— Mãe por favor, eu tenho que sair! É uma emergência!
— Mas de jeito nenhum que você sai desse quarto hoje mocinha! — responde minha mãe, do outro lado da porta — Onde já se viu? Sumir sem dar satisfação e só aparecer no outro dia? Sabe quanta besteira passou pela minha cabeça? Você está de castigo!
— Por favor dona Carol, Beatriz já ficou a manhã inteira presa, ela já não teve o castigo? — escuto a voz abafada da minha amiga, tão aflita quanto eu.
— Já disse que ela não vai sair, é melhor ir para a sua casa Amanda.
— Mas eu já pedi desculpas! — insisto.
— E não é como se ela fosse de menor — continua Amanda.
— Não interessa! Enquanto essa menina viver debaixo do meu teto ela está sob minha autoridade, entendeu?
Bufo, agoniada. Droga, eu preciso ir ver Hyun! A essa hora ele já deve ter acordado. De repente, o celular da minha amiga começa a tocar.
— Oi Bin, ele já acordou?
Grudo meu ouvido na porta imediatamente. Silêncio.
— O quê?! — grita Amanda, me assustando — Como assim?
— O que foi Amanda? Aconteceu algo? — pergunto.
— Mas Bin, você viu como Beatriz estava ontem! Como pôde fazer isso?
Sinto o desespero tomar conta de mim e começo a bater na porta, gritando mais alto.
— Estou implorando mãe, é questão de vida ou morte!
— O que está havendo? — ouço minha mãe perguntar.
— Melhor para os dois?! — Amanda exalta cada vez mais a voz ao telefone. — Está ouvindo os gritos desesperados de Beatriz? É porque a mãe dela não quer deixá-la sair para ir vê-lo! Como pode dizer que isso é o melhor... Ei Bin espera! Bin!
— Ele desligou? Por que ele desligou?! — arfo.
— Bia, Bin me disse que já está no aeroporto. E-eles vão pegar o voo do meio dia.
O quê?
Paro de bater e desabo com os joelhos no chão, sentindo o vazio me consumir. As lágrimas surgem como uma enchente, junto ao desespero de não saber o que fazer.
— Mãe, a verdade é que eu amo muito essa pessoa — falo, a voz trêmula — Ele estava machucado, por isso não vim para casa ontem. E agora... ele está... indo embora. — Faço uma pausa, tentando controlar a minha respiração. — O que eu faço mãe? Sinto que vou morrer se não puder ir até ele.
Minha respiração fica cada vez mais inconstante enquanto as lágrimas transbordam, e já não tenho mais forças para falar. Mas de repente a porta se abre e em questão de segundos vejo minha mãe ao meu lado. Ela me ajuda a levantar e me encara, aflita.
— É o rapaz da garagem? Por quem chorou tanto outro dia?
Balanço a cabeça rapidamente, concordando. Em seguida ela inclina a cabeça para o lado com uma expressão culpada.
— Por que não me disse antes? Eu teria entendido.
— Me perdoa.
Então ela me abraça. Depois pega meu casaco dentro do guarda roupa e o entrega para mim.
— O que está esperando para vestir? — pergunta e se volta para Amanda. — Meio dia certo? Temos que correr.
* * *
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Cartão Platino - Uma História Que É Um Verdadeiro Dorama
RomanceBeatriz Miranda é uma brasileira iludida, sim, iludida por coreanos. Dorameira e apaixonada por k-Pop, ela acaba vencendo um concurso onde é premiada com o Cartão Platino. Mal sabe ela porém, que esse simples prêmio lhe fará viver uma aventura surre...