" Você sou eu, e eu sou você" — Serendipity - BTS
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Lorella
QUANDO ACORDEI, SABIA QUE ESTAVA COMPLETA E SEGURA QUANDO SENTI UM BRAÇO SOBRE MINHA CINTURA, AGARRANDO-ME DE FORMA POSSESSIVA — E ISSO ME FEZ SORRIR.
Eu estava nos braços de Fenrys, sentindo sua respiração suave bater contra minha nuca e deixar minha pele arrepiada. Seu corpo nu e quente estava pressionado junto ao meu, firme, e suas mãos me prendiam contra ele como se eu jamais fosse capaz de sair dessa cama sem levá-lo junto; sem arrancar sua alma caso eu me levantasse sem ele.
Me deleitei com sua aproximação, saboreando cada respiração que roçava meu pescoço; seu cheiro misturado ao meu que preenchia o ar ao nosso redor; a pressão de seus dedos contra minhas costelas e suas pernas alinhadas junto às minhas. O quarto estava parcialmente iluminado pela luz do lado de fora, invadindo o espaço através das cortinas finas que bloqueiam a luz da manhã.
Fenrys acordou pouco depois, deslizando os lábios pelo meu pescoço, ronronando conforme depositou uma trilha de beijinhos pela minha pele. Abri um sorriso manhoso, apertando seus braços ao meu redor conforme ele se colocava acima de mim. O lobo abriu um sorriso sonolento e contente, que se tornou algo terno, e ficamos assim por longos minutos, olhando um para o outro. Fenrys preguiçosamente passando as mãos pelo meu corpo. Caricias que logo se transformaram em toques mais fervorosos, e quando o amanhecer rompeu, nós nos engalfinhamos nos lençóis outra vez, fazendo amor intensamente e sem pressa.
Quando nós desabamos, outra vez lado a lado na cama, um riso cansado e satisfeito saiu pelos lábios de Fenrys quando ele passou as mãos pela testa e empurrou o cabelo dourado para trás. Ele girou o rosto, mordendo suavemente meu ombro.
A mordida em minha pele desbloqueou uma nova fome em meu corpo, e me vi montando Fenrys um segundo depois, esfregando meus seios em seu peitoral conforme o cavalgava, segurando-me em seus ombros enquanto o macho agarrava minha bunda com força, erguendo o quadril para que se encontrasse com o meu em um desespero faminto. Em seguida, depois de terminarmos e uma breve pausa onde nos beijamos apaixonadamente, me vi com Fenrys em minha boca, levando-o ao clímax com poucas lambidas e arrancando dele um gemido que ecoou pelo quarto; suas mãos pressionando com tanta força minha cabeça e puxando meu cabelo que me fez lacrimejar quando o levei mais fundo na minha garganta.
É quase no meio da tarde, quando Fenrys está deitado na minha barriga e estou acariciando seus cabelos, nós dois exaustos, que a porta do quarto fora bruscamente aberta e Isla passou por ela, afoita atrás de mim depois de quase um dia inteiro sem dar noticias — e então Fenrys estava gritando para que ela desse o fora.
Isla arregalou os olhos quando se deu conta do cheiro pairando no ar — a aceitação do laço palpitando entre mim e Fenrys como algo vivo —, quando nos viu nus em cima da cama, cobertos por finos lençóis, e então entendeu o que havia acontecido. O que havíamos aceitado. E, antes dela sair dizendo que mandaria alguém entregar uma fartura de comida algum tempo depois, vi seu sorriso orgulhoso e contente atravessar seu rosto quando me olhou e piscou, tão alegre por mim que seus olhos pretos como nanquim brilharam de uma forma que eu jamais havia visto antes.
Para minha surpresa — e eterna vergonha — fora Manon quem apareceu com uma bandeja cheia de comida.
Fora Fenrys quem abrira a porta a se deparara com a bruxa recém casada do outro lado, trajando um sorriso de escárnio e provocante no rosto reluzente, belo e mortal. Meu parceiro se encarregou de pegar a bandeja de comida e levar até a sala de jantar adjacente, deixando que minha prima entrasse no quarto e ficássemos a sós — ou o máximo que poderíamos ficar sozinhas, a constar que Fenrys ouviria tudo da sala ao lado com sua audição aguçada de feérico.
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✓𝑹𝑬𝑪𝑳𝑨𝑰𝑴𝑬𝑹 | (𝘛𝘖𝘎) - FINALIZADA
FanfictionLorella sabia que monstros existiam, e que eles não eram apenas valgs. Monstros, para ela, eram pessoas. Humanos, bruxas e feéricos, ela não via diferença quando tudo o que conheceu fora brutalidade e crueldade. Trancafiada desde criança pela falsa...