50| resgate/3

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Apagada em meus braços e com a cabeça sangrando, algum filho da puta bateu nela, respiro fundo concentrado na minha garota e não percebo que tem alguns atrás de mim até ouvir o disparo e viro o rosto encarando Pietro e o corpo caído sobre a poça de sangue.

__ obrigada ... eu...eu!__ balbucio e ele sorri.

__ não precisa agradecer, eu entendo... e ela?

__ sangrando, estava sozinha e apagou assim que me abraçou.

__ precisamos leva-la para o hospital.__ arrumo ela em meus braços, deixamos a casa e ele me ajuda a colocá-la de maneira  segura no carro.

__ pode ir, eu e os rapazes resolvemos tudo por aqui... cuide da sua garota.

__ estou indo, grazie amigo.__ agradeço e adentro o carro dando partida e seguindo para o hospital mais próximo.








***

__ emergência!__ grito assim que saio do veículo e adentro no hospital.

Enfermeiros me acompanham até o carro trazendo consigo uma maca, abro a porta do veículo e um deles a pega no colo e a coloca sobre a maca.

Ao perceber que eu ainda estava armado não fizeram muitas perguntas além das básicas o que me deixou mais calmo no momento.

__ daqui o senhor não pode mais nos acompanhar.__ um deles fala mas meus olhos estão focados nela, inconsciente.

__ eu sou o namorado dela porra! Por que não posso ir?__ esbravejo irritado e isso o assustou.

__ me desculpe eu peço que se acalme é o protocolo do hospital, mas confie em mim, trarei notícias o quanto antes.__ fala e respiro fundo confirmando com a cabeça e os vejo seguir com a minha mulher para dentro da emergência.

Sento em dos bancos da recepção e apoio os braços sobre os joelhos abaixo a cabeça e encaro o chão, os segundos tornaram-se minutos e eles se transformam em horas e a minha culpa só se intensificando.

Eu não deveria tê-la envolvido nas minhas merdas, a minha vida é uma bagunça e estar comigo é correr perigo, a culpa me faz sentir o pior ser humano do mundo... se tivesse resistido a tentação ela não estaria aqui e tão pouco nessas condições.

Sinto um toque em meu ombro e ergo a cabeça encarando Pietro.

__ notícias dela?__ pergunta sentando-se ao meu lado.

__ não, eles só a levaram para a emergência e estou de mãos atadas sem poder fazer porra nenhuma por ela.__ ralho espantando as lágrimas que estão por um fio de cair.

__ procure se acalmar, precisa estar inteiro para quando ela acordar, por que tenho certeza absoluta que a primeira pessoa que irá querer ver é você.__ afirma e solto um suspiro cansado.

__ já sentiu que o que fazemos as vezes se torna um fardo pesado demais para carregar sozinho?__ pergunto e ele sorri.

__ todos os dias ... mas quando eu acordo e olho para o sorriso da minha mulher e sei que está comigo mesmo sabendo dos riscos me faz sentir como um filho da puta egoísta e feliz pra caralho ... não estou dizendo que tutto bene elas que nos escolhem e sabem da nossa vida ... você sabe o que quero dizer, essa parada de amor é algo que nos fode, não tem como fugir dessa merda, eu tentei cara... mas é inevitável.

__ eu sei que ama a sua mulher e eu sou louco por aquela teimosa ... mas sinto um peso enorme cair sobre mim toda vez que lembro que sou culpado por ela estar nessa maldita situação... não é justo que morra eu não ... não... suportaria perde-la.__ confesso e sua mão torna a apertar o meu ombro, um toque simples e tentando me confortar.

Meu Cowboy É um Mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora