Part 08x?
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A cabeça de Dua disparou para a porta de onde os sons se originaram. Dua olhou para o telefone, procurando por qualquer notificação avisando sobre a chegada dela. Ela bloqueou a tela clicou e deslizou o celular para o bolso com os dedos trêmulos, e com uma respiração profunda, Dua caminhou em direção à porta.
Dua não se preocupou em olhar pelo olho mágico; ela sabia quem estaria do outro lado. Dua também sabia que, se o visse parado ali, poderia começar a questionar sua decisão e não abrir a porta.
Dua mexeu nas fechaduras, respirando de forma constante para acalmar seus nervos. Lá estava S/N, como se nada tivesse mudado. Ela tinha um leve sorriso nos lábios com as mãos nos bolsos. Dua ainda podia ver o pequeno contorno dos anéis em seus dedos através do tecido jeans e quase suspirou ao perceber. Os óculos escuros foram colocados no topo de sua cabeça, tirando seus fios bagunçados de seus olhos.
Vê-la parada ali era surreal. Dua não tinha estado tão próximo desde a separação - pelo menos não quando ambas estavam sóbrios e não apenas por acidente em uma festa. Isso parecia muito mais vulnerável, porque ambas escolheram que isso acontecesse.
S/N: Eii.
Ela disse, quebrando o transe de Dua, que piscou com força, rindo de leve constrangimento.
Dua: Ei, entre.
Ela moveu o corpo para fora da porta para dar as boas-vindas a S/N. Ao entrar na sala, Dua não pôde deixar de mexer os dedos enquanto caminhava para o sofá. Dua ouviu a porta fechar atrás dela, seguida por seus passos se aproximando.
O estômago se contorceu, de repente sentindo-se mal do estômago. O silêncio, além dos passos, era quase demais para suportar. Não havia mais nada para ocupar a mente, e Dua odiava o fato de não ter pensado em ligar algum tipo de ruído de fundo para acabar com o constrangimento. Seria muito estranho se Dua decidisse colocá-lo agora.
O mesmo barulho soou quando Dua sentou seu corpo no mesmo sofá. Dua olhou por cima do ombro para vê-la caminhar na mesma direção. Os olhos de Dua se aventuraram ao redor dela, com cuidado para não encontrar os de S/N. Era como se S/N estivesse inspecionando sua antiga casa - a casa que ambas costumavam compartilhar com tanto amor até não sobrar nada.
Dua: Você quer água ou algo assim?
Dua se intrometeu nervosamente. Também serviu como uma forma de prolongar a conversa inevitável pela qual ela estava nem um pouco animada. Já foi difícil o suficiente vê-la sentar no sofá em que ambas costumavam se aconchegar. Agora Dua estavam a quilômetros de distância, parecia; ainda mais longe do que no final do relacionamento, quando ambas praticamente se ignoravam sentadas naquelas mesmas almofadas.
A atenção de Dua estava focada em olhar ao redor da sala. Dua não tinha certeza se essa era a maneira de evitar o contato visual.
S/N: Não, estou bem.
Os dedos correram ao longo da borda do porta-retratos que continha uma foto de Dua e sua mãe quando Dua era mais jovem. Sempre ocupou um lugar especial em no coração de Dua e S/N sabia disso.