Capítulo 55

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Barulho irritante ecoa em meus ouvidos

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Barulho irritante ecoa em meus
ouvidos. Não é choro, é como se alguém tentasse invadir minha casa.

─ Thomas. ─ Resmungo, tateando a cama a procura do corpo do meu namorado. Não encontro, abro os olhos com dificuldade, olho ao meu redor e grito, Thomas sai do banheiro com o cabelo cheio de shampoo e uma toalha amarrada em sua cintura.

─ O que aconteceu? ─ A preocupação se instala em sua voz.

─ Não é nada. Achei que esse barulho era você fazendo, mas me enganei.

Cambaleio para fora da cama, sigo em direção ao corredor e o som se intensifica. Desço as escadas e vejo que realmente há alguém tentando invadir minha casa. Abro a porta.

─ Estava morta, mulher? ─ Catarina exclama, pulando em meus braços, batendo várias de suas sacolas em mim. ─ Presentinho para o bebê da minha melhor amiga. ─ Aponta para as várias sacolas que deixa no sofá, os olhos escuros pairam em minha roupa e faz cara feia. ─ Para uma estilista deveria se vestir melhor, seu boy gosta disso?

Olho para baixo, feliz por conseguir ver meus pés. Ah, como sentia saudade do meu corpo, dos meus peitos, da minha barriga, da minha bunda... de tudo. Encaro o conjuntinho que visto, um short e uma blusa de seda que destaca os pontos dos meus seios, não é algo que chame a atenção de um homem num nível de se vestir de diabinha, mas também não é uma calçola bege de vovó.

─ Que bom te ver também.

─ Pietro me cotou toda a história, quem foi a puta que te provocou e não prestou socorro? Aliás, falando do Pietro, ele deve chegar essa semana também para conhecer o seu pequeno.

─ Como você disse, uma puta qualquer aí.

─ Mora aqui?

─ No final do corredor.

─ Ótimo, vamos dar uma lição nessa baranga. ─ Estala os dedos de modo ameaçador.

─ Ok, só me deixe acordar um pouco.

Gosto de pensa que Catarina é uma versão minha, só que em espanhol. Somos loucas, vingativas e não medidos palavras, e seguimos o lema: mexeu com uma, mexeu com a outra. Nos conhecemos na faculdade e desde então não nos separamos mais, íamos a festas juntas, entravamos nas brigas uma da outra e às noites eram curtas para as loucuras que aprontávamos nas madrugadas de verão. Não sei o que essa louca tem em mente, no entanto, com ela aqui a tal Júlia vai ter se arrependido de ter entrado no meu caminho. Digamos que Catarina não sabe a hora de parar, e quando se trata de confusã  e de uma pesso que eu não goste, simplesmente entro na história para dar continuidade.

Catarina segue para a cozinha e mexe na geladeira, a deixo e subo para meu quarto para poder trocar de roupa e escovar os dentes. Escolho um vestido e caminho para o banheiro, Thomas está penteando os cabelos quando entro, e seus olhos logo procuram respostas.

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