𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 𝑸𝒖𝒂𝒓𝒆𝒏𝒕𝒂 𝒆 𝑸𝒖𝒂𝒕𝒓𝒐

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Eu demorei, eu sei, e me perdoem por isso (final de semestre sempre é um INFERNO!)

Por isso, vim com um capítulo grandão e com uma cena AGUARDADA POR TODOS VOCÊS, pode entrar a treta de Vaughan com Lore finalmente sendo resolvida num ambiente de muito caos e irmãs novas.

Espero que gostem e que ate aqui eu tenha alcançado as expectativas de vocês sobre esse enredo e a Lorella, ela se tornou uma das mais amadas entre as minhas personagens, uma das mais fortes também. Espero que o desenvolvimento da minha lobinha ate aqui tenham atingido a expetativa de vocês e que tenham gostado de tudo o que escrevi e preparei ate agora (porque vem mais por ai hein)

Uma personagem nova é citada nesse capítulo, e uma aesthetic dela foi acrescentada no inicio (caso queiram conhecer a nova encrenqueira que futuramente teremos mais sobre ela por aqui)

Boa leitura e aproveitem!

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Lorella


EU SABIA QUE ELAS VIRIAM. QUE PELO MENOS UMA DELAS IRIA APARECER. 

Sabia disso porque as senti me seguindo pela cidade durante os últimos três dias.

Aperto o cantil em minhas mãos com firmeza, muito embora o calor do chá já tenha se dissipado há muito com o ar gelado da manhã. Meus músculos estão rígidos devido ao frio. Se uma matilha de lobos selvagens aparecer nesse instante, as chances de escalar uma árvore antes deles atacarem são desfavoráveis — a não ser que eu os queime até recuarem com minhas chamas sombrias. Eu devia me levantar e tentar diminuir a rigidez dos meus ombros, talvez esperar pela chegada das minhas irmãs. Mas em vez disso mantenho-me sentada, imóvel como a rocha que está embaixo de mim, enquanto o amanhecer começa a iluminar a floresta.

Não tenho como lutar contra o sol. Posso apenas observar impotentemente como ele me carrega em direção a um dia que tenho abominado a meses — quando finalmente encontraria todas minhas irmãs e as apresentaria a corte de Aelin Ashryver Whitethorn-Galathynius, a rainha de Terrasen e assassina de deuses.

Um dia muito simples, pensei com ironia conforme termino o chá gelado e espero.

O sol surgia por detrás das copas das árvores, lento e brilhante, iluminando o sopé da montanha em tons terrosos. Rowan me indicou uma estrada para fora da cidade que me levaria a um ponto específico na floresta próxima às montanhas do Cervo, onde eu poderia facilmente encontrar uma passagem que me levaria pelas galerias subterrâneas e, adiante, aos túneis sob o castelo de Orynth — onde os reis de Terrasen esperavam por mim e minhas irmãs.

Ergui o rosto quando uma sombra passou sobre mim, acima das árvores, entre as nuvens, e o corpo escuro e pequeno de Abraxos apareceu ao lado do corpo rubro serpentino de Blodreina, ambos lado a lado em busca de seus cafés da manhã. Vejo um ponto branco sobre as costas de Abraxos, então sei que Manon se prontificou em também levar minha montaria para a caça de seu desjejum — ou talvez Manon só estivesse checando minha segurança, se eu ainda estava viva antes de sumir e me deixar sozinha outra vez, esperando pelas cinco fêmeas que apareceriam a qualquer momento.

Foi apenas uma questão de minutos após Manon desaparecer nos céus que pude ouvir o passo fraco de alguém andando através da floresta. O estalo suave de um galho seco sendo pisado. Um galho baixo sendo afastado. Quem quer que fosse, tinha a discrição de um caçador, de um assassino — mas, com o tempo, aprendi a notar a diferença entre as folhas se movendo com o vento e a que se movia sob o peso de um homem, então capturar os sons errantes nessa floresta silenciosa não era nada demais para mim e minha audição duplamente ampliada.

✓𝑹𝑬𝑪𝑳𝑨𝑰𝑴𝑬𝑹 | (𝘛𝘖𝘎) - FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora