O meu pai é o Tony Stark

Capítulo 70

Narrativa

—— Eu não quis dizer isso que está pesando. Você sabe muito bem que não foi essa a minha intenção. – Tony desliga a armadura de Anne a impedindo de decolar pela cidade em seu estado de raiva.

— Mais que Droga, por que só não me deixa em paz ? – Grita arancando o dispositivo do peito.

— Você está com raiva, e não vai tomar nenhuma decisão precipitada nesse momento. Vai me agradecer por não te deixar correr por aí feito uma maluca.

— Eu não quero mais fazer parte disso, não quero mais ser tratada como algo frágil e prestes a se quebrar. Por que eu não sou assim ! Eu não sou frágil pai, eu não sou. – Anne deixa com que algumas lágrimas corram por seu rosto respirando profundamente. — Uma pessoas frágil, uma pessoa incapaz, não passa por nada disso que já passei. Uma pessoa pequena e fraca não esconde a dor por tantos anos, não lida com ela sozinha por mais forte que seja – Gagueja. — Eu posso ser teimosa, posso ser ingnornte e completamente irresponsável, mas eu não sou fraca pai, eu não sou...

Assim que nota a menina dar vários soluços de Desespero e angústia na tentativa de conter suas lágrimas, Tony a acolhe em um abraço apertado acariciando levemente seus cabelos. — Tá tudo bem pequena Stark, você não precisa mais guardar essa dor. Não tem que fazer isso, pode chorar, pode contar pra mim tudo o que sente. Por que vou estou aqui pra te ajudar, estou aqui para te dar apóio. E não pense que eu não acredito em seu potencial, por que isso não é verdade.

— Eu não sou nem metade do que você é. – Soluça. — você é tão inteligente, sabe se defender tão bem... Talvez eu nunca chegue a ser boa o suficiente.

— Tem razão, por que você ainda vai ser melhor. Tenha certeza disso – Responde baixo. — Não se cobre tanto Anne, não exiga tanto de si mesma. E me perdoe se fui muito rude, desculpe se te ferri de alguma forma. A verdade é que estou apavorado, estou morrendo de medo que no final disso tudo as coisas saiam do controle. Estou com medo filha...eu estou com medo de verdade.

Anne ergue seus olhos para o pai ainda sem acreditar que alguém de aparência tão forte e imbatível, estivesse sentindo qualquer sinal de pânico. — Eu também estou com medo. – Sussurra. — Mas vou me sentir muito melhor se continuar aqui do seu lado, não quero ir pra casa.

— Tá tudo bem... você pode ficar. – Tony da um beijo sutil sob a testa de Anne a abraçando forte mais uma vez. — Só tenta não sair do meu lado, tá legal ?

— Eu vou tentar. – Sorri.

— Aí, será que os dois orgulhos já terminaram com a briguinha de família ? – Loki vai até ambos visivelmente irritado. — Estamos com problemas, grandes problemas! Caso tenham se esquecido disso.

— Sério ? Eu podia jurar que o Ultron já tinha desistido de nós matar e tava por aí em alguma praia tomando óleo em uma taça de vinho. – Anne lança uma careta para Loki que a encara mal humorado.

Tony aperta os lábios discretamente segurando uma risada involuntária. — O homem rena tá certo, nós temos que voltar pra o prédio.

— Filha... – A voz fina de Christine chama atenção de todos que não demoram muito de a fitar, notando a presença de um objeto estranho e coloração avermelhada em suas mãos.

— Mãmae... – Sussurra Anne. — Ela tá com uma jóia ? – Os olhos da garota se paralisam as mãos de Christine que manuseava um tipo de orbe brilhante, onde uma jóia de cor vermelha estava fixada.

— É a jóia da realidade. – Sussurra Loki.

— Eu não queria ferir ninguém, nunca fui uma pessoa ruim Anne, você sabe bem disso. – Gagueja. — Mas quando eu soube o que aconteceu, quando recebi a notícia da morte do seu pai...eu desejei estar morta ! Desejei que você morresse. – Grita.

— Hammer não era o pai dela ! Eu sou. – Tony ativa outra vez sua armadura ficando atento a qualquer sinal de ataque. — E você não vai machucar ninguém.

— Você nunca estava lá Stark ! Não a viu crescer, não trocou as fraldas. Não teve que a reprimir sempre que ela estragava suas roupas caras com um monte de tinta, ou quando passava o dia todo trancafiada no quarto sem dar um sorriso se quer. Você Não é pai dela por que nunca teve a responsabilidade que um pai de verdade deveria ter ! Então não diga para mim o que fazer, não me diga como agir seu assassino. Você matou o meu marido, você o matou SEU MONSTRO.

Antes que ela pudesse usar a jóia contra Tony, Anne a acerta com um golpe de energia derrubando o orbe longe de suas mãos. — Você não vai machucar mais ninguém. Não vai mais olhar nos meus olhos e me taxar como vilã, por que o único mostro dessa história aqui é você.

— Como pode dizer isso ? Como pode chamar a sua própria mãe de mostro sua Pirralha ingrata. – Christine se levanta furiosa na tentativa de acertar um tapa contra o rosto de Anne, mas logo é impedida por Tony, que segura firme sua mão.

— Toque um só dedo nela, e eu juro que arranco essa sua mão fora. – Rosna.

— Covarde...

— Não, você é quem é. – Responde Anne. — Durante anos... Eu tive de me esconder em meu quarto, tive que passar noites em claro vigiando a porta, temendo qual seria a próxima noite que passaria em lágrimas. E você sabia disso. – Anne deixa varias lágrimas escapar segurando forte as mãos de seu pai.

— Você não precisa relembrar nada disso filha. Não vale a pena.

— Tá tudo bem Pai. – Suspira. —  Só quero deixar bem claro, que ela o verdadeiro mostro nessa história.

— Tony nós temos um Problema. — Steve se aproxima de forma cuidadosa com uma expressão nada amigável.

— O que houve ?

— O Ultron, ele pretende acabar com tudo, e de alguma forma ele pretende colocar essa Cidade para voar. Literalmente! Então é melhor se preparar, as coisas vão ficar muito feias, e nós temos que tirar o maior número de pessoas possíveis daqui.

— Por favor Filha... não vai com eles...eu sou sua família.

Ainda com os olhos presos aos de Chistine Anne passa suas mãos pela cintura de Tony assentindo discretamente. — O meu pai é a minha família ! e a Pepe é a minha mãe. Ela me deu mais amor e carinho em poucos meses do que você nunca jamais fez em toda minha vida ... Então se algum dia já sentiu qualquer afeto por mim, vai embora, vai embora daqui, e não volte nunca mais.