8. Reencontro

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— Foi bem superficial — falei enquanto terminava da limpar a sua mão. — Pela quantidade de sangue, achei que a situação estivesse complicada — ri fraco e ele me acompanhou. — Como se cortou? — tomei um breve susto quando olhei para Jimin e notei que ele já me encarava.

— Eu... Eu estava cozinhando e a faca passou aqui.

— Na palma da mão? — Franzi o cenho. — Estava cortando um pepino ao meio? — Me rendi ao riso e ele sorriu abertamente.

— Como adivinhou?

— Sério?

— É — gargalhou. — Eu sou muito desastrado. Estava ajudando a minha irmã no preparo do nosso almoço e deu nisso.

— Na próxima, preste atenção — aconselhei. — Você pode não dar tanta sorte.

— Tem razão.

Terminei o curativo sob o seu olhar atento e curioso. Jimin parecia me avaliar e eu me senti incomodada por um breve momento. O que ele queria? Por que não falava nada? Assim que me levantei, o rapaz fez o mesmo e ficou logo atrás de mim. Escrevi algumas recomendações para o ferimento e virei-me para entregá-lo, assustando-me com a proximidade do seu corpo com o meu. Park sorriu envergonhado e eu repeti o ato antes de lhe entregar o papel com pressa. Observei os seus cabelos e desci para os seus olhos curiosos numa tentativa falha de reconhecê-lo. Aquela sensação havia voltado com força e eu estava preocupada, pois ela não representou um bom sinal da última vez.

— A gente já se viu? — Perguntei de repente, assustando-o.

— Lembra-se de mim de algum lugar?

— Então já nos vimos antes?

— Eu não disse isso — ele riu fraco.

— Devo estar te confundindo.

— Mas você acha que me conhece? De onde?

— Não sei — suspirei. — Só acho que já te vi em algum lugar — dei de ombros. — Você já me viu? — Ele me olhou por um tempo em completa seriedade, mas logo sorriu.

— Não se preocupe com isso — afastou-se, caminhando até a porta. — Você... Você é uma ótima profissional, (s/n). Muito obrigado.

— Disponha.

Aquilo foi estranho. Depois que ele se foi, eu ainda permaneci parada no centro da sala. Estava assustada. Eu só tive essa mesma sensação duas vezes; a primeira quando conheci Jeongguk e a segunda quando vi Seokjin. Isso é um péssimo sinal. Será que Park Jimin também faz parte do grupo e veio aqui para conferir a minha rotina? Será que Jeongguk pediu para que ele me perseguisse ou, pior, me matasse? Céus! O que está acontecendo com a minha vida? Por que eu fui me envolver com um bandido? É um castigo por criticá-los tanto?

— Aquele homem lindo? — Somin arregalou os olhos. — Ele é um assaltante?

— Fala baixo — pedi em meio ao desespero. — Eu não sei, Somin. Estou apenas supondo, levando em consideração o que senti quando o vi.

— Foi o mesmo que sentiu com os outros dois?

— Exatamente.

— É um indício forte — assentiu com a cabeça, reforçando.

— Os olhos dele... — suspirei. — Eu já vi aqueles olhos, assim como o tom dos seus cabelos.

— Pensa bem e tenta puxar algumas memórias do tempo em que ficou lá — aconselhou. — Se for alguém de lá, você vai descobrir.

— E se eles estão me rondando pra achar o momento perfeito de me eliminar?

— Será? — Arregalou os olhos. — Amiga, então eu acho que devemos acionar o amigo do Joe.

Criminal | Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora