78. Descobertas

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A perplexidade paralisava os meus movimentos e me impedia de raciocinar

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A perplexidade paralisava os meus movimentos e me impedia de raciocinar. Eu não conseguia pensar em nada e também não captava os sons ao meu redor. A minha respiração era pesada, profunda, a minha atenção continuava presa ao rosto suado de Jeongguk e o meu peito apertou quando os seus olhos se abriram lentamente e encontraram os meus. A sua expressão de dor permaneceu, porém pude perceber uma sutil alternância para alívio. JK gostou de me ver. O que ele estava fazendo aqui? Por que foi baleado? Por que usava outro nome? Será que foi atingido em uma operação? Bem... Se isso aconteceu, o sul-coreano não tem muito tempo para ser atendido e fugir. As minhas pernas bambearam. Céus... Neste instante, Jeon depende única e exclusivamente de mim.

— (s/n)! — A voz de Mirae me despertou e eu a encarei assim que consegui. — Quer desistir? — Voltei a focar em Jeongguk, que tinha os olhos marejados. Ele sentia muita dor e os seus gemidos eram agoniantes. — Eu posso arriscar e...

— Não — a interrompi com certo desespero. — Eu faço.

— Tem certeza? — Parecia receosa agora. — Você mudou, está tensa.

— Fiquei sensibilizada com a dor que ele está sentindo — falei com rapidez, ansiosa para começar. — Mas serei a responsável por fazer parar. Não se preocupe, Mirae.

— Bem...

— Eu consigo.

— Então vamos acelerar as coisas — suspirou alto, apreensiva. — Vou te explicar o que precisa ser feito.

Após fechar os olhos e tentar atrair a minha total concentração para a tarefa, me esforcei ao máximo para ouvir todas as instruções de Mirae. Ela falou sobre cada detalhe, explicou cada etapa e, no fim, disse que Jeon só seria autorizado a deixar a sala depois da sua avaliação. Concordei imediatamente, afinal, Mirae era a profissional responsável pela área. Enquanto conversávamos, um enfermeiro já conhecido por mim entrou no local e me surpreendeu ao sussurrar algo para Jeongguk. Agiu como se o conhecesse e isso me intrigou. No entanto, não foi preciso olhá-lo duas vezes para entender que ele estava aqui a mando de alguém. O seu nervosismo deixava claro que veio apenas para ajudar o meu ex-namorado e eu passei a ter três perguntas rondando a minha mente: ajudar como? Por quê? Quem o mandou?

— Preciso que você o coloque na posição correta novamente — fiz o pedido para o enfermeiro aflito diante de mim. — O senhor Bae se moveu e não será possível continuar desse modo.

— Sim... Sim, senhora — assentiu com a cabeça repetidas vezes, ainda atordoado. — Algo mais?

— Faça isso primeiro — observei os seus movimentos com muito cuidado, bastante preocupada com a situação de Jeongguk. — Você trabalha aqui no hospital há quanto tempo?

— Três anos, doutora.

— Tem experiência em ajudar os cirurgiões ou está na mesma situação que a minha?

Criminal | Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora