Capítulo 38

166 11 24
                                    

Nossos pais decidiram fazer uma comemoração para anunciar a família sobre a chegada de um novo membro e o que era para ser uma pequena reunião familiar, transformou-se em uma festa da alta sociedade, apareceu até alguns fotógrafos para registrar o...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Nossos pais decidiram fazer uma comemoração para anunciar a família sobre a chegada de um novo membro e o que era para ser uma pequena reunião familiar, transformou-se em uma festa da alta sociedade, apareceu até alguns fotógrafos para registrar o Herdeiro Ferrarini Reis, e além da surpresa do sexo do bebê que foi revelado ao público, Mikaela e eu decidimos anunciar que estamos juntos. E desde o momento em que nos beijamos, comprovando a todos que agora é para valer, eu não pude tirar o sorriso dos lábios, conversando com todos aqueles que seguem até mim para me parabenizar, ao contrário de mim, minha namorada não faz o menor esforço para ser educada com as pessoas com que ela não se simpatiza, resumindo, com praticamente toda a família dela.

─ Parabéns, priminha. ─ Mirela, a prima que Mikaela vivia competindo, fala sorrindo falsamente, enquanto tenta abraçar Mikaela que esconde atrás de mim para não ser tocada pela prima. ─ Quem diria, que você seria a primeira a engravidar sem se casar, não é mesmo?

─ Coisa da vida, não é mesmo. Mas sobre você e o seu quarto divorcio todo mundo já esperava, e aí, como está? Conseguiu arrancar alguma grana daquele velho ou você ficou chupando o dedo como das outras vezes? ─ Mirela deixa o sorriso desaba, a inveja e o ódio escorrerem por sua boca.

─ Espero que vocês sejam felizes. ─ Diz, entre dentes.

─ Espero que no seu próximo casamento você consiga tirar uma boa grana do coitado. ─ Mikaela acenou, sorrindo verdadeiramente dessa vez, contente por ter conseguido irritar sua prima.

─ Vocês nunca vão acabar com essa rivalidade?

─ Acabamos a séculos e eu fui a ganhadora, isso o que fazemos é só reforçando quem continua com a coroa na cabeça. ─ Zomba, acenando para meus avós que aproximam.

Deixo Mikaela com as mulheres e vou me distrair com os rapazes, beber um pouco e receber dicas nenhum pouco construtivas sobre paternidade. Meu sogro e meu pai me chamam para conversar em particular e o que eu não passei na adolescência passo agora. O senhor Henrique praticamente me ameaça, dizendo que seu eu não cuidar direito da filha dele, ele vai acabar com a minha vida e ao invés do meu próprio pai me defender ou dizer qualquer coisa, apoiando-me, ele concorda com Henrique e ambos começam a me dizer assuntos sobre comprar uma casa, que preciso me casar com Mikaela, além de me mandarei convencê-la de voltar a morar no Brasil. Escutei tudo calado, evitando estragar a festa e meu humor, no entanto, tudo o que eles exigem eu não tenho intenção de cumprir.

É impressionante que mesmo estando adulto, nossos pais insistem em se meter e controlar nossas vidas. Se eu vou me casar com Mikaela? Vou, mas no momento em que ambos concordarem ser o certo. Se vou tentar convencê-la a se mudar para o Brasil? Não, quero que ela tome essa decisão por si e não porque estou a fazendo escolher entre mim e o trabalho dela. E se vou comprar uma casa? Talvez um dia, mas não agora.

Quero tomar as decisões por contra própria, pois quando tudo desandar, não será nossos pais a estarem ao meu lado enfrentando toda a merda, muito pelo contrário, estarei só, vivendo as consequências das escolhas, e caso seja para penar, quero eu mesmo escolher e fazer meus passos.

PositivoOnde histórias criam vida. Descubra agora