Capítulo 49

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Náusea

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Náusea. Uma vontade horrível de vomitar inunda meu estômago.

─ Você está louca. ─ Thomas berra, raivoso.

Não sei o que aconteceu, mas quando retorno minha visão na direção deles, Thomas está limpando a boca e Júlia está derramada no chão, rindo, apontando para mim e juro que se não se fosse o Théo aqui dentro de mim, que pisaria na garganta dessa cobra, ou melhor, sapatearia na cara dela. Thomas corre em minha direção, ergo uma mão, fazendo-o o parar, não quero ouvir explicações, ou nada do tipo, quero esquecer que isso aconteceu. Só desejo intensamente esquecer essa cena.

─ Amor. ─ Me chama, jogando a chave do carro na mesa de centro da sala e seguindo meus passos. ─ Você está com raiva?

─ Claro que estou. Estou puta com aquela vaca, estou raivosa pela audácia dela, estou nervosa, com vontade de arrastar a cara dele pelo chão. ─ Respiro fundo. ─ Não se martirize, não estou com raiva de você, não foi culpa sua e não incitou as atitudes dela. ─ O semblante preocupado dele desaparece.

Maturidade é uma palavra simples e difícil de se colocar em prática. Sou uma adulta que não quer brigar com o namorado, sou uma mãe que não quer correr o risco de expor meu bebê, sou uma pessoa calma, calma que abomina a violência... quem eu estou querendo enganar? Não tenho calma, sou a dona violência e se não fosse pelo Théo, estaria agora dando na cara daquela puta, e aí, se o Thomas se intrometesse até ele ia levar.

A cada abocanhada dado no sorvete eu tinha que respirar mais fundo, mantendo a calma, eu sei que é besta, mas não consigo esquecer aquela afronta, me chama de feia e ainda beijo o meu namorado, os céus me acalme, porque estou me sentindo um vulcão preste a entrar em erupção.

Repouso meu corpo, ajeitando o travesseiro para encaixar-se na minha barriga de um modo que consiga dormir. Mãos calorosas afaga em minha pele, sobe e desce por minhas mãos, depois alisa minha barriga e quando dou por mim, Thomas está com seu rosto encaixado em meu pescoço, sua respiração batendo em minha orelha e seu hálito quente arrepiando minha pele a cada vez que seus lábios se separaram.

─ Sabe que eu te amo?

─ Sei, amor.

Não quero brigar, não quero ter que passar por aquelas discussões chatas de ciúmes ou desconfiança... não quero lidar com nada disso, entende? Porque quando digo “eu te amo”, não são apenas palavras, é o meu caráter, a minha palavra e o meu coração que são derramadas em cada letra, quando recito esse juramento, estou declarando a você que não vou olhar ou pensar em outra mulher que não seja você, Mikaela Ferrarini. Quero que confie em mim, apesar da circunstância, quero que você confie em mim completamente.

─ Eu confio em você.

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