Capítulo 53

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Fui liberada do hospital no dia seguinte, o que foi um alívio

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Fui liberada do hospital no dia seguinte, o que foi um alívio. Em casa, Théo dormiu pela primeira vez em seu berço, na verdade, este dia deveria ser considerado o dia da “primeira vez”. Primeira vez em que dei banho no meu bebê, foi... mágico e ao mesmo tempo torturante, Théo não parava de chorar e de se mexer, e por ser tão pequeno fiquei com tanto medo de machuca-lo ou de pega-lo de mal jeito, por fim deu tudo certo.

Meu pai nos ensinou o básico. Trocar fralda, mamadeira – quando o Théo começar a usar – dar banho, colocar para ninar e truques para quando o bebê sentir cólica. Como prometido, meu pai passou somente três dias conosco e quando ele foi embora, mesmo não admitindo, o desespero de estarmos sozinhos com Théo pela primeira vez, transpareceu em nossos olhos.

A primeira noite foram pavorosas, não estava acostumada a acordar as três horas da manhã com choros, e não posso esquecer das fraldas sujas e das horas em pé, tentando colocar Théo para dormir. Mas, passou. Quando iniciou a terceira semana havíamos acostumados com uma nova rotina, às vezes devido ao cansaço eu e Thomas disputávamos pedra, papel e tesoura para ver quem seria o responsável para cuidar do Théo, porém, somos uma dupla. Um ajuda o outro, esse é o nosso lema e estamos empenhando em segui-lo a riscas. Passo o dia todo com Théo, muitas vezes deixando meu trabalho de lado para dar atenção ao garotinho, que parece sentir a hora que sento diante da minha máquina de costura para trabalhar. Durante a noite, a responsabilidade é do Thomas, ele dá banho e coloca Théo para dormir, me dando tempo para cuidar de mim e meu trabalho que está começando a se acumular.
                                [...]
Nosso menino completou dois mês. Os olhos curiosos prestam mais atenção em tudo ao seu redor, as cores o fascinam, os sons o envolvem e a televisão e as musiquinhas infantis se tornaram minhas melhores amigas na hora que preciso trabalhar, lógico que é insuportável trabalhar ao som de “mariana conta um”, mas ao menos meu bebê está seguro e feliz ao meu lado. Às vezes o pego me olhando, seus olhos dourados encarando a mamãe a desenhar, em algumas das vezes o coloquei em meu colo o deixando ver o que em tanto trabalho, e a reação dele foi rir ao ver o lápis dando vida aos papéis.

Coloco Théo na cadeirinha, pela primeira vez ele irá sair e está uma gracinha, vestido com uma calça e uma blusa que verde-água que destaca suas bochechas gordinhas e seu rostinho branquinho. Dirijo devagar, em todo momento olho pelo retrovisor, observando as atitudes do meu garotinho dorminhoco. Quando estaciono o carro na casa de Rebeca, Théo continua dormindo. Nathan, o padrinho babão pega a cadeirinha e praticamente sequestra meu filho, dizendo com todas as palavras que vai cuidar dele, fico com um pé atrás, porém, não posso fazer nada, já que só tenho um mês para cuidar do vestido da Rebeca e do meu.

─ Cuida bem do meu filho, se ele chorar ou se machucar, te mato. ─ Ameaço, ele ignora.

Entro no quarto e deixo minhas coisas na cama, Lupita está com os olhos cheios de lágrimas olhando para a noiva mais linda. O vestido exclusivo de Rebeca é justo no corpo, destacando suas costas, os ossos que aparecem em sua clavícula e valorizando sua cintura, no entanto, noto que está mais apertado que o normal.

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