Capítulo 31

153 15 19
                                    

Este capítulo possui hot, caso não se sinta confortável lendo, pule para o próximo.

Boa leitura!

─ Você me acha incapaz de amar? ─ Apoio nos cotovelos para me sentar na cama, encarando cada detalhe da expressão de Thomas, vendo seus lábios mexerem sutilmente, seus olhos cansados batalharem para continuarem abertos e pingos de chuvas que enfei...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

─ Você me acha incapaz de amar? ─ Apoio nos cotovelos para me sentar na cama, encarando cada detalhe da expressão de Thomas, vendo seus lábios mexerem sutilmente, seus olhos cansados batalharem para continuarem abertos e pingos de chuvas que enfeitam seus fios negros.

Sua cabeça balança, seus olhos piscam, sua boca não reproduz nada.

─ O que ele usou para afeta-la? ─ Disse por fim, cansado de tentar entender a razão de minha pergunta.

─ Tantas coisas que é difícil de lista-las, porém, me responda, comprove o que ele diz: me acha incapaz de amar, você também julga que eu me afundo no trabalho, por que não habita amor em meu coração, que sou incapaz de deixar a alguém fazer parte da minha vida? ─ Minhas palavras saem com urgências, almejando respostas, para salientar essa tortura dentro do meu peito.

─ Não. ─ As costas dele deixam a cama e seu corpo equilibra-se em frente ao meu, recolhendo cada informação que meus semblantes esboçam.

A mão de Thomas toca a face que não que está machucada e a acaricia com ternura.

─ Você nunca se importou com o que as pessoas falam, Mikaela, por que resolveu se importar agora?

─ Porque eu me autoquestiono se estas palavras não são totalmente verdades. ─ Vislumbro a poltrona onde Thomas largou suas coisas, procurando qualquer detalhe que me chame mais atenção dos que os olhos curiosos a minha frente. ─ Eu não amei o Guilherme, Thomas. ─ Declaro, sentindo vergonha de confessar. ─ Sim, eu gostei dele. No começo nos dávamos bem, ele era conhecido e eu estava começando a entrar no mercado, ganhando visibilidade, no entanto, mesmo com o passar dos anos, o sentimento jamais evoluiu. Eu continuei com ele... porque estava acostumada com a rotina, e bom, era confortável saber que depois do trabalho teria alguém em casa me esperando.

─ Estava o usando. ─ Conclui. ─ Eu sei como é. ─ Suas palavras também parecem tristes. ─ Mikaela, nos reconstruímos do nada, refizemos nossas carreiras, provando ao mundo e a nós mesmos que merecíamos o que estávamos construindo e as relações amorosas com pessoas que não amamos são mais fáceis de lidar, temos carinho, sexo e praticamente uma certa segurança quando chegamos em casa e isso faz com que tenhamos cabeça para pensar no profissional, não somos monstros ou menos humanos por escolhermos a segurança ao invés do amor, só somos egoístas.

─ E eles não podem nos culpar, enquanto estavam com nos tinham o que queriam.

─ Certo. Foi uma troca de interesse.

─ Exato! ─ Respiro fundo, passando a mão por meu pescoço. ─ Essa troca ficou cara. ─ Thomas engole a seco e passa a mão por minha barriga, lembrando da ameaça que Paloma havia feito. Tudo possui um preço e só estamos pagando nossas dívidas, infelizmente.

PositivoOnde histórias criam vida. Descubra agora