Capítulo 17

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-Hazz. -Marcel corre atrás de seu irmão, chamando seu nome. Sua própria voz soando como se estivesse chegando de muito, muito longe. -Querido, pare.

Ele de repente se lembra de perseguir Harry quando eles eram crianças. Marcel pode ser o trigêmeo mais novo, mas Harry sempre foi o infantil e brincalhão. Seus pais sempre colocaram Marcel no comando de garantir que Harry não desaparecesse no bosque perto de sua casa de infância. Harry é o corredor mais rápido de todo o grupo, e Marcel tem problemas para acompanhá-lo.

A sombra do carro de Edward passa por eles, na direção do hospital.

-Harry. -Marcel engasga, e estrelas estão começando a dançar na frente de seus olhos. Harry malha regularmente, e Edward faz algum exercício aqui e ali, mas a vida no escritório que Marcel tem, o deixa seriamente fora de forma. -Querido, vá devagar.

Marcel dá um suspiro de alívio ao perceber que Harry está correndo em direção à casa de Liam e Zayn. Quando eles entram, Harry corre escada acima, e Marcel espera do lado de fora do elevador, ofegante e pateticamente. O porteiro olha para ele com pena. Quando Marcel finalmente chega ao apartamento cinco minutos depois, Liam e Niall o cumprimentam com olhares alarmados.

-O que está acontecendo? -Eles perguntam simultaneamente.

-Louis nos contou tudo. -Marcel engasga, sentindo-se como se estivesse sendo esmagado sob um planeta. Tão grande é a pressão em sua mente, coração e alma.

-Porra.

-Harry está no quarto de Louis. -Diz Niall, parecendo preocupado, e é tão incomum para o loiro parecer tão tenso, Marcel iria rir, se não estivesse prestes a desmaiar. -Ele está chorando.

-Oh Deus. - Marcel corre em direção ao quarto de hóspedes. -Oh meu Deus do caralho, Hazz. -Harry é o mais sensível de todos eles. Marcel foi intimidado e isolado e atormentado por causa de quem ele é, mas Harry, o príncipe das flores, é o mais delicado emocionalmente, e Marcel sente uma pressão imensa para fazer seu irmão passar por isso com todas as suas sanidades intactas. -Harry. - Marcel se inclina contra o batente da porta. -Babe…

  Harry rola nos lençóis, tentando conseguir o máximo possível do cheiro de Louis nele. Ele mantém o rosto enterrado no travesseiro de Louis, soluçando de raiva sacudindo seu próprio ser.

-Fale comigo. -Mesmo em tal agonia emocional, Marcel está sentindo a necessidade de confortar seu irmão, parar seja o que for que o esteja incomodando. Só que desta vez, Marcel pode não ser capaz de consertar isso e a compreensão é dolorosa.

-Ele deve ter ficado com tanto medo. -Harry faz uma pausa em seu gemido de dor para dizer, e Marcel fecha seus olhos, porque o mundo parece estar caindo. -Ele deve ter ficado com tanto medo e sozinho e ninguém estava lá para ajudá-lo.

-Estamos aqui agora. -Sussurra Marcel e sua própria voz soa tão impotente e patética para ele, é insuportável.

-Que porra de utilidade é essa?- Harry soa como se estivesse sendo destripado. -Ele passou por um inferno, e o que diabos podemos fazer sobre isso?

-O que aconteceu? -Niall parece um verdadeiro ômega pela primeira vez na vida, tão indefeso e com medo. Liam agarra-o pelo quadril, tentando confortá-lo. -O que aconteceu com Louis?

Marcel engoliu acidentalmente uma pimenta particularmente picante uma vez. Seu esôfago queimou por dias depois disso. Essa experiência foi um período de férias em comparação com a sensação de recontar a história de Louis agora.

Niall tem uma reação semelhante a Harry. Ele corre para fora do apartamento, com Liam em seus calcanhares.

-Ele tem estado sozinho durante isso. - Harry murmura, inalando respirações profundas do perfume de Louis. -Ele tem lidado com isso sozinho. Ele estava mais preocupado conosco do que consigo mesmo.

Four's Company. || Larry BR Onde histórias criam vida. Descubra agora