O meu pai é o Tony Stark

Capítulo 47

Anne

   Deixo as ferramentas de lado encarando Loki fixamente. — Então, deixa eu ver se Entendi bem. – Falo baixo. — Você, sente ciúmes do seu irmão, e de alguma forma acha que dominar a terra vai fazer o seu pai te amar mais ?

—— Ele tá morto então meio que isso é impossível. – Da de ombros. — E não se trata de conseguir amor, se trata de mostrar a todos do que sou capaz, que também posso ser grande.

Deixo uma risada interna escapar involuntariamente. — Na boa Loki, não que eu seja sua amiga, muito menos que concorde com o que diz, por que  com certeza nos não somos amigos. Mas você não precisa provar nada a ninguém, ter auto confiança e habilidades incríveis já faz de você alguém tão incrível quanto seu irmão. Além disso, o amor que faltou em seu pai com toda certeza tem no Thor. Ele é incrivelmente burro em confiar tanto em você, e é claro que eu já disse isso a ele ... Mas as vezes o amor é cego não é ? Acho que ele moveria céus e terras só pra te tornar uma pessoa melhor...Na verdade até acho que ele já faz bastante isso. Embora você nunca tenha dado abertura para uma aproximação decente de irmãos.

Ele permanece em silêncio me olhando atentamente. Seu olhar era incrivelmente intimidador, era difícil saber ao certo se estava rindo de mim ou prestes a destroçar meus ossos.

— Você é engraçada criança. – Sorri jogando mais uma bola de papel contra meu rosto.

— Escuta aqui, você vai arrumar isso tudo depois ouviu ? – Sopro. — Sabe... – deixo escapar um suspiro fraco me sentando sob a mesa. — Você não precisa fazer nada disso que planejou... não precisa matar meus amigos...nem o seu irmão.

— Então me dá só uma razão pra não fazer isso. – Loki Cruza os braços esperando que eu pudesse o convencer.

— Eles são a minha família...e o seu irmão é a sua família também. Já não é motivo suficiente ?

— O seu pai me atirou um laser no meio da cara, o cara do arco explodiu uma flecha na minha cara, o bombado do Hulk esmagou a minha cara ! E sua querida Natasha... — Já sei, já sei – interrompo. — Ela também acertou a sua cara.

— Na verdade ela me enganou...mas dá no mesmo. – Gesticula.

— Olha, eles só fizeram isso por que você quis destruir Nova York...caso contrário nada disso teria acontecido, não pode culpar os outros pelos seus erros. Isso é absurdamente ridículo.

— Você que é ridícula... – Ele faz uma careta me atirando mais um papel ao rosto.

— Imbecil. – Gargalho.

•••

Naquele Dilema infinito de certo ou errado, o dia havia passado bem mais rápido do que eu poderia imaginar. E Apesar de tudo, foi bom ter tido alguém para conversar, me ajudar a esquecer o medo por alguns momentos, embora isso não fosse durar para sempre.

— Tá legal, você já pode sair homem Deus. – Hammer se recosta na porta encarando Loki atentamente.

— Eu prefiro que ele fique. – Gaguejo. — O...o Loki entende muito sobre essas armas, ele está sendo muito útil e importante para que eu termine logo o projeto.

— Tenho certeza que ele não entende mais de armas que eu. – Sorri. — Agora nós dê licença.

Loki mantém uma expressão neutra, vindo até mim mais uma vez de forma cautelosa. — Foi bom ter batido um papo com você criança. Espero que termine logo suas tarefas. – Ele me entrega discretamente um pequeno garfo de prata que eu imediatamente escondo por baixo das mangas.

Por que ele está me dando isso ? – Penso.

— Eu devo admitir que mal via a hora de poder te auxiliar filha. – Hammer dá um sorriso grande se aproximando de mim pouco a pouco. — vejo que está fazendo um trabalho excelente. Com certeza vai deixar o rei do crime orgulho.

Minhas mãos ficaram cada vez mais trêmulas a medida que o sintia se aproximar. Tento manter a calma, respirar devagar e contar a até três, mas o medo era maior que eu. de forma que naquela altura do campeonato, minhas ações já não eram mais pensadas.

— Você está tão crescida minha princesa... não tem ideia de como está ficando linda. – Ele passa suas mãos por meus cabelos lentamente colocando algumas mechas por trás de minha orelha. — Você sempre teve um cheiro muito bom também. Como se usasse um perfume que misture framboesas e morango – Quando ele aproxima seu rosto no meu a fim de sentir o meu cheiro, não penso duas vezes para cravar o garfo em seu pescoço o arrancando um grande grito de dor.

— Sua, sua vagabunda – Ele grita aos berros. — Mais que merda você fez.

Fico paralisada o vendo sangrar pouco a pouco. Admirando aquela visão satisfatória, por mais que não parecesse muito certo da minha parte. — Eu não sou sua filha. – Susurro com um sorriso, ainda fitando o seu rosto marinado em lágrimas.

— Mais o que é que aconteceu aqui ? – Vejo Chistine entrar a cela acompanhada do rei do crime e ambos os gêmeos Maximoff. Wanda da um sorriso discreto ao ver Hammer gritar de dor.

— Essa Pirralha estúpida enfiou um garfo em meu pescoço. – Ele Grita mais alto.

— Anne, por Deus onde estava com a cabeça ? – Chistine vai até Hammer dando um rápido puxão no garfo que sai com grande facilidade, não sem antes o arrancar mais um grito.

— Você vai ver só garota maldita, vou te dar uma surra tão grande que vai esquecer até o próprio nome. – Rosna.

— Eu não faria isso se fosse você. – diz Pietro. — O ferimento não foi tão grave mas também não foi tão simples. Sua esposa não devia ter tirado o talher do seu pescoço, isso provocou uma hemorragia bem séria...e a menos que você queira sangrar até morrer, acho melhor deixar a sua raiva de lado e ir direto pro hospital.

Sinto um forte alívio ao fim das palavras de Pietro, percebendo que Justin ficaria distante por algum tempo.  Podia não ser permanente, mas pelo menos eu teria uma chance de escapar antes que pudesse estar de volta.

— Isso não vai ficar assim me ouviu Anne ? Não pense que vou deixar passar. – Ele rosna ainda agonizando de dor deixando a cela junto a Christine. — Isso não vai ficar assim...

Obrigada Loki...