A expressão "você estava no lugar errado e na hora errada" nunca fez tanto sentido como naquele momento. A entrada repentina dos seis homens empunhando armas poderosas, as ameaças entoadas em gritos, a pressão nos funcionários da joalheria de luxo...
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Relutante e ainda de frente para ele, dei alguns passos preguiçosos para trás enquanto notava a minha vista ficar embaçada por causa das lágrimas presas. Assim que me aproximei da área asfaltada, virei-me de costas para Jeongguk e segui o trajeto na direção da minha casa. Eu tinha certeza de que a minha reação tão negativa possuía um motivo fraco, mas sabia que ele era o suficiente para ser significativo. Eu deveria ter ficado para ouvir as suas explicações e tentar resolver o nosso problema? Deveria, mas a minha atitude era estranha até para mim. Nada fazia sentido e eu não sabia por onde iniciar a organização dos meus pensamentos.
Não consegui segurar o choro depois que atravessei a rua e com isso atraí a atenção das pessoas ao meu redor. Umas paravam apenas para me encarar, outras me repreendiam com uma careta e também havia aquelas que chegaram a me perguntar se eu estava bem. Apenas respondi que sim para todas elas enquanto mantinha o ritmo dos meus passos. Já estava no início da minha rua e o pesar em meu peito aumentou quando percebi que estaria sozinha dali adiante. Iria lamentar com um longo suspiro quando fui agarrada firmemente pelo braço.
— Mas o que... — me interrompi quando reconheci aquele cheiro. Meu namorado. — Jeongguk! — O mais velho me manteve parada naquele lugar e se pôs à minha frente. Ele estava suado e tinha o nariz levemente avermelhado, indicando que havia chorado recentemente.
— Não vou deixar você ir embora desse jeito — disse firme. — Jay não brinca com essas merdas, (s/n). Você não sabe com quem está se metendo.
— Eu...
— Você ainda é a minha namorada — me interrompeu, porém o seu tom de voz não era rude. — Eu não vou te deixar em perigo. Você pode parar de falar comigo, pode dormir em outro quarto, pode terminar esse namoro, mas eu não vou te deixar completamente sozinha enquanto corre risco de vida.
— Jeongguk...
— A culpa disso tudo é minha — falou com rapidez. — Você está sob a minha proteção e eu não vou sair de perto até que a situação esteja resolvida — Jeon parecia bem nervoso. E decidido também. — Sei que falou aquilo de ir com o Jay apenas pra me provocar, então eu vou ignorar o fato de que um dia você cogitou fazer parte da equipe daquele desgraçado.
— C-Certo — murmurei nervosa. — Mas eu não vou voltar com você agora.
— Você sabe que tem que voltar comigo — a frase veio carregada de impaciência. — Está ameaçada, (s/n)! Não pode sair da minha casa por nada! — Disse mais alto. — Quer morrer? Quer ir parar na base do JP?
— Não deveria se preocupar tanto comigo — falei de repente, no impulso. JK franziu o cenho. — Por que não volta pra Jiyoon? — Cruzei os braços, tendo total consciência de que o ciúme falava mais alto e eu estava misturando os assuntos de forma inoportuna.
— Puta que pariu! — Esbravejou. — Não vou deixar você se colocar em risco por causa de uma besteira como essa — aproximou-se ainda mais de mim. Em um movimento rápido e completamente inesperado, me vi de cabeça para baixo e com o tronco apoiado sobre um de seus ombros. — Vamos conversar sobre o que aconteceu, você não pode ir embora desse modo sempre que estiver com ciúmes — disse enquanto caminhava com pressa na direção oposta a que eu seguia. — É assim que aquele filho da puta vai te pegar, nos momentos de desespero — falava gradativamente mais alto. — E se isso acontecer, eu vou matá-lo.