Só quero dizer que me empolguei nesse capitulo e escrevi quase 12k de palavras, e no próximo capítulo vem SURPRESA por ai. Aguenta coração que vem lacre por ai amor, o lacre tá vindo de foguete no próximo cap, só digo isso.
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Lorella
— VAMOS! — MANON GRITOU, PARADA NO PICO DA MONTANHA COM ABRAXOS AO SEU LADO, FAZENDO A ESCALADA PARECER FÁCIL.
Ambos estavam na frente durante nossa caminhada cruel e excruciante para o pico da montanha. Puxo uma lufada de ar quente para meus pulmões, xingando Manon mentalmente após essas longas horas dessa atroz caminhada pela montanha sob esse sol do caralho em nossas cabeças. No momento, eu só queria um gole de água e um lugar fresco para descansar — mas minha prima estava indo muito rápido, continuando com a caminhada e sem um vislumbre de que pararíamos em breve.
Porra.
Enquanto subíamos a montanha, identifiquei o sol subindo a pino no céu, tornando-se meio dia e depois começando a baixar lentamente. Em seu mais quente horário, às três ou quatro da tarde, finalmente chegamos onde Manon planejou desde o começo. Eu só podia imaginar que se isso não funcionasse, eu provavelmente iria quebrar meu pescoço quando saísse rolando estrada abaixo no caminho da montanha que eu teria que percorrer a noite caso Blodreina não cooperasse.
Blodreina passou por mim, seguindo Abraxos como se ele fosse um guia. A traidora vermelha quase me arrastou por sua corrente quando chegou ao pico da montanha. Abraxos estava deitado, enroscado em si mesmo na extensão estreita de rocha lisa. Manon, ao seu lado, parecia um capataz zangado e pronto para disparar ordens de comando. Sou a última a chegar até eles, arfando em quase desespero. Tento não mancar conforme me aproximo de Manon, ou fazer com que ela evite notar a dor em minha costela esquerda pela forma como expando e retraio meus pulmões, puxando tanto oxigênio quanto consigo.
Depois de Hesso nos garantir que as asas de Blodreina estavam em bom estado — e que ela só precisava comer alguns quilos a mais de carne para ficar mais forte —, Manon disse que se encarregaria do meu primeiro treino de voo com minha montaria.
Vi nos olhos de Hesso a relutância em me deixar sozinha com a impulsividade e valentia desenfreada de Manon, mas ele não podia fazer nada perante o desejo da rainha. Então, sem saída, ele aconselhou que tivéssemos cuidado e voltou para os corredores cavernosos das baias.
Conforme Manon me guiava na direção que queria, ela me contou para onde estávamos indo: para oeste. Depois explicou que a leste havia um pico usado para treinar as serpentes aladas recém-nascidas, assim como os voadores relutantes — o caso de Blodreina.
O lado leste era uma inclinação suave depois de uma queda de 6 metros. Blodreina poderia correr para tomar impulso na beirada, tentar deslizar e, se caísse ao não se garantir com suas asas... bem, seriam apenas 6 metros, depois deslizaria por uma pedra alisada pelo vento. Pouca chance de morte. Era uma boa opção.
Então, se era uma boa opção, era óbvio que minha prima não a escolheria.
Por isso estávamos indo para oeste. A oeste havia uma queda interminável para o nada, até as rochas pontiagudas e imperdoáveis abaixo. Seria preciso uma equipe competente para raspar meus restos mortais de lá — isso se restasse alguma coisa para encontrar.
Manon não tinha nem um pingo de autopreservação ou segurança, e começo a achar que todos ao meu redor são loucos suicidas com uma grande tendência a correr riscos de morte. Porra, está se tornando comum esse tipo de gente ao meu redor. Fenrys, Flora, Aelin e agora Manon... porque eles simplesmente não optam pelo seguro e que garantiria suas vidas?
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✓𝑹𝑬𝑪𝑳𝑨𝑰𝑴𝑬𝑹 | (𝘛𝘖𝘎) - FINALIZADA
FanfictionLorella sabia que monstros existiam, e que eles não eram apenas valgs. Monstros, para ela, eram pessoas. Humanos, bruxas e feéricos, ela não via diferença quando tudo o que conheceu fora brutalidade e crueldade. Trancafiada desde criança pela falsa...