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Lorella
AELIN E EU PASSAMOS MENOS DE UMA HORA E MEIA COMENTANDO SOBRE OS LORDES DE TERRASEN.
Ela tinha pouco o que contar para mim — já que eu conhecia nada amigavelmente Lady Elide e Aelin me garantiu que eu não precisaria me preocupar com a futura Lady de Arren, Evangeline, e a Lady de Caraverre, Lysandra Ennar-Ashryver. Pelas três serem suas amigas, Aelin disse que não seria problema lidar com elas — o que eu não garantia muito, já que Lorcan provavelmente quisesse matar eu e Flora pelo calote que demos em sua esposa —, mas sim com os demais Lordes das outras regiões.
— Por que está me contando isso? — pergunto, acariciando as partes externas das orelhas de Ligeirinha.
— Porque provavelmente teremos uma festa comemorando o início da primavera e, talvez, um casamento à vista — abro a boca, animada, pronta para perguntar de quem seria o casamento. — E não, eu ainda não estou autorizada a dizer quem vai se casar.
— Estraga prazeres — resmungo.
— Nem me diga, eu não posso sair por aí gritando isso e a fofoca presa dentro de mim está me matando — dou risada pela forma dramática como ela diz, massageando o pescoço. — Preciso segurar a língua de Rowan sempre que discutimos sobre isso, porque tenho certeza que se não fosse eu, toda Orynth já estaria sabendo sobre o casamento.
— Você diz isso como se não fosse uma fofoqueirinha em treinamento — Rowan diz despreocupado, aparecendo na entrada do terraço com um sorriso no rosto, olhando diretamente para a parceira.
Aelin se ajeita na cadeira, abrindo um sorriso estonteante. Observo em silêncio quando Rowan dá a volta pela mesa, se encosta no braço da cadeira de Aelin e a beija na testa, com um amor pacifico e profundo e de uma forma tão intensa que eu desvio o olhar, como se eu estivesse olhando algo íntimo demais para poder presenciar.
— Vaughan me disse que você foi bem hoje — Rowan comenta, os olhos em mim. Olho para ele, que me encara sem nem um sorriso amigável no rosto.
— Não posso dizer que fui bem — retruco, dando de ombros. — Eu estava prestes a enfiar aquela madeira no rabo dele se eu o ouvisse pedir para erguer minha cabeça mais uma vez — Aelin morde o punho, evitando rir. Já Rowan continua inexpressivo, me olhando com indiferença. — Já sei, você não gosta de mim. Me acha uma perda de tempo — o sorriso de Aelin diminui em seu rosto até sumir quando ela observa, francamente, eu e seu consorte. Solto um suspiro, mexendo os ombros outra vez. — Tudo bem, eu entendo sua relutância sobre mim mas, por favor, pode parar de me olhar como se eu fosse uma criatura vinda de Hellas?
— Por que eu deveria te olhar de outra forma? — questiona.
— Tem razão, não deveria. Eu não quero perder minhas sobrancelhas se sua esposa cuspir fogo em mim — Aelin me lança um rápido olhar divertido, piscando. — Mas poderia ao menos ser menos... rabugento?
— Não.
— Parece que todos os feéricos desta corte são rabugentos. Céus, o que acontece? Vocês se tornam frios assim depois dos duzentos anos? — digo com as sobrancelhas erguidas, olhando de Rowan para Aelin. — Espero que Fenrys não fique desta forma quando passar para a casa dos duzentos anos.
— Ahh, Fenrys... — um sorriso perturbador se abre no rosto de Rowan. — Sim, vamos falar sobre ele.
— Esqueça-os, Lorella — Aelin belisca a perna do parceiro, mas ele nem se move. Continua me olhando fixamente. — Eles ficam velhos e propensos a se tornarem rabugentos se não tiram um cochilo à tarde.
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✓𝑹𝑬𝑪𝑳𝑨𝑰𝑴𝑬𝑹 | (𝘛𝘖𝘎) - FINALIZADA
Hayran KurguLorella sabia que monstros existiam, e que eles não eram apenas valgs. Monstros, para ela, eram pessoas. Humanos, bruxas e feéricos, ela não via diferença quando tudo o que conheceu fora brutalidade e crueldade. Trancafiada desde criança pela falsa...