Capítulo 35

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A manhã se passa particularmente estranha, tirando o fato de as audiências estarem cada vez mais icônicas.

-É um absurdo senhor meritíssimo, eu pagar um salário pra essa mulher salafrária e ordinária!-Diz um homem bem vestido apontando pra uma mulher com três crianças.

-Com certeza, é um absurdo pagar um salário pra ela e as crianças.-Diz sério como se estivesse concordando com ele.-Vai ter que pagar uma multa de 40 mil por danos morais e sete salários mínimos como pensão alimentícia, as crianças ficarão com você todo o final de semana.-Diz batendo o martelo deixando o cara boquiaberto enquanto eu seguro a risada.-Proximo caso.-Diz irritado.

Na hora do almoço, ele não me impediu de sair pra comer fora, o que pra mim foi ótimo.

Estava a caminho da saída quando um dos advogados me para e tímido me chama pra sair. Combinamos o lugar e cada um vai em seu carro. Ao chegarmos, entramos dentro do restaurante e ao fazermos nosso pedido, conversamos sobre várias coisas. Seu nome é Henry, ele tem 29 anos e hoje é seu primeiro dia como advogado.

Ele é um homem de lindos olhos castanhos, sorriso tímido e cabelos castanhos claros além de covinhas encantadoras.

-Então, qual você prefere? Star Wars ou Harry Potter?

-Com certeza Harry Potter.-Digo o fazendo abrir a boca.

-Que blasfêmia.-Diz nos fazendo rir.-Mas eu te perdoou, sei que é nova demais pra compreender uma verdadeira franquia magnífica.-Diz em um tom brincalhão. Nossos pedidos não demoram a chegar mas perco parte de minha fome ao vê-lo entrar com uma mulher dentro do estabelecimento.-Está tudo bem? De repente ficou séria?

-Ah não, só estou surpresa de ver meu chefe por aqui, ele parece mais do estilo homem de restaurantes caros e afins.-Digo disfarçando um sorriso enquanto uma ira se apossa de meu corpo. Ele me ignora enquanto uma de suas mãos estão nas costas da moça, a guiando pra uma mesa perto da nossa. Pego minha faquinha e meu garfo com tanta força que começo a sentir dor.

-Realmente, ele com certeza deve ser mó ricasso, eu o admiro muito, ele é um dos melhores juízes.-Diz sorrindo o olhando e faço o mesmo. O desgraçado sorri pra moça de algo que ela diz enquanto uma de suas mãos pega a dela.

Eu juro que nunca senti tanta vontade na minha vida de cortar a mão de alguém. Ele não deveria a estar tocando, que merda!

-Enfim Henry.-Digo sorrindo forçadamente, me controlando pra não fuzila-lo com o olhar.-Você mora aqui em Los Angeles desde sempre?

-Sim, amo essa cidade assim como meus pais.-Diz sorrindo.-Você parece uma garota tão legal e doce, eles gostariam de te conhecer.-Diz fazendo meus olhos se arregalarem surpresa.-Então, o quer nesse final de semana, ir comigo visitar meus pais?-Pergunta ficando com as bochechas vermelhas.-Me desculpe se eu realmente estiver indo muito rápido, e-

-Claro.-Digo rindo de seu rosto envergonhado. Ele pega uma de minhas mãos e a beijar me deixando completamente encantada. Ele é tão fofoo.

Enquanto comemos, temos uma conversa bem agradável, tento esquecer a raiva assassina por aquele cretino mas se torna uma missão impossível. Ele tocou naquela ariranha rapariga! Filho da puta! Por que ele tinha que tocar naquela ariranha de araque?

Não demora muito pra terminar de comermos, e depois de dividirmos a conta, ele puxa a cadeira pra que eu possa me levantar e olhando pra trás, o encontro observando atentamente nossos movimentos.

-Obrigada por toda essa gentileza.-Digo o abraçando enquanto olho pra ele, com a cara mais cínica que tenho. Henry tem em torno de 1,75 de altura, ele é bem mais alto que eu. Ele retribui meu abraço e sorrio ao ver os olhos azuis escuros observarem as mãos acariciarem minhas costas.

-Que isso não precisa agradecer.-Diz de forma gentil.-Eu gostei muito do meu tempo com você, toma, esse é o meu número pessoal.-Diz me dando um cartão.-Eeee, tome.-Diz pegando uma rosa do arranjo de flores e me dando. Sorrio gentil e me levanto na ponta dos pés, o dando um beijo na bochecha alegre ao ver seu rosto envergonhado.

Seu telefone toca quebrando todo o clima e após me pedir desculpas, ele atende o telefone. Digo que já vou e sorrindo feito idiota, sigo pra garagem acariciando a linda rosa, sendo surpreendida por uma mão que me puxa fortemente pra longe do meu carro, pra um lado escuro da garagem.

Sua boca toma a minha e irritada, me desvencilho e lhe dou um forte tapa na cara. Ele me olha com um olhar sombrio que me dá um puta medo, mas estou muito irritada pra pensar nisso. Meu ódio por ele ter tocado nela é maior.

-Bate mais sua demônia, eu gosto.-Diz antes de tomar minha boca novamente com fúria, ele me vira e me prende na parede de concreto enquanto irritada, retribuo o beijo na mesma brutalidade. Em algum momento de nosso beijo sinto gosto de sangue, não sei se é meu ou dele, não me importa, tudo o que me importa e descontar toda a minha raiva nesse beijo.

Quando nos separamos ofegantes lhe dou outro forte tapa ainda enraivecida e ofego excitada ao sentir sua mão apertando levemente meu pescoço.

-Se acalma meninha.-Diz rouco.-Me distraia, antes que eu o cace.-Diz em um tom sombrio.

-Vai a merda seu filho da puta.-Digo o dando outro tapa, que é parado no ar por sua mão que a pega. Ele pega minha mão e a beija, antes de morder meu lábio e lamber o sangue que sai dele. Essa dor é tão boa... Me odeio por gostar dele fazendo isso.

-Que bravinha.-Diz chupando meu lábio que sangra. Ele solta minha mão antes de tomar minha boca com desejo.-Você está brincando com fogo, não deveria ter deixado ele te tocar...-Diz grunhindo me fazendo ofegar.

-E você tocou nela, seu cretino!-Digo o estapeando. Ele me pressiona mais na parede dura de concreto antes de pegar minhas mãos e as prender.

-Porra, você não deveria ter deixado ele te tocar, me distraia antes que eu cometa uma loucura.-Diz acariciando sua boca com a minha.

-Vai pro inferno.

-Vamos juntos pra ele.-Diz abrindo sua calça e após a abrir, esfrega seu membro coberto pela cueca em minha intimidade, tampada por minha calça. Ele pega em minha bunda e me traz mais pra si, se esfregando mais em mim, me fazendo ofegar diante da sensação tão deliciosa que toma meu corpo.

-Sonya? Você está por aí?-Pergunta Henry alto.

-Ops, parece que o engomadinho está por perto, vamos ver o quão boa você é em esconder seus gemidos.-Diz em um sussurro se esfregando mais intensamente em mim. Puta merda.

Roooi moresss como estão? E aí o que acharam? Gostaram? A meta de hoje é com vocês, se comentarem muitoooo, trago outro amanhã mesma. Até breve moresss(ou amanhã)  beijoooss

#autora saindo como se nd tivesse acontecido🚶🚶🚶


O juízOnde histórias criam vida. Descubra agora