Capítulo 56

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Anne

Loki não só havia salvado minha vida mais uma vez, como também havia dado um fim a jornada de terror e maldade de Hammer. Eu não sabia se deveria sentir qualquer tipo de prazer com a sua morte, e me sentia um monstro por perceber que aquilo de fato me alegrava.

—— Como foi que isso aconteceu ? – Gaguejou Peter.

— Eu matei ele. – Loki da de ombros lançando um olhar intimidador para o garoto.

— Filha você está bem ? – Tony havia ficado extremamente assustado com os disparos, e no desespero do momento a sua única reação foi atravessar em minha frente, a fim de impedir que os disparos pudessem me atingir... Por sorte Loki foi rápido e não permitiu que nenhum mal pudesse acontecer a ninguém.

— Eu com certeza não estou bem. – Falo rouca. — E não tenho ideia do que foi que aconteceu lá fora, mas se vocês se importam comigo, se confiam em mim como alguém que um dia poderá ser parte dessa equipe, eu Imploro. Deixem o Loki em paz.

Thor estava atento a cada palavra que saia de meus lábios. Seus olhos não sabiam onde deveriam ficar sua atenção, de modo que ficasse a todo tempo desviando seu olhar para o irmão. — Eu sei que vocês não vão com a cara do Loki, e já devem estar cansados de me ouvir dizer que ele não é Exatamente uma pessoa ruim. Mas ele salvou a menina Strak, não só a ela como a você também Tony. Não acham que devem dar um voto de confiança a ele ?

— Você já deu diversos votos de confiar a ele. E no final é sempre a mesma história. Ele mente, te engana, e lhe trai. Por que nós deveríamos seguir o mesmo jogo ? – Banner cruza seus braços para Thor que o olha de relance.

— Por que somos bem mais que os vingadores, somos bem mais do que colegas de trabalho. Nós somos Uma família Bruce ! E a família perdoa os erros, supera as diferenças. E lhe ensina a ser uma pessoa melhor. Então se querem que eu continue nessa família, vão ter que aceitar que o meu irmão não é mais o mesmo, e vão dar a ele uma segunda chance. – Thor passa um de seus braços ao redor dos ombros de Loki o chacoalhando de um lado para o outro.

— Já chega, para com isso energúmeno – Resmunga. — Não precisa de toda essa cena não... Se os bocos aí acham que são bons de mais para me ter perto então está ótimo. Não faço nenhuma questão dela confiança de ninguém... E não dou a mínima se me acham um monstro. Afinal de contas, talvez eu Realmente seja... Mas como já havia mencionado, vocês tem problemas bem maiores agora.

— Do que é que você está falando ? – Pergunto ainda me apoiando sob o ombro de Tony.

— Ultron, é dele que estou falando.

O silêncio extenso e perturbador do lugar logo deixa de existir, quando um forte som de explosão soa ao lado de fora do edifício, fazendo todo chão da cela tremer.

— Aí meu Deus...o que foi que você fez pai ? – sinto minha voz estremecer pouco pouco, ainda tentando processar a idéia de que o mundo estava Prestes a acabar.

— Não me olhem desse jeito. – Grita Tony. — Não podem me olhar como se fosse o grande vilão da história. Eu não queria construir aquela coisa se querem saber.

— Está nós dizendo que você construiu a coisa que Pode matar todos nós ? – Pergunta Steve.

— Eu não tive escolha, precisava ajudar a Anne. E não me restavam muitas opções se quer saber.

— A é mesmo ? E que tal a opção de não construa um robô assassino ? – Grita.

— Eu acho bom abaixar o tom quando for falar comigo Rogers. Você não tem família, não tem filhos, não tem a menor ideia do que tudo aquilo significou pra mim. Não tem noção da pressão que senti. Então vê se cala a droga da sua boca.

— Rapazes.. Rapazes... Fiquem calminhos aí. – Intervem Natasha. — Agora não é hora de discutir.

— A ruiva tem razão. – Pietro surge em meio a cela com Wanda em seus braços a colocando sutilmente sob o chão. – Vocês precisam sair daqui agora.

— Achei que já estivessem a quilômetros de distância daqui. Ou vão me dizer que já voltaram pra me matar ? – Sopra Tony.

— Embora a vontade seja grande, não estamos aqui por você Strak. – Rebate Wanda. — Fomos enganados, e só queremos poder ajudar de alguma forma, então espero que estejam cientes que esse lugar vai vir abaixo. Há vários explosivos ativos no primeira andar, e quando eles detonarem...

— O prédio todo vai cair ... – Sussurra Peter olhando aos meus olhos pela primeira vez dês de que chegou.

Sem perder mais nenhum minuto, através do trabalho em equipe todos estávamos fora a uma distância significativa do local. Pietro cuidou de retirar todos os civis que pudessem correr perigo com a explosão. E não demorou muito até que todo lugar viesse abaixo...soterrando não somente o corpo de Hammer, mas também o meu passado... passado ao qual eu esperava nunca mais ter de reviver outra vez...

Ali, parada em meio aquela calçada, olhando cada pedaço de destroço se espatifar ao chão. Eu não podia pensar em outra coisa... não conseguia deixar de reviver cada detalhe daquele momento de desespero. Era perturbador, e com certeza muito difícil de se reviver. Desse modo, quando finalmente me dou por conta que estava livre, não consegui conter as lágrimas aos olhos, explodindo completamente, como nunca havia chorado antes.

— Ei ... Tá tudo bem. – Tony me abraça forte fazendo com que minhas lágrimas caíssem ainda mais forte. — Eu estou aqui pequena Strak...Acabou agora, ele não vai mais te machucar ... Somos só você e eu.

Só você e eu ...

Repito suas palavras em minha mente diversas vezes. Tantas que até perdi a noção de quantos números poderiam existir.... e mesmo tendo a consciência que a luta maior ainda estava por vir, eu estava contente. Contente em saber que daquela vez, minhas lágrimas não eram apenas tristeza, não eram apenas medo... não eram apenas dor...Daquela vez, eu também chorava de alívio, emoção, felicidade...

Eu estou livre ...

O meu pai é o Tony Stark Onde histórias criam vida. Descubra agora