88. Em ação

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•   Alerta de capítulo graaande!

"— Quando você planejar algo e a situação não se moldar do modo que imaginou, por favor, não desista por pensar que tudo está perdido. Sempre há uma saída." — O conselho de Jay dominava a minha mente. "— Pare o que estiver fazendo, respire fundo e analise as opções e possibilidades. Você vai encontrar outra alternativa e conseguirá agir, independentemente do que seja. Dá até pra aplicar no hospital, sabia?" — Ainda me recordo da risada que ele liberou logo depois.

JP teria razão?

Custaria caro fazer o teste?

— A sua mãe está...

— (s/n)! Filha! — O chamado esganiçado da mais velha interrompeu JM. Olhei para o meu lado direito e soltei um suspiro alto de alívio ao vê-la correndo até mim. Quando enfim nos aproximamos, envolvemo-nos em um duradouro abraço apertado. — Você está bem? — Questionou enquanto segurava o meu rosto com as duas mãos e me analisava. Eu também aproveitei o momento para observá-la e tentar identificar algum machucado. Felizmente não encontrei nada. — Ele fez algo?

— Não, está tudo certo — menti em partes. Jimin não havia me agredido com selvageria ou tentado me forçar a ter relações, mas bateu no meu rosto e me contou coisas horríveis. — E você? Comeu bem? Foi agredida de alguma maneira? Fizeram...

— Não, filha — se apressou em responder. — Eles sequer falaram comigo — suspirou. — Fiz todas as refeições, tomei banho, troquei de roupa... — Apontou para o próprio corpo. — E você?

— Está tudo bem — sorri para tranquilizá-la. Não posso sequer cogitar a ideia de dizer que fui castigada com a fome. — Nada sério aconteceu e nós estamos juntas agora — segurei as suas mãos e a encarei, desejando loucamente que ela entendesse o seguinte recado: mãe, eu planejo fazer algo arriscado! — Juntas.

— Viu como a sua filhinha está bem cuidada? — Jimin perguntou alto, ainda a alguns passos atrás de nós. — Como você já sabia, eu sou o homem certo pra ela.

— Você é um...

— Mãe — apertei as suas mãos com mais força. — Não aborreça o Jimin — aumentei a voz para que o loiro escutasse. — Ele poderia estar sendo muito pior agora, mas parece que realmente quer que entre todos nós nasça uma boa relação.

— Você ficou louca? — O seu tom e a sua expressão de incredulidade me fizeram suspirar de puro desespero. Ela não havia entendido nada. — Você está sob efeito de algum remédio? O que deu pra minha filha, seu canalha?

— Eu só quero que você entenda que nós precisamos colaborar pra que o Jimin confie na gente — falei mais baixo, temendo a compreensão de JM sobre aquela frase. — Não concordo nem um pouco com o que está acontecendo aqui — elevei o volume da voz mais uma vez, desejando que JM ouvisse aquilo também. Ele precisa pensar que está sendo bem-sucedido quando me avalia e continuar acreditando que estou indecisa ao invés de enxergar a minha tentativa rasa de enganá-lo. — Não sei quando vou perdoá-lo, mas nós temos que admitir que algo muito pior poderia ter acontecido e ele não chegou nem perto de fazer isso.

— Está vendo? — Estremeci de susto ao escutar a voz de Park bem perto do meu ouvido. O coreano apoiou o braço no meu ombro e encarou a minha mãe. — Percebe que nós dois conseguimos o que queríamos e que a sua filha finalmente é minha?

— Isso é um absurdo! — Ela protestou. — Você não pode manter a minha filha presa aqui!

— Já esclareci pra (s/n) que essa situação — olhou para os homens ao nosso redor — é temporária. Daqui a pouco acaba.

Criminal | Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora