TMZ
"A Atriz Ana De Armas foi vista no estacionamento de um colégio renomado de Miami, nesta manhã de terça-feira (21). A atriz cubana foi vista aos beijos com uma estudante do mesmo, de acordo com fontes próximas não é a primeira vez que a atriz é vista com a estudante, e vai buscá-la a pelo menos duas vezes na semana, de acordo com a nossa fonte ‘elas estão namorando, ela se chama (S/n) e está no segundo ano do ensino médio’ e então Armas estaria mesmo namorando uma menor de idade? O que seus dedicados fãs acham disso?"
Respirei fundo lendo a matéria recém postada que Dylan me mostrou assim que o som que anunciava o fim das aulas (infelizmente, apenas por hoje) foi ouvido e o professor de biologia nos liberou, fazendo com que todos saíssem da sala imitando uma manada de búfalos famintos. Olhei o professor odioso de biologia, o Sr. William, nos olhando com um sorriso sínico.
Maneei a cabeça para os lados lendo a notícia mais uma vez, coloquei a mochila nas costas e voltei ao google procurando por mais algum site que tivesse se pronunciado sobre aquilo e notei que de uma hora para a outra havia me tornado o assunto do momento, eles tratavam como se Ana tivesse cometido homicídio. Ela só namorava alguém um pouco mais novo, qual o problema com isso? Era só dezesseis anos de diferença.
- Eles são apenas idiotas, Dylan.
Suspirei sabendo que ele me seguia desde o instante em que eu havia saído da sala, sob os olhos curiosos e amedrontantes do professor.
Dylan: Você sabe que por dentro não tá assim.
O olhei confusa, me perguntando como ele sabia tanto sobre mim, Sprouse deu um sorriso colocando alguns fios dos cabelos longos atrás da própria orelha.
Dylan: Quero dizer que por dentro você não tá tão bem quanto tá por fora. Eu te conheço, S/A.
- Tá, eu não tô mesmo, mas eu posso fazer o quê? Qualquer coisa que eu diga vai se tornar mais um argumento para dizer o quanto eu sou imatura e criança e o quanto Ana é idiota por estar comigo
Dei de ombros, e nós paramos em frente ao portão. Ele me abraçou e sorriu fraco.
Dylan: Babe, você vai conversar com ela. Vocês se amam e vão contornar essa situação muito bem, eu tenho certeza.
- Tudo bem! vou tomar uma dose de sorvete de pistache pra dar coragem.
Dylan: Só não fica guardando tudo pra você, tá bom? E não se afoga na bebida.
Balancei a cabeça rindo e começando a andar pra esquerda, em direção a uma sorveteira e ele ia pra direita, encontrar Barbara; sua namorada e minha cunhada que estava encostada em um carro.
Dylan: Qualquer coisa me liga!
Ele gritou e eu ergui meus polegares ao me virar para olhar ele, logo dei um sorriso e acenei para Barbara que me retribuiu. A sorveteria não era muito longe, talvez eu tenha demorado tanto por ter quase me arrastado, sentei em um dos bancos altos no balcão.
- Eu quero três bolas de sorvete de pistache, por favor.
Sorri ao fazer o pedido para a atendente e peguei meu celular em meu bolso, logo fechou uma notificação no mesmo.
"Nós precisamos conversar, não pude ir te buscar na escola porque tive alguns problemas.”
A respondi com um “ok”, sabendo o que já estava por vir e que era por conta da polêmica. Paguei o sorvete, pedindo um táxi assim que saí da sorveteria. O porteiro já me conhecia então me deixou subir, mas vi ele interfonando pra Ana, o sorvete tava derretendo e minha mão já tava toda grudenta. O tempo em que eu fiquei esperando o elevador foi o suficiente pra eu pensar; minha mãe e meus irmãos Dylan e Cole sempre haviam me dito que se eu estou sentindo que o relacionamento não 'tá a mesma coisa é melhor terminar. Não que o meu relacionamento tivesse esfriado, muito pelo contrario, estava mais quente que nunca.
Mas eu não queria esperar ela perceber que eu era realmente uma criança, minha mão totalmente suja e melecada de sorvete dizia muito sobre isso. Não queria terminar, mas eram as circunstâncias e eu sabia que não demoraria muito até ela perceber que o que todos os sites estavam dizendo é realmente uma verdade.
Joguei o resto da casquinha do sorvete no lixo, ao ouvir o barulho do elevador se abrindo, olhei para a frente e adentrei ao mesmo, apertando o 5° andar. Quando as portas abriram novamente, caminhei pelo corredor e bati na porta do apartamento 507, respirei fundo e lembrei da campainha, afundando meu dedo na mesma.
Meus olhos subiram dos pés de Ana até o rosto dela; uma Ana recém saída do banho me atendeu, fechei os olhos e ela me indicou que entrasse com a cabeça, o fiz e fiquei em pé; esperando ela fechar a porta e passar por mim.Ana: A gente precisa falar sobre…
- Antes eu posso lavar a mão?
Ela assentiu confusa e pegou a mochila da minha mão colocando na poltrona da sala. Fui até o banheiro, lavei a mão e voltei pra sala, sentei-me na poltrona em que a minha mochila estava. Ela estava sentada no sofá mexendo em seu celular, quando percebeu minha presença o largou. Soltei um suspiro de leve não sabendo como começar a falar.
- Eu já imagino porque você me chamou aqui hoje.
Ana: Então deixa eu falar logo, eu quero…
- Eu sei o que você quer. Você quer terminar e eu te entendo, eu juro que sim. Mas eu não posso deixar você fazer isso, porque vai me destruir mais do que quando eu percebi que tudo que estavam falando de mim naqueles sites é verdade, Ana, porque lá embaixo eu vi que eu sou mesmo uma criança.
Bufei batendo as mãos nos braços da poltrona, demonstrando minha frustração.
- Uma mulher não se melaria tomando sorvete e eu só tenho dezessete anos e entendo que você queira uma mulher que não fique suja de sorvete, e eu não sou essa mulher. Eu nem sei se já sou uma mulher, socorro Deus. Então EU quero terminar.
Ana: Você tá brincando comigo?
Ela estava confusa e parecia querer rir. Levantei da poltrona, colocando a mochila no ombro e cruzei meu braços, ja preste a ir embora.
- Não brinco com coisa seria Ana. Eu tô com cara de quem ta brincando?
Ana: Calma, me deixa falar tá bom? Eu não quero terminar, nunca quis na verdade.
- Mas e a mensa…
Ana: Meu Deus, você não sabe a hora de ficar quieta. Me deixe falar.
Pediu me olhando nos olhos e colocando o indicador sobre meus lábios.
Ana: Eu nunca cogitei a hipótese de terminar com você, e eu entendo que a mensagem foi estranha, mas eu imaginei como você tinha se sentindo com a notícia e eu queria falar com você. Eu quero que a gente dure, e não vão ser notícias maldosas que vão mudar isso. Quero que você confie em mim, nada vai acontecer com você, muito menos com a gente. Você confia em mim?
Ela segurou minhas bochechas enquanto falava, me pedindo que olhasse em seus olhos.
- Mais do que em mim mesma.