27| Não quero

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" Tirar um peso das costas" terminar o lance que tive com a Anelise significava isso.

No entanto tem outro fardo ainda mais pesado que faz parte de mim e que preciso contar a Melissa, e não sei como vai reagir diante da verdade, mas não quero e não posso perde-la, a menos é claro, que ela não me aceite.

Deixo meus devaneios de lado, assim que meu irmão adentra o meu escritório com uma expressão furiosa na sua face.

__ vamos!__ chama sério, e eu o encaro.

__ aonde?

__ descobrimos mais um traidor.

__ mas que porra, e onde ele está? No galpão?

__ sim.

__ vamos então.

Saímos de casa em direção ao estábulo,  pegamos os cavalos, fomos para o galpão pelo caminho mais longo, hoje há muitos peões no que fica mais perto.

Chegamos e amarramos os cavalos, ele entra na frente, e eu vou logo atrás.

Cumprimento o Marco, ele é um dos peões de minha confiança.

__ bom dia patrão!

__ bom dia Marco, pegaram mesmo o desgraçado?

__ sim, mas antes de mata-lo pergunte o que ele falou, acho que ele falou da menina senhor.__ Diz se referindo a Melissa e cerro os dentes, travando a mandíbula.

Aquele maldito não pode ter coragem, se envolver a Melissa no meio dessa merda.

Eu vou fazer do corpo dele, uma peneira.

__ obrigada.

__ de nada patrão.

Adentro no galpão e avisto o homem que até então era o capataz da minha outra propriedade, ele está bem machucado, os olhos inchados, com hematomas em todo o corpo, mas não é nada comparado ao que eu vou fazer com o corpo desse filho da puta.

A expressão de raiva e desdém ficam amostra em seu rosto.

__ ora, ora, ora se não é o ilustre Anthony Parker.__ fala num tom irônico e sorrio.

__ me admira muito, você está calmo, já entendeu a sua situação aqui?__  questiono e ele sorri desdenhoso.

Idiota!

__ que se foda! Eu não vou falar nada.

__ veremos! Thom me traga a minha serra elétrica... preciso cortar essa madeira podre.

Thom me entrega, eu á ligo e o som faz o merda se mexer descontroladamente.

__ deitem ele na mesa, e deixem as mãos  algemadas.

Os meus homens fazem o que eu mando.

__ seu desgraçado.

O homem vocifera bravo.

__ eu não serei bonzinho, é melhor você colaborar, e matarei você bem rápido caso ao contrário...

Encosto a serra próximo ao dedo dele, e o mesmo me olha como se não se importasse mesmo que a sua vida estivesse por um fio.

__ eu não vou falar nada.__ alerta e suspiro.

__ uma pena, vai ser do modo mais difícil então.

Encosto a serra no dedo mindinho dele, e a lâmina passa bem rápido e o homem esbraveja, xingando-me, encosto a lâmina no outro dedo e serro também.

__ eu vou fazer isso em todos os seus dedos, e com o seus braços.

__ Por favor, já chega disso, eu falo, eu falo.__ afirma choramingando.

__ onde está toda a sua coragem? É um cagão mesmo, andiamo, comece a falar.

__ o senhor Gonzales sabe da garota, e se o senhor não ceder o que ele está querendo, que no caso é sua máfia, irá mata-la, e afirma que o senhor é um tolo se acha que vai encontra-lo.

Desgraçado!
Filho da puta.

__ você vai me dizer onde ele está?__ pergunto ligando a serra novamente.

__ não posso.

__ é mesmo?__ pergunto irônico, e curvo os lábios num sorriso, serrando os outros dedos, e os gritos de agonia, me deixam em êxtase.

__ eu falo! Ele está no centro de Cusco, em uma casa cercada de seguranças é uma fortaleza, impenetrável senhor.

Olho para ele, e peço confirmação se é verdade e faz que sim, então eu troco a minha serra por uma sub-metralhadora.

__ foi você quem contou da garota?__ pergunto o que já desconfio.

__ eu não tive escolha.

__ ah não?

__ ele iria me matar, minha vida pela dela.

__ uma pena que a sua troca não serviu para caralho algum, pois agora quem vai mata-lo sou eu.

Não espero resposta, começo à atirar em todo o seu corpo, e só cesso quando as balas acabam.

__ precisamos achar aquele desgraçado, ela não pode correr risco por minha causa, eu não vou deixar isso acontecer de novo... a porcaria do mesmo erro.__ falo, me deixando mostrar o nervosismo.

__ calma mano, vamos conseguir acha-lo e matar aquele miserável.

__ assim espero, diga aos homens que joguem ele no lago... Max e Carminha estão com fome.

__ certo, vai na frente que já alcanço você.

__ tudo bem.

Pego meu cavalo, agradeço ao Marco, e sigo para casa, não vou cometer o mesmo erro duas vezes.

Nem que dessa vez, custe a minha vida.










Meu Cowboy É um Mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora