— Foi bem superficial — falei enquanto terminava da limpar a sua mão. — Pela quantidade de sangue, achei que a situação estivesse complicada — ri fraco e ele me acompanhou. — Como se cortou? — tomei um breve susto quando olhei para Jimin e notei que ele já me encarava.
— Eu... Eu estava cozinhando e a faca passou aqui.
— Na palma da mão? — Franzi o cenho. — Estava cortando um pepino ao meio? — Me rendi ao riso e ele sorriu abertamente.
— Como adivinhou?
— Sério?
— É — gargalhou. — Eu sou muito desastrado. Estava ajudando a minha irmã no preparo do nosso almoço e deu nisso.
— Na próxima, preste atenção — aconselhei. — Você pode não dar tanta sorte.
— Tem razão.
Terminei o curativo sob o seu olhar atento e curioso. Jimin parecia me avaliar e eu me senti incomodada por um breve momento. O que ele queria? Por que não falava nada? Assim que me levantei, o rapaz fez o mesmo e ficou logo atrás de mim. Escrevi algumas recomendações para o ferimento e virei-me para entregá-lo, assustando-me com a proximidade do seu corpo com o meu. Park sorriu envergonhado e eu repeti o ato antes de lhe entregar o papel com pressa. Observei os seus cabelos e desci para os seus olhos curiosos numa tentativa falha de reconhecê-lo. Aquela sensação havia voltado com força e eu estava preocupada, pois ela não representou um bom sinal da última vez.
— A gente já se viu? — Perguntei de repente, assustando-o.
— Lembra-se de mim de algum lugar?
— Então já nos vimos antes?
— Eu não disse isso — ele riu fraco.
— Devo estar te confundindo.
— Mas você acha que me conhece? De onde?
— Não sei — suspirei. — Só acho que já te vi em algum lugar — dei de ombros. — Você já me viu? — Ele me olhou por um tempo em completa seriedade, mas logo sorriu.
— Não se preocupe com isso — afastou-se, caminhando até a porta. — Você... Você é uma ótima profissional, (s/n). Muito obrigado.
— Disponha.
Aquilo foi estranho. Depois que ele se foi, eu ainda permaneci parada no centro da sala. Estava assustada. Eu só tive essa mesma sensação duas vezes; a primeira quando conheci Jeongguk e a segunda quando vi Seokjin. Isso é um péssimo sinal. Será que Park Jimin também faz parte do grupo e veio aqui para conferir a minha rotina? Será que Jeongguk pediu para que ele me perseguisse ou, pior, me matasse? Céus! O que está acontecendo com a minha vida? Por que eu fui me envolver com um bandido? É um castigo por criticá-los tanto?
— Aquele homem lindo? — Somin arregalou os olhos. — Ele é um assaltante?
— Fala baixo — pedi em meio ao desespero. — Eu não sei, Somin. Estou apenas supondo, levando em consideração o que senti quando o vi.
— Foi o mesmo que sentiu com os outros dois?
— Exatamente.
— É um indício forte — assentiu com a cabeça, reforçando.
— Os olhos dele... — suspirei. — Eu já vi aqueles olhos, assim como o tom dos seus cabelos.
— Pensa bem e tenta puxar algumas memórias do tempo em que ficou lá — aconselhou. — Se for alguém de lá, você vai descobrir.
— E se eles estão me rondando pra achar o momento perfeito de me eliminar?
— Será? — Arregalou os olhos. — Amiga, então eu acho que devemos acionar o amigo do Joe.
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Criminal | Jeon Jungkook
FanfictionA expressão "você estava no lugar errado e na hora errada" nunca fez tanto sentido como naquele momento. A entrada repentina dos seis homens empunhando armas poderosas, as ameaças entoadas em gritos, a pressão nos funcionários da joalheria de luxo...