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Lorella
HOJE O DIA COMEÇOU CEDO.
Depois que o espião de Holdwyn foi enforcado assim que o sol nasceu — sob a presença de Rowan e os jurados de sangue da rainha —, Aelin e seus amigos se reuniram na sala que, agora, era nomeada como a sala do Conselho de Guerra. Todos os aliados e amigos da rainha de Terrasen estavam enfurnados naquela sala desde às dez da manhã e não saíram nem para almoçar. Alguns criados entravam na sala, levando água, vinho e algumas comidas para todos eles, a fim de que não precisassem cancelar a reunião e encerrar os tópicos discutidos só para que almoçassem. E havia banheiro dentro da sala. Poderiam ficar lá por horas a fio discutindo sobre as rebeliões de Holdwyn, ao que eu imagino.
Aelin disse que nessa primeira reunião eu não iria participar, mas que eu não deveria me surpreender caso eu fosse solicitada. Passei a manhã toda na arena, aperfeiçoando meus tiros com a flecha e treinando alguns dos golpes e movimentos com a espada que Rowan me ensinou. Flora, ao que parecia, havia sumido pelo castelo ao lado de Evangeline — as duas não se desgrudaram desde que se conheceram, e fico feliz por Flora ter arranjado uma amiga relativamente normal e com a mesma idade que a sua.
Fenrys e Vaughan estavam na sala do Conselho, assim como Manon e Glennis. No geral, todos os amigos mais fiéis de Aelin estavam reunidos naquela sala, e, penso, seria um prato cheio caso um terrorista munido de magia invadisse aquela sala — porque algumas das pessoas mais importantes de Erilea estavam ali, todas reunidas em um único lugar. Era uma chance tentadora, mas eu sabia que nada aconteceria, porque eles poderiam ser as pessoas mais importantes do continente, mas também eram umas das mais perigosas. Todos sabiam e temiam isso.
E, como ajuda, nem todos sabiam que Aelin havia perdido a maior parte dos poderes depois que ela se livrou dos deuses — eu mesma só fiquei sabendo quando a própria Aelin do Fogo Selvagem me contou, e foi um choque saber disso. Em alguns lugares, as pessoas ainda tinham a ideia de que Aelin era uma megera com poder demais. Abençoada ou amaldiçoada pelos deuses. E, assim como a maioria não sabia sobre a perda de poderes da rainha, nem todos sabiam da partida dos deuses do nosso mundo. Quatro anos ainda era relativamente cedo para que todos os habitantes do continente soubessem o que de fato aconteceu naquele campo de batalha na última guerra. Ou o que custou a maior parte dos poderes de Aelin Galathynius.
Depois de ter estendido meu treino até depois do almoço para treinar, fui até meu quarto, tomei banho, mudei de roupas e saí em disparada para a cozinha. O lugar não estava tão movimentado quanto achei, e suspirei aliviada quando encontrei Luca em um canto, cortando rodelas de alho-poró. O semifeérico me viu e abriu um sorriso radiante quando eu parei ao seu lado, puxando uma uva de um cacho e jogando dentro da boca.
— Minha querida, em quê posso te ajudar nesse lindo dia? — Faço uma careta, apoiando meu quadril na borda da mesa e cruzando os braços ao olhar para ele.
— Está frio e nublado lá fora. E mais tarde provavelmente vai chover — falo, sugando meus lábios quando o suco da fruta escorre pela lateral da minha boca. O semifeérico ri. — Não acha terrível os dias chuvosos de primavera?
— A primavera por aqui é quase sempre chuvosa — ele comenta, cortando o talo do alho-poró enquanto conversa comigo. — Às vezes até no verão chove sem parar. Terrasen é uma terra fria. Espero que você tenha capas e mantas com reforço de pele se pretende não morrer congelada.
— Não, não tenho. Mas vou providenciar antes do inverno chegar — assumo, olhando ao redor. Os funcionários que estavam ao redor tentavam fingir que não estavam me encarando, mas era inútil fingir. Eu poderia notar e sentir o olhar receoso que cada um lançava em minha direção, ou como apertavam os cabos das facas com mais força. Agindo como se eu fosse um lobo no meio de um galinheiro. — Como anda Emrys? — perguntei de forma distraída, roubando outra bolinha de uva e jogando dentro da minha boca.
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✓𝑹𝑬𝑪𝑳𝑨𝑰𝑴𝑬𝑹 | (𝘛𝘖𝘎) - FINALIZADA
FanfictionLorella sabia que monstros existiam, e que eles não eram apenas valgs. Monstros, para ela, eram pessoas. Humanos, bruxas e feéricos, ela não via diferença quando tudo o que conheceu fora brutalidade e crueldade. Trancafiada desde criança pela falsa...