A expressão "você estava no lugar errado e na hora errada" nunca fez tanto sentido como naquele momento. A entrada repentina dos seis homens empunhando armas poderosas, as ameaças entoadas em gritos, a pressão nos funcionários da joalheria de luxo...
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O aniversário de Jeon Haewoo chegou e a comemoração na minha casa foi simples, com pouquíssimas pessoas. O meu filho ficou emburrado em um determinado momento e, para mim, isso estava cem por cento ligado à ausência de Jeongguk. Às vezes o menino fixava o olhar na porta principal, apontava e fazia um biquinho comovente de choro. Woo sentia saudade do pai e sabia que era por ali que ele chegava. Nós não o vemos há quase um mês e o motivo, claro, é Eunbi. JK mandou um segurança me avisar que a situação com ela estava delicada e que seria necessário recuar. Nesse período, a punição que JP direcionou a mim acabou e eu finalmente pude receber a notícia que tanto desejava: Kriti e Gray saíram do isolamento e retomaram o trabalho na base.
— E como ela reagiu? — Somin me olhava atentamente. — Deve ter ficado chocada!
— Ficou! — Nós duas rimos. — Quando Kriti me viu pela última vez, eu estava em uma operação de resgate comandando um carro com um fuzil nas mãos — dediquei-me a colocar um pouco de cenoura cozida no prato do Woo. — E quando nos vimos ontem, ela me encontrou segurando um garotinho de um ano no colo! Foi realmente chocante! — Ri ao lembrar do espanto nítido no rosto de Gahee. — Haewoo a adorou.
— E ela está bem?
— Está ótima! — Sorri. — Foi bem assistida e esteve treinando nesse período de punição. Kriti me contou que ficou isolada em uma casa enorme no meio de uma plantação de morangos — revelei. — Os funcionários do Jay iam até lá, faziam todos os serviços de manutenção e deixavam o local logo após. Ela tinha acesso restrito ao celular e ao computador e só podia se comunicar com os colegas da faculdade pra tratar de assuntos acadêmicos.
— E a Gahee conseguiu estudar online e se manter na faculdade?
— Totalmente.
— Olha só! — Kwon sorriu. — Até que o JP foi razoável.
— Com a Kriti — enfatizei. — Com o Gray não foi assim.
— Bem... — A minha amiga encolheu os ombros. — Ele era o braço direito do Jay.
— Gray passou dois anos longe do filho e da esposa, Somin — encarei-a. — Só podia falar com eles uma vez a cada seis meses.
— Então eles só se falaram quatro vezes? — Abriu a boca, surpresa.
— Isso.
— Cacete!
— E agora o Gray vai ter que mostrar o seu valor, vai ter que reconquistar a confiança do JP.
— Gray pagou o preço mais alto.
— Sem dúvidas.
— Mas é compreensível, vai... — Cruzou os braços e apoiou o corpo na pia da cozinha. Estávamos na minha casa. — Ele era o cara mais confiável e ficava responsável pela base. Faz sentido que tenha recebido uma punição mais pesada.