66. Vulnerável

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— Miserável! — JK puxou Shin para mais perto, ainda prendendo firmemente o seu paletó entre os dedos. — Isso vai custar muito caro pra você!

— Desconsidere, Jeon! É a bebida! — Dakho insistiu. Eu estava tão travada pelo choque da provável revelação e pelo medo do que viria a seguir que não conseguia sequer me mover para tentar segurar o meu namorado e impedir uma agressão. — Não vê que ele está fazendo isso apenas pra te provocar?

— Por que me provocaria? — Jeongguk continuou focado no rosto do meu ex-namorado. — Não estava sendo tão amigável minutos atrás?

— Ele está com ciúmes — o funcionário respondeu.

— Cala a boca, Dakho! Eu não permito que se meta nisso! — Wonho disse mais alto. — É um assunto meu! Só meu!

— O senhor não pode ser agredido aqui e, pior, não pode ter o caráter manchado no nosso meio — falou com seriedade. O homem estava inconformado e isso me dava a certeza de que toda a sua preocupação era sincera. — Shin não é o responsável pelas ameaças, Jeon. Eu afirmo.

— Claro que afirma — JK disse entredentes, furioso. — Você trabalha pra ele.

— Mas nunca aceitaria um terror psicológico contra uma pessoa inocente — rebateu firme. — Acredite em mim.

— Jeongguk, larga o Shin — pedi. — Não é assim que iremos resolver e você sabe.

— Ouve a sua namoradinha, Jeon Jeongguk — Shin riu.

— Não me provoque, seu desgraçado! — Empurrou o outro pelo peito, soltando-o abruptamente. — Some daqui.

— Vamos, Hoseok — Dakho segurou o antebraço do chefe e o puxou, aplicando tanta força no ato que causou o tropeço do bêbado. — Você vai precisar de um banho gelado e de muita água amanhã.

— Vai se foder, vai... — ele respondeu embolado, entre o riso. — Me deixa em paz.

— Acredita em mim agora? — Jeon cruzou os braços, pondo-se à minha frente e atrapalhando a minha tarefa de observar a partida do meu ex-namorado. Shin estava completamente fora de controle. — O que me diz?

— O que ele fez pode dizer tudo, mas também pode significar absolutamente nada — falei baixo em uma tentativa de acalmá-lo e ganhei um bufar do moreno. — Pensa, Jeongguk! — Encarei-o. — Você viu o estado do Hoseok, viu que ele está bêbado.

— E isso só nos mostra que o seu ex-namorado é um covarde de merda que precisou ficar embriagado pra assumir o que fez — disse rápido, bastante agitado. — Nada além.

— Não sei... Parece muito fácil... — Olhei ao redor, perdida. — Tanto mistério pra, no fim, o Shin assumir assim?

— Lembrando que ele estava bêbado — Namjoon interviu. — Colocar tudo a perder estando daquela maneira é extremamente comum vindo de um ser humano.

— E vocês se recordam do rastreio que o Taehyung fez? — Jimin questionou. — A pessoa que invadiu o computador do galpão estava perto da base do Wonho.

— É ele — Jeon decretou, firme. — E eu vou esganá-lo com as minhas próprias mãos.

— Você não vai fazer nada — me aproximei do seu corpo rígido, tenso. — Não agora.

— E o que quer que eu faça, (s/n)? — Pressionou os lábios. JK estava a um passo de perder o controle que tanto se esforçou para resgatar. — Quer que eu fique sentado tomando um chá? Quer que eu vá regar as flores do galpão?

— Para com isso! — Bufei, impaciente. — E fala baixo! Não perde o foco, Jeongguk! Nós não temos nenhuma prova contra o Shin e vocês podem se complicar com todos do meio se tentarem atacá-lo por causa de uma simples suspeita.

Criminal | Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora