentro na enorme casa, consigo ouvir conversar animadas e risadas escandalosas a cada passo que aproximo da sala. Mikaela está sentada no meio de Lupita e Rebeca, enquanto Stevan localiza-se a frente das garotas que riem de algo que o imbecil faz.

Nathan chega por trás de mim e me entrega um copo de uísque que viro só de uma vez.

─ O cara é profissional, elas não param de rir das coisas que ele fala.

─ Se é tão engraçado por que ele não fez curso para ser palhaço, então? ─ Entrego o copo vazio para ele. ─ Desculpa cara, mas vê-lo com Mikaela me deixa num péssimo humor, sério, estávamos progredindo, mas só bastou esse infeliz aparecer para esquecer completamente de mim.

─ Relaxa, as coisas comigo também não estão as mil maravilhas. Adivinha com que Rebeca está trabalhando atualmente? ─ Balanço os ombros, mostrando a ele que não faço ideia de quem possa ser o colega de trabalho de Rebeca. ─ Ulysses.

─ Esse não é o ex-namorado dela?

─ O próprio. ─ Nathan libera um suspiro cansado e pesado. ─ Acho que estamos precisando de uma noite dos rapazes, beber, curtir, jogar, qualquer coisa que nos desligue dessas malucas.

─ Pode ser hoje? ─ A voz grave de Alan invade o meio entre mim e Nathan, que encaramos o homem atrás de nós, derramando dois copos de uma vez. ─ Adivinhem quem teve um assunto sério com a namorada e confirmou com a ideia de ser pai, pois é, já que está confirmado que vou ser pai, preciso aproveitar o máximo para para ir beber com os amigos e me divertir, antes Lupita me transforma no seu escravo sexual.

Rimos do comentário de Alan que afunda-se em mais um copo.

─ Se você precisar de ajuda para sumir com o corpo dele, estamos aqui. ─ Alan diz, ficando ao meu lado direito e observando a mesma cena que eu, Stevan sentando-se ao lado de Mikaela e passando a mão pela barriga dela. Eu quero socar a mão na boca desse cara, destruir esse rostinho para ensina-lo a não intrometer em relações inacabáveis.

─ Não acha que devia ir lá? ─ Nathan se pronuncia.

─ Não posso dar uma de ciumento. ─ Falo baixinho, sendo minha voz abafada pela voz da mãe de Mikaela, avisando que o almoço já está servido.

A funcionária comunica que o almoço está nos esperando ao ar livre, aproveito para dar a volta na casa e chegar primeiro que Stevan. Observo Mikaela sentar-se a ponta, aproxima ao pai e antes que Stevan possa ver o lugar vazio ao lado dela, o ocupo,  noto a presença de Stevan em pé atrás de mim, finjo não o ver enquanto brinco, passando a mão pela barriga de Mikaela e conversando com o bebê. De canto, encaro, regozijando de felicidade por ver o idiota ocupar a última cadeira.

─ Traiçoeiro. ─ Mikaela diz, tirando minha mão de sua barriga.

─ O que eu fiz? ─ Retruco com ar de inocência e ela apenas dá de ombros e distrai-se numa conversa com o pai.

O almoço foi maravilhoso, não somente por ter conseguido deixar Stevan isolado num canto da mesa, como também ter passado um tempo me sentindo parceiro de Mikaela, de verdade. Tudo o que nossos pais questionavam, procuram respostas um no outro, trocando olhares e até discutindo sobre assuntos como se iremos fazer uma festa para comunicar o resto da família e amigos sobre o sexo do bebê, além de falarmos sobre o chá de fralda e o começo da decoração do quarto do nosso pequeno.

Como Mikaela e as amigas não terão nada para fazer hoje, ambas decidiram ir dar uma volta no shopping para comparem algumas coisas para o bebê, Stevan por não ter se sentido confortável foi embora e nem se quer despediu-se e ninguém, a não ser do pai de Mikaela. Claro, antes das meninas irem avisamos a elas que também iriamos sair para fazer uma pequena festa dos rapazes, e após elas  entrarem no carro, já estávamos convocando a rapaziada do colégio para uma partida de futebol. Como se fosse um reencontro da rapaziada.

Passamos a tarde inteira jogando no clube, gritando uns com os outros, mandando ir à merda o juiz quando ele trapaceava.  A noite estava chegado e nossas forças praticamente já não existiam mais, fomos para um bar no centro. Poderia dizer que enchi a cara, mas não. Duas cervejas foram o suficiente para mim, aproveitei para jogar sinuca, dardos e ver o jogo que passava no telão, mas todas estas coisas perderam a graça em um ponto da noite, me despedir dos rapazes que aderiram ficar mais um pouco, e segui meu caminho. É ótimo beber, falar palavrão, ver o jogo com os amigos e dar palpites nas merdas que os jogadores fazem, porém, nenhuma dessas coisas conseguem superar minhas noites vendo série de vampiro com Mikaela que não se cansa de elogiar os atores.

Ao chegar em casa, percebo que todas as luzes estão apagadas confirmando minhas suspeitas que Mikaela não está aqui, aproveito para tomar um banho gelado para me refrescar. Troco e desço para preparar o jantar, mas antes que meus pés pudessem descer os últimos degraus da escada, a porta abre e meu coração alegra ao capitar a imagem da mulher mais linda, no entanto, também gela ao ver quem segue logo atrás.

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