Doze - Diversão

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Na noite seguinte, acordo abruptamente com um barulho no quarto. Abro os olhos e tenho um sobressalto ao ver uma sombra na minha frente.

- Aaaah! - grito assustada, mas antes que possa continuar, a sombra cobre minha boca.

- Ssshi! Não grita! Quer acordar todo mundo?

Estreito os olhos e consigo identificar Park Hyun na escuridão. Solto um palavrão abafado e ele finalmente tira a mão da minha boca.

- Você é louco?! - xingo, me levantando rapidamente. - Por que invadiu o quarto de uma garota no meio da noite? Por acaso é tarado?

Ele recua um passo, as sobrancelhas arqueadas em pura indignação, como se minhas palavras fossem ofensivas.

- Claro que não! Eu só vim aqui para resolver de vez aquele problema!

- Que problema? - Olho ao redor e noto as gavetas da cômoda abertas, bem como a porta do closet. - Espera... está procurando o meu celular? - pergunto, agora encarando-o com descrença.

- Ok, eu admito. Mas não o encontrei. Onde você escondeu?

Meu olhar involuntariamente se volta para o travesseiro, e Park Hyun percebe. Num instante, ele salta na direção da cama, mas sou mais rápida e retiro o celular antes que ele o alcance.

- Me dá isso! - Ele se levanta, me encarando. - Tem algo aí que me pertence.

- De jeito nenhum! - E escondo o aparelho atrás de mim.

- Você não quer fazer isso - avisa, dando um passo a frente.

- Se chegar mais perto eu grito.

Ele bufa, irritado.

- Você não presta, sabia?

- É mesmo? - Ergo o queixo, o orgulho vindo à tona. - Eu pretendia mesmo apagar o vídeo, mas agora estou com vontade de publicá-lo só para te dar uma lição.

- Não se atreva...

Seguro o celular diante do rosto e começo a mexer nele, como se fosse cumprir a ameaça. Nisso, ele avança sobre mim para tomá-lo. Tento me esquivar, mas ele é mais rápido e consegue segurar meus pulsos no ar, um em cada mão. Torço os braços para me soltar, mas sem sucesso. Paro de me mexer, ofegante pelo esforço, e nos encaramos seriamente por alguns segundos. Até que, de repente, ele suaviza o aperto, então aproveito para puxar os braços e me livrar das suas mãos.

Fujo para fora do quarto e corro pelo corredor, olhando para trás para me certificar de que estou fora de alcance. No entanto, ao chegar na escada, perco o equilíbrio devido à velocidade. Pronto, agora sim vou morrer, penso, no momento em que meu corpo começa a cair. Mas uma mão firme segura minha cintura e me puxa para trás. Bato no corpo atrás de mim e caímos os dois sentados no chão. Olho para o lado, meio atordoada, e vejo Park Hyun a alguns metros, observando a cena com um olhar assustado. Então quem me segurou?

Olho para trás e me surpreendo ao ver Seo Jin.

- Essa foi por pouco - diz ele, aliviado, ainda com as mãos na minha cintura.

- Como você... - começo a perguntar, mas sou interrompida por Park Hyun que se aproxima rapidamente.

- Vocês estão bem? - ele pergunta, a voz carregada de preocupação.

Seo Jin me ajuda a ficar de pé, antes de lançar um olhar severo para o irmão.

- Estamos, mas não graças a você.

- Foi culpa minha Seo Jin - falo em seguida, notando o clima de treta. - Eu estava correndo e me descuidei.

Mas ele me olha com desconfiança.

Cartão Platino - Uma História Que É Um Verdadeiro DoramaOnde histórias criam vida. Descubra agora