Four's Company. || Larry BR

Capítulo 54

"Impressionante." Niall pensa quando vê a cena esperando por ele quando ele acorda. O macho alfa enrolado em torno dele é o motivo pelo qual a humanidade recebeu o dom da visão. "Onde…" Niall pensa olhando ao redor da sala em que ele está. É um quarto de hóspedes de uma pessoa rica. Isso Niall pode dizer.

A decoração é fácil e elegante. "O que aconteceu?" Niall suspira quando se senta, estremecendo com a dor abaixo de sua cintura. "Porra?" Niall se pergunta quando o alfa envolve um braço em volta de suas coxas possessivamente. "Merda. O pai e Greg vai ficar tão bravos." Niall não pode deixar de concluir quando ele olha para a hora. Quatro da manhã.

Um som infeliz interrompe a linha de pensamento de Niall... Ele não pode ajudar, mas se assustou com o choramingando. "Isso é um bebê?" É difícil se livrar do primeiro espécime de piedade que está puxando-o de volta contra seu peito. É tentador rastejar de volta para a cama e deixar o anjo segurar ele enquanto ele dorme. "Perfeito." Niall pensa nos cílios do homem, mas o choro do bebê é demais para Niall ignorar. "Isso dói." A dor do bebê está incomodando a mente de Niall. "Ele precisa de mim. Como é que eu sei que não é uma menina?" Niall se pergunta enquanto caminha pelo corredor.

O ômega adormecido no canto da sala pega a consideração de Niall por um segundo, mas a minúscula forma de vida desesperadamente procurando por ele tem um lance muito maior por sua atenção.

-Ei. -Niall diz para a criança agitada. -Oi. -Ele diz quando o bebê está em seus braços, aquele branco triste nos olhos cheios de lágrimas. -Eu sou Niall. -Ele sussurra, surpreso com o desespero com que a criança se agarra sua mão, praticamente tentando desaparecer em seu peito. -Está tudo bem. -Ele promete ao bebê, que está chorando tanto, nenhum som escapa do ser, apenas um estremecimento naquele peito minúsculo. -Ei. -Niall franze a testa com a clareza com que pode sentir as emoções do bebê. Todos os ômegas respondem aos recém-nascidos, mas isso é simplesmente ridículo. -Acalme-se, você vai ficar doente, garoto. 

Há outras crianças na sala, todas as quais acordam com a angústia do companheiro. Companheiro, não irmão. Os outros bebês são mais velhos e têm olhos de cores estranhas. Aquele com cores incompatíveis, que rapidamente ficam vermelhos, observam Niall com cuidado. Seu gêmeo, aquele com grandes olhos azuis, sorri adoravelmente, mostrando suas covinhas e estende a mão para Niall.

-Você será um destruidor de corações. - Niall dá um passo à frente e agarra a mão oferecida, apertando o braço gordinho que a acompanha. A menina observa Niall com curiosidade. Seus olhos são uma mistura de duas cores muito familiares, o azul e o verde, e Niall não consegue identificá-la. Ele não consegue identificar nada disso.

-N-Niall? - A voz trêmula que chama seu nome o tira de seu torpor, e a realidade vem quebrando através da névoa protetora que sua mente criou.

-Ei. -Diz Niall quando os braços o envolvem com a mesma carência que seu filho está agarrando ao sua camisa, como se ele fosse subir e desaparecer no ar. -Ei, Louis.

-Oh Deus. - Louis soluça no pescoço de Niall. - Nunca mais faça isso comigo, seu ser humano horrível.

-Então... - Niall diz quando todos na sala começam a chorar com a angústia de Louis, os três bebês idênticos que não apreciam a tristeza da mãe. -Qual nome nós escolhemos?

-Levy. - Louis responde.

-Fofo. - Niall diz a seu filho, que parece exausto. -Você é um garoto fofo.

Ouve-se um grito angustiado, que faz ambos os ômegas estremecerem e todas as crianças congelam com medo.

-O que... -Louis diz com o som desumano, agarrando-se a Niall. -Que diabo é isso?