O meu pai é o Tony Stark

Capítulo 48

Narrativa

Anne não fazia a menor ideia do porquê Loki teria a ajudado, não entendia o motivo por ter se importando com ela em algum momento daquela confusão. Em sua cabeça, nada fazia sentido, e com certeza a garota não estava em seu melhor momento para entender. Só o que ela realmente desejava, era se ver livre daquela situação, sair daquela prisão terrível, se desculpar com o seu pai por tê-lo desobedecido, e talvez... só talvez, tentar entender melhor o que estava sentindo por Peter.

—— Qual o verdadeiro nome dele ? – pergunta Anne, procurando distrair a mente da melhor forma possível. De modo que Pietro acabou sendo o seu cobaia nessa tarefa.

— O que ? – Ele a olha desconfiado.

— Perguntei qual é o nome dele... – Repete vagarosamente.

— Perdão, de quem você está falando ? – pergunta confuso.

— Do barril de terno. – Sopra. — Quer dizer...eu não acho que o nome dele seja rei do crime não é ? Por que se for, que péssimo gosto tem os pais dele.

Pietro deixa escapar um sorriso pequeno se sentando ao canto da parede, em uma distância considerável. Seus olhos pareciam pensativos, e assim como Anne, ele tinha muitas perguntas e dúvidas.

— Que tal se fizermos um jogo ? – Sugere.

— Que tipo de jogo ? – Ela o encara.

— Você tem muitas perguntas pra fazer, e eu também tenho...podemos só fazer uma troca! Eu respondo uma, se responder a uma minha primeiro.

Anne vai até o outro canto da sala o encarando fixamente. — Tá legal, mas você fica bem aí onde está.

— Fechado !

— Então diz, o que você quer perguntar em troca do nome do grandalhão ?

— Que tal o por que uma garota, inteligente e talentosa decidir deixar toda sua vida pra trás, só pra morar com um narcisista, arrogante e prepotente ?

Anne amassa um dos papéis sob a mesa o jogando forte contra Pietro, acertando em cheio seu nariz. — O meu pai não é nada disso que você falou. – Sopra.

— AU – Resmunga. – Não precisa agredir.

— É só uma bola de papel. – Revira os olhos. — Mas pra começar, eu não larguei tudo pra morar com ele. As coisas só aconteceram. Fui embora de casa, descobri que tinha um pai, e dês de então tenho aprendido o que é uma família de verdade.

— Enquanto ao Hammer e Christine ? Eles são sua família também, por que não gosta deles ?

— Eu já respondi a sua pergunta, agora é a sua vês de responder a minha.

— É verdade. – Da de ombros. — O nome dele é Wilson Fisk. Eu também acho um horror, vai ver é por isso que o chamam de rei do crime...me parece bem menos constrangedor.

Anne da uma leve gargalhada se sentado ao chão da cela. — Tem razão... é horrível mesmo. Retiro todas as vezes que já passei reclamando do meu nome.

Embora confraternizar com o inimigo não fosse lá uma boa ideia, Anne achava que seria de extrema importância conhecer um pouco mais dos planos de todos naquele lugar, assim ela poderia usar isso a seu favor mais tarde.

— O que está fazendo ? – wanda entra na cela fitando o rosto sorridente de Pietro que não demora até ficar de pé outra vez.

— Nós só estavamos conversando.

— Conversando ? – Ela o encara, deixando evidente o seu descontentamento. — Nós não podemos ficar contando informações pra ela, se esqueceu que ela é prisioneira ? devia estar a vigiando, não conversando.

Anne se mantém em silêncio, mesmo que tivesse grande vontade de falar, a menina achou melhor guardar as palavras para si mesma.

— Eu só estava entediado, não contei muita coisa. Além disso ela passa o dia todo nesse lugar escuro, só com essa luz fraca que chamam de iluminação, uma criança não deveria ficar em uma situação dessas. Pelo menos não sozinha...

— Já se esqueceu que estamos aqui pra matar o pai dela ? Não existe possibilidades de vocês virarem amigos, e não existe possibilidades dela gostar de nós Pietro, é óbvio que ela só quer informações... Quer saber como nós derrotar. – Wanda encara a garota pegando parte dos projetos de suas mãos. — Por que não diz pra gente o que é que está construindo aqui ?

Anne engole seco deixando uma pequena gota de suor escorrer por seu rosto. — Eu... só estou fazendo as armas que me pediram.

— Tem certeza ? Por que isso aqui não me parece nenhum tipo de arma, parece bem mais que está tentando construir um tipo de armadura, ou pelo menos o começo de uma ! E não adianta mentir pra mim...posso ler sua mente, sei o que está planejando a muito tempo.

— Espera aí ... Como é ? – Pietro pega os papéis das mãos da irmã os olhando de todos os ângulos possíveis. — Quer dizer que ela está planejando fugir daqui a muito tempo, e você já sabia de tudo ??? Por que ...por que não disse antes Wanda ? Por que esperou todo esse tempo pra falar.

— Por que eu sei que quando o pai dela aparecer, e tivermos a nossa vingança, o grandalhão lá fora vai entregar a menina pro Hammer, e eu não vou tirar dela a chance de acabar com ele também. – Wanda devolve os papéis para a menina que deixa algumas lágrimas presas aos olhos. — Se ela quer fugir por mim tudo bem, dês de que isso não afete nossos planos.

— Por favor...me matem . – implora Anne. — Se querem fazer mal a alguém, se querem se vingar do meu pai, machuquem a mim, podem me matar se quiser, podem me torturar, me jogar em um lago presa a uma pedra, cortar us meus pulsos, me atirar em um forno quente...eu sei lá... não dou a mínima. Mas por favor, por favor não machuquem o meu pai. Por que nenhuma dor, nenhum mal que poderão me fazer vai doer mais que perde-lo. – A menina deixa duas lágrimas correr por sua face, as enxugando o mais rápido possível.

— Anne... nós entendemos o que está sentindo, e acredite, não é fácil tomar essa decisão. Você olha para o Strak e vê um pai, já nós, vemos o homem que matou os nossa família. Está tarde, a noite está Quase acabando, e o Hammer não vai demorar de sair do hospital. Se quiser se defender dele, vai precisar deixar o medo de perder o seu pai de lado. Por que logo logo, Pietro e eu teremos de sair para o local combinado, assim como o Loki. E você vai ficar sozinha nesse lugar. Tem que focar a sua mente Anne, precisa fazer isso se quiser sobreviver.