Capítulo 52

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Levaram o Théo para dar banho e fazer os exames de rotina e enquanto o médico me examinava, Rebeca foi minha fada madrinha, me acalmando e desligando-me do desconforto de ser costurada

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Levaram o Théo para dar banho e fazer os exames de rotina e enquanto o médico me examinava, Rebeca foi minha fada madrinha, me acalmando e desligando-me do desconforto de ser costurada. Quando me levaram para o quarto a enfermeira não deixou que ninguém entrasse, como recomendação, me deixaram em repouso absoluto.

Não contestei, não havia nem energia para protestar, meu corpo estava igual uma maria mole, não tinha forças nem para manter os olhos abertos para observar o tempo e de acordo com a enfermeira, dormir durante duas horas. Horas que foram suficientes para renovar minhas forças e querer ver meu filho.

─ Pedi para trazerem o seu bebê.

─ Obrigada. ─ Agradeço, consertando meu corpo na cama, no entanto, sentindo um enorme desconforto. ─ Não tive chance de agradecer você por ter trago minha amiga para a sala, muito obrigada.

Ela sorrir como se eu houvesse contado uma piada.

─ Na verdade, buscar sua amiga foi um pretexto para sair da sala, essa foi minha primeira vez numa cirurgia e estava tudo sendo... assustador que a única coisa que eu queria era sair daquele lugar, além do mais, lidar com aquele médico enjoado não é fácil para ninguém. ─ Ela rir consigo mesma.

Gritos do lado de fora da porta. Gritos masculinos e histéricos invadem o ambiente assim que a enfermeira destranca a porta, dando visão do meu pai tentando driblar dois enfermeiros que dizem que ele não poderia entrar.

─ Eu vou processar vocês, estão me ouvindo! ─ Berra. ─ Eu quero ver minha filha e para isso não me importo de derrubar vocês dois. ─ Papai praticamente se joga em cima dos enfermeiros que os segura e o arrasta pelo corredor.

Levanto-me, tirando forças do desejo te ter alguém ao meu lado, dou um passo em seguida do outro, recusando-me a obedecer à voz singela que me pede para voltar para cama.

─ Soltem-no. ─ Peço. ─ Eu estou bem e qualquer um que queira vir falar comigo, tem total direito, ok?

─ Foi o doutor Silva...

─ Não quero saber o que o doutor disse, todos que quiserem me visitar não serão barrados, entenderam? - Esses dois trocloditas são enfermeiros ou seguranças? 

Ambos concordam.

─ Filha ─ A voz amorosa aconchega ao meu ouvido.

Abraço meu pai, sentindo as lágrimas escorrem por meu rosto.

─ Foi assustador, pai. Estar numa sala sozinha, com pessoas rudes gritando, não entendo o que você sente, com certeza, não foi assim que imaginei que seria. O senhor viu o Thomas?

─ O Nathan conseguiu localiza-lo, em breve estará aqui.

Retorno para cama e recosto minha cabeça no travesseiro que afunda com meu peso. O olho que aparenta alguns fios brancos na cabeça, senta-se ao meu pé, recolhe minha mão e seu afetuoso olhar recaí sobre minha imagem, que abre um curto e feliz sorriso.

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