A expressão "você estava no lugar errado e na hora errada" nunca fez tanto sentido como naquele momento. A entrada repentina dos seis homens empunhando armas poderosas, as ameaças entoadas em gritos, a pressão nos funcionários da joalheria de luxo...
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Naquele dia, há duas semanas, Jay me contou que os seus funcionários descobriram os motivos do ataque a Jackson: me desestabilizar, o que já era bem óbvio, e desfocar a sua equipe para que o desgraçado do JM saísse do país. Sim... Park passou esse tempo inteiro escondido em algum lugar da Coreia do Sul e somente agora pôde ir para longe. Sedento para capturá-lo, o grupo especializado de JP conseguiu identificar a movimentação de Jimin no aeroporto e todos os integrantes foram para lá. Contudo, descobriram que a sua partida havia acontecido duas horas antes e que nada mais poderia ser feito. Persistente, a equipe entrou em contato com os agentes do local e constatou que o loiro conseguiu escapar da polícia forjando todos os seus registros com documentos diferentes. Park Jimin simplesmente saiu de Seul sem ser incomodado e sem deixar rastros. A única informação extraída veio de uma câmera de segurança que mostrava o seu deslocamento para a área de voos internacionais.
— Não havia tempo hábil pra investigar todos os nomes que ele usou até encontrar o destino do voo e ir atrás — suspirei. — E é claro que funcionários do próprio aeroporto estão envolvidos nisso.
— Filho da puta... — Somin disse entredentes. — Aquele desgraçado é muito articulado! Não tem jeito!
— Ele tem uma boa equipe, isso é fato.
— E o Jay te deu permissão pra contar a verdade ao Jack? — Ela me encarava com atenção, focada em tudo o que ouvia. Depois de duas semanas nos comunicando apenas por telefone, aquela era a primeira vez que nos víamos pessoalmente. JP queria reformular o meu esquema de segurança e eu tive que me poupar indo de casa para o trabalho. — Ainda não consigo acreditar.
— Ele me deu permissão e eu fui até o Jackson no seu sétimo dia de internação — me acomodei melhor no sofá confortável. Estávamos na casa de Somin e Sungjae dormia como um anjinho diante de nós. — Mas não foi fácil, eu tive que insistir bastante com o JP — revelei. — No fim, tudo deu certo e o Jack sabe o terreno perigoso que está pisando.
— Você disse tudo? — Arregalou os olhos, surpresa. — Tudo mesmo?
— Não! — Neguei com rapidez. — Não falei sobre a minha ligação com o crime, só que... Bem... — Meneei a cabeça. — Tenho certeza de que ele percebeu que há algo ilegal na história.
"— Então é isso, Jack — suspirei alto, sentindo uma dor intensa no peito. Como era horrível lembrar e ter que falar daquelas cenas angustiantes que vivi com JM! — Aquele Jimin que você conheceu na minha casa é o responsável por tudo o que te contei, toda a perseguição... — Respirei fundo. — Tudo.
— Nossa... — O meu amigo, chocado, tinha o olhar fixo na parede à sua frente. Estávamos sozinhos no quarto do hospital. — Te persegue desde que você pisou aqui?
— Sim.
— Puta merda... — Murmurou. — Ele é mesmo um doente!