Capítulo 34

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Anne

—— Senhorita Stark, será que pode me explicar o que está pretendendo construir com  tudo isso ? – Tony entra no quarto sem bater a porta me acordando em plena madrugada.

Coço os olhos sonolenta dando uma leve espreguiçada. — Sério pai... que horas são? – Bocejo. — Não podia ter esperado eu acordar ?

— Não enquanto você não me contar o que está pretendendo fazer. A Pepper está a duas horas na minha cabeça dizendo que  por culpa da minha "péssima influência" agora você quer sair construindo robôs perigosos. – Ele revira os olhos. — Eu disse a ela que isso é uma idiotice e o material é diferente mas é claro que ela não acredita em mim...

Não consigo esconder uma gargalhada abafada que sai de uma forma nada discreta.

— O que, qual é a graça ?

— Não é nada, só que é muito Ilário o fato da Pepe mandar em você. – Sorrio. — O grande Tony Stark, quem imagina que por trás dessa cara carancuda e jeito arrogante tem um cara que morre de medo da própria esposa. — Debocho.

— Há ha ha... Muito engraçado – Sopra. — Vai me dizer o que está aprontando ou não?

— Só por que agora eu já acordei... – Me levanto ainda com os cabelos bagunçados pegando uma pequena parte do projeto já em desenvolvimento.

— Nós ainda não tivemos tempo suficiente pra finalizar tudo, mas deve ficar pronto até amanhã. Sabe como é, tem todo um percusso de testes e experimentos que precisamos fazer antes de expor ele na feira. – Dou de ombros. — Esse aqui é só o capacete...eu já projetei e programei ele para acessar nossas memórias, mas ainda falta a outra parte.

Tony me olha atentamente ouvindo cada palavra com cautela. —  Quando ficar pronto, a ideia é que esse aparelho aqui, seja capaz de dar vida a outra parte da máquina, que vai se basear na sua lembrança, desenhar em uma tela de pintura. Não parece ser uma projeto grande e tão inovador, mas pra minha primeira construção tecnológica, acho que estou me saindo bem.

Ele segura o capacete em suas mãos observando cada montagem, como se estivesse estudando o objeto.

— E então...o que você acha ? – Pergunto curiosa.

— Eu...nem sei o que dizer. – Suspira.

— Eu sabia... é um fracassso não é ? – Choramingo. — Achei que pra ideia do trabalho o projeto daria certo, que seria algo revolucionário e bem diferente....mas é difícil ser como você. Achei que eu pudesse ter ao menos 2% do seu intelecto...mas parece que me enganei. — Encolho os ombros um pouco decepcionada comigo mesma.

— Você está brincando Anne ? Isso...isso aqui é incrível – Ele se levanta eufórico. — Não tem ideia de como estou orgulhoso de você pequena Stark. Tenho certeza que irão levar esse prêmio.

— Está...está orgulhoso de mim ? – Meus olhos quase se enchem de lágrimas ao ouvir aquelas palavras. — De verdade?

Ninguém nunca sentiu orgulho de mim antes...

— Mais é claro. – Ele me lança um sorriso grande segurando em minhas bochechas, dando um leve beijo em minha testa. — Agora volta a dormir pequena gênia, mais tarde você tem aula, e um projeto para terminar.

A muito tempo eu não sentia algo tão profundo e acolhedor como naquele instante... Saber que meu pai se orgulhava de mim, que estava feliz com algo que criei, era muito gratificante. E com toda certeza eu faria o possível e o impossível para levar aquele prêmio.

•••

Peter e eu trabalharmos durante toda tarde no projeto. Estava totalmente perfeito e conforme havíamos planejado. Não Tivemos tempo de realizar muitos testes, nem conseguimos muitas cobaias que estavam dispostas a testar um equipamento completamente novo, mas eu tinha a cobaia perfeita...

— Você tem certeza disso ? E se ele não gostar da ideia ? Eu não quero ser eletrocutado com um raio. – Gagueja Peter.

— Fica tranquilo teioso, o Thor é um bobalhão. Além disso ele adora fazer favores. – Sorrio. — Nós só temos que dizer que ele vai estar nos ajudando em um projeto escolar.

— Bom se você está dizendo...

— Só confia em mim. Vai dá tudo certo.

Ao entrar na sala encontro toda equipe reunida debatendo sobre alguma coisa confidencial. Quando notaram minha presença, cuidaram de desligar todos os monitores. — Com licença. – Reviro os olhos entediada. — Eu e o Peter precisamos roubar o Thor um tempinho.

— Eu ? – Ele sorri com a boca cheia de biscoitos.

— Você mesmo amigo, vai nos ajudar com o trabalho de escola.

— Pode levar, ele não está prestando atenção em nada mesmo – Natasha da de ombros.

— Obrigada Nat, e desculpa atrapalhar pessoal. – puxo Thor pelo braço até um lugar mais afastado de todos.

— Seguinte Zé do trovão, eu vou colocar esse capacete aqui na sua cabeça, e ele vai acessar suas memórias. Mais precisamente memórias felizes. E essa outra máquina aqui, vai desenhar essa memória nessa tela. – Aponto. — Entendeu?

— Zé do trovão ? – Ele faz careta. — Não gostei desse apelido.

— O meu pai te chama de cachinhos dourados... Zé do trovão me parece bem mais aceitável. – Dou de ombros. — A não ser que você prefira Penélope charmosa.

– Isso aí parece nome de menina — Ele faz outra careta.

— Entãoooo acho que você vai curtir Zé do trovão – Sorrio.

— Tá legal garota Stark, mas só por que você é minha amiga.

Peter apenas observa tudo com um sorriso enorme.

— Então vamos lá – encaixo o dispositivo na cabeça de Thor que fica bastante inquieto e com uma tremenda coceira. — Dá pra parar de coçar ? você está atrapalhando.

— Foi mal – encolhe os ombros. — Por acaso esse negócio é seguro ? Eu não estou nem um pouco a fim de ser eletrocutado.

— E dês de quando o Deus do trovão toma choque ? – Questiono.

Ele me olha por alguns segundos parecendo querer protestar algo, mas logo desiste. — É, acho que você me venceu nessa...

O meu pai é o Tony Stark Onde histórias criam vida. Descubra agora