Capítulo 11

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Meu primeiro ultrassom

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Meu primeiro ultrassom.

Estou um pouco nervosa e estou com muita vergonha de como será. Outra pessoa além de mim e dos meus namorados irá ver minha feminilidade e isso é tão vergonhoso. Minhas mãos estão suando e o pior, estou sozinha. Minha mãe teve que viajar para resolver alguns problemas de uma Ong, não quis que meu pai viesse e Sara, bom, não quis falar com Sara, porque não quero que ela conte nada ao Thomas. Falando nele, faz duas semanas que não conversamos e tenho que agradece-lo por facilitar as coisas, ele está realmente focado no casamento e esqueceu de mim, e isso é ótimo. Não quero me sentir humilhada novamente, não quero me sentir como uma amante como naquele último encontro, só quero ser eu, Mikaela, uma mulher grávida, super nervosa para sua consulta.

─ Oi, tenho uma consulta com o Doutor Mario. ─ Digo a atendente. Ela pede alguns documentos de confirmação e logo devolve junto com uma folha contendo uma senha e o número da sala e o andar. 

Sigo na direção dos elevadores enquanto pelejo para guardar meus documentos na bolsa. Meu corpo se choca com algo rígido, uma bebida gelada derrama em minha mão e quando ergo meus olhos para pedir desculpas, sei que um pedido de desculpas não é nada comparado a lambança que provoquei na rouba branca de um médico bonitão.

O homem passa a mão pela região manchada de café enquanto eu disparo mil desculpas, o rosto dele fixa no meu. Ele sorrir, o sorriso mais branco de toda a minha vida, balança a cabeça como se não fosse nada de mais.

─ Isso sempre acontece. ─ Ele diz e viajo em sua voz, não é rouca, nem grave, é um angelical, doce e suave.
Os olhos dele se estreitam em mim, analisando meu rosto, como se tentasse me reconhecer.

─ Já nos vimos? ─ Pergunta com curiosidade, ainda reparando em cada semblante que esboço

Nego.

─ Você é muito familiar, juro. Seus olhos, sua boca, seu perfume... ─ o homem para e abre um sorriso um pouco mais largo, balança a cabeça espantando suas ideias loucas e antes que possa processar algo não estupido para dizer, sua mão está estendida a frente de seu corpo, para um cumprimento formal. ─ Sou Stevan.

─ Mikaela.

─ Eu juro, que já nos conhecemos. Ok, melhor eu parar, se não vai pensar que sou louco.

─ Não é louco, apenas insistente. ─ Encaro o relógio em meu braço e reparo que falta três minutos para minha consulta. ─ Desculpa, preciso ir. ─ Corro ao ver as portas metálicas se abrirem, entro e antes que as portas se fechem consigo notar a manga branca suja de café as proibirem de fecharem.
Stevan entra e fica ao meu lado, no entanto, consigo ver reparar no momento exato que seus olhos estudam o painel marcando os andares.

─ Quarto andar? Nesse andar só há a pediatria ou a... ─ Os olhos deles descem a minha barriga. ─ Você está gravida? ─ Diz, um pouco perplexo. ─ Ah, meus ancestrais, não acredito que estou interessado numa mulher gravida. ─ Fala para si mesmo se culpando.

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