𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 𝑸𝒖𝒂𝒓𝒆𝒏𝒕𝒂 𝒆 𝑵𝒐𝒗𝒆

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Dois capítulos em uma semana? Tô surpresa comigo mesma. Até semana que vem saí outro (eu espero). 

PS: esse capítulo é triste e pesado (gatilhos) e não vou elaborar, mas estejam avisados e leiam com calma e cautela. Pulem as partes em que não se sentirem confortáveis. 


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Lorella


— HÁ UM PREÇO PELA MINHA CABEÇA E, NESSE EXATO INSTANTE, ASSASSINOS E MERCENÁRIOS ESTÃO ME PROCURANDO POR TERRASEN. ENVIADOS PELO PRÓPRIO HOLDWYN. 

Rowan, Lorcan, Aedion e Fenrys me olharam do outro lado da mesa com semblantes rígidos; semblantes moldados em sangue e batalha.

Fenrys, obviamente, estava fervilhando de ódio. Rowan mantinha sua máscara de rei consorte bem fixo sobre o olhar preocupado e Lorcan, junto de Aedion, ao menos faziam o possível para dar a entender que estavam ponderando sobre minha situação ao invés de dizer que estavam pouco se fodendo a isso. Talvez, semanas atrás, essa tenha sido suas respostas — mas eu salvei Perranth e Aelin dias atrás, então se lembrariam disso ao decidir. Pela sua rainha, é claro, eu não significava nada para eles. Não passava de uma híbrida que causou mais problemas do que ajudou em alguma coisa.

Apertei os dedos, revirando-os contra o tecido da minha blusa quando falei:

— Talvez seja melhor eu deixar a cidade. Sair de Orynth e ir para o sul...

Não — Fenrys vociferou, batendo os punhos contra a mesa. — Isso não é uma opção.

— Na verdade, é sim — Aedion murmurou, olhando-me com olhos estreitos e estratégicos. Pensando em mim mais como uma peça a ser movida num tabuleiro do que alguém de verdade. — Se ela sair daqui, os assassinos saem com ela e a cidade fica protegida. Aelin fica protegida.

— Não aja como se você não estivesse contente com isso, Aedion — Fenrys disparou de volta. — Todos sabemos que você sempre quis um motivo para mandá-la embora. Ter encontrado essa coincidência não torna você menos babaca.

— Ache o que quiser, seria uma boa opção — ele deu de ombros, olhando para Rowan. — Você sabe que eu estou certo, irmão. Proteger a cidade e Aelin é nosso dever, ainda mais com ela há poucos dias depois de ter a bebê e ainda frágil do parto.

— Diz como se você não conhecesse a Aelin — Fenrys reclamou. — Pelo amor dos deuses, a mulher estava correndo pelas escadas e atirando facas ontem de manhã! Não aja como se ela fosse uma rainha indefesa.

— Tê-la pulando por aí como um piolho irresponsável e infringindo alegremente todas as advertências de Yrene não é algo exatamente para se orgulhar ou termos como referência de que ela está bem — Aedion o censurou. — O parto foi difícil, Fenrys. Você estava lá. Você viu como foi difícil para Yrene conseguir virar a bebê e fazê-la sair sem matar Aelin no processo. Pense na Aelin!

— Eu penso em Aelin. Ela é a minha rainha tanto quanto sua!

— No momento, tudo com o que você se parece é um imbecil desesperado por uma boceta que vai te matar.

Fenrys avançou em Aedion com tanta raiva e violência que o macho não conseguiu desviar do soco que o lobo acertou em seu rosto. Lorcan agarrou Fenrys pelos ombros e o arremessou para o lado, distanciando-o de Aedion. Rowan apoiou a mão no ombro do primo da esposa, conferindo se ele ficaria bem.

✓𝑹𝑬𝑪𝑳𝑨𝑰𝑴𝑬𝑹 | (𝘛𝘖𝘎) - FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora