6. Proximidade

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— O que

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— O que... O que você está fazendo aqui de novo? — Perguntei um pouco baixo, ainda incerta sobre falar com ele ou não. — Não me diga que o parkour te pegou mais uma vez — tentei descontrair e causei a sua risada gostosa.

— Vou começar as minhas sessões de fisioterapia hoje — Jeon respondeu sorridente.

— Só agora?

— É, estava criando coragem pra voltar até aqui.

— Por quê?

— Precisamos conversar, não é? — Me olhou com pesar, mas logo direcionou a sua atenção para o homem atrás de si. — Pode ir. A doutora (s/n) me guia a partir daqui — voltou o olhar para mim, dessa vez com receio. — Você pode?

— Claro, eu posso — sorri abertamente para ele e para o homem desconhecido por mim e logo tomei o controle da cadeira de rodas. — Sinto muito por aquele dia. Me desculpe se fui injusta — mordi o lábio inferior, nervosa. — Acho que tivemos os nossos pontos de vista modificados, distorcidos.

— Eu é que tenho que te pedir desculpas — suspirou. — Para a cadeira, por favor — assim fiz. — Vem até aqui — me aproximei dele, indo para a sua frente. — Me desculpa — nos encaramos intensamente e eu aproveitei o momento para observá-lo um pouco. Aish! Eu senti falta dele. — Eu fui insensível com a sua situação, com o que você viveu. Sei que não é fácil enfrentar tudo aquilo porque o mundo do crime não faz bem, é tóxico.

— Sabe? — Arqueei uma sobrancelha e Jeongguk engoliu em seco.

— Eu tenho uma ligação.

— Em quê?

— Preciso de um tempo pra contar, (s/n) — suspirou com pesar. A minha confusão só aumentou. — Não é fácil e nem simples.

— É algo pessoal e nós nos conhecemos há pouco tempo, eu entendo — sorri fechado quando terminei de falar. Eu buscava transparecer compreensão embora estivesse totalmente curiosa e confusa.

— Não vou contar, mas só por enquanto — sorriu brevemente. — Obrigado por isso — nos entreolhamos em silêncio. — O que acha de me visitar algumas vezes durante a sessão de fisioterapia? — Fez a sua melhor expressão pidona e... Céus! Por que eu não resisto a esse homem que mal conheço?

— Sempre que tiver um tempinho, eu vou — menti. Eu apareceria todos os dias, isso era fato. — Prometo.

— Isso é ótimo — o sorriso pareceu iluminar o seu rosto.

Deixei Jeongguk na sala de fisioterapia e saí para dar privacidade para a minha colega de trabalho. Era a primeira sessão dela com o Jeon e eles precisavam estabelecer uma conexão, pelo menos é assim que eu acredito que seja. Fui para o meu posto e a secretária do hospital me disse que o senhor Lee havia passado dois pacientes para mim de última hora. Após me organizar, atendi os dois idosos com a mesma qualidade de sempre e me senti satisfeita ao notar o trabalho duro que eu estava fazendo. É tão bom ser útil.

Criminal | Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora