A expressão "você estava no lugar errado e na hora errada" nunca fez tanto sentido como naquele momento. A entrada repentina dos seis homens empunhando armas poderosas, as ameaças entoadas em gritos, a pressão nos funcionários da joalheria de luxo...
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— Algum problema?
— Nenhum — retirou a pistola da minha mão com pouca delicadeza. — Isso que estou te ensinando agora é apenas pra sua proteção. Você não usará pra matar ninguém a não ser que realmente precise — disse ainda sério. Jeon falava de forma rude.
— Eu sei, Jeongguk. Só estava brincando — encostei-me no balcão e suspirei, estava realmente surpresa com a sua mudança repentina.
— Notei que você fechou um olho pra mirar — falou após passarmos um tempo em silêncio. — Na próxima, iremos treinar com alguma AK acoplada de mira.
— Não faço ideia do que disse — falei com seriedade e ele riu, porém eu permaneci do mesmo modo. Não gostava quando alguém mudava de humor assim de repente.
— Está emburrada?
— Não, mas eu não gosto quando você muda sem motivo.
— (s/n), nem tudo deve ser dito nessa vida.
— Certo — dei de ombros fingindo não me importar mais. Não queria insistir.
— Ei — aproximou-se e puxou o meu rosto com delicadeza para frente, para que eu pudesse encará-lo. — É um assunto meu e eu gostaria que você tentasse ser um pouco mais compreensiva comigo — pediu olhando-me nos olhos. Bufei e assenti. Por que eu me rendia tão fácil? — Vai tentar?
— Vou — respondi e cruzei os braços, soltando o meu rosto do leve aperto de sua mão. Ele riu, puxando-me ao seu encontro pela cintura para raspar nossos lábios.
— Obrigado — sussurrou. Dei-lhe um selinho demorado e abri meus olhos para encará-lo. Jeongguk sorriu abertamente e me abraçou com força. — Estou tão feliz que tenho vontade de sair por aí dizendo pra todo mundo que estamos tão próximos — afastou-se, olhando-me com animação. Eu apenas ri, aproximando-nos para que pudéssemos nos beijar mais uma vez. Amava ter esse contato com ele.
— Isso é tão louco — falei assim que nos soltamos. — E eu estou adorando — o maior gargalhou e instigada por ele, ri também. — Nunca aconteceu algo parecido comigo antes.
— Comigo também não — nos entreolhamos sorridentes durante alguns minutos de silêncio.
— Quer me fazer o favor de dizer o que é uma AK? — Perguntei enquanto cruzava os braços, ainda sorrindo como uma boba.
— AK é uma arma — apontou para o objeto na parede ao nosso lado . — Vou colocar uma mira pra você atirar com mais conforto. Eu gosto da AK-45, mas o Hoseok diz que a 47 é melhor. Você desempata.
— Nem acredito que estou tendo aulas de tiro — ri. — Meu pai sempre teve medo de armas, nunca quis que eu chegasse perto.
— Às vezes elas são necessárias — disse correndo os olhos pela sala. — Quero que saia pelas ruas preparada pra tudo, pois Jay não brinca em serviço.
