O meu pai é o Tony Stark

Capítulo 62

Narrativa

Salvo pela campainha, tony se sentiu tremendamente aliviado por não ter que tocar em tais assuntos com a sua filha. A garota estava mais que curiosa, e não iria parecer se dar por satisfeita por tão cedo. Felizmente, a visita inesperada a cabana iria mudar o foco de sua mente pelos próximos dias...

—— Tudo bem, mais não pense que eu vai se livrar de minhas perguntas tá legal ? Eu ainda tenho muita coisa pra perguntar e... – Anne perde suas palavras em meio a garganta assim que abriu a porta.

— Quem é meu amor ? – Pergunta Pepper

— Eu acho que é pra você pai. – Sorri.

— Eu não estou esperando visita nenhuma. – Tony coloca a mão sob os ombros da garota também ficando paralisado ao fitar o rosto de Steve e Natasha, parados a porta com um sorriso pequeno.

— Oi Tony. – Sussurra. — Esperarmos não ser muito tarde para um café.

Ao olhar mais para o fundo do quintal, Anne pode ver o rosto de Loki mais afastado do restante do grupo, próximo a seu irmão. Ele da um sorriso pequeno para a garota que imediatamente corre para fora da casa o abraçando forte de forma inesperada.

— Loki. – Grita correndo em sua direção. — Que bom que você veio.

— Ficaram malucos ? Onde estavam com a cabeça quando pensaram ser uma boa ideia confiar nesse cara ? – Rosna. — Ele é um criminoso, e um Mentiroso trapaceiro também. Está enganando todos vocês.

— Nós entendemos o seu receio Tony, também foi difícil para nós dar um voto de confiança ao Loki, mas ele tem ajudado muito nas nossas investigações, e o Thor acha que ele mudou de verdade. – Responde Steve.

— Francamente capitão, eu sabia que você era burro, mais não imaginei que era burrice a nível Thor. – Sopra. — Não podem vir a minha casa e trazer esse criminoso com vocês. Aliás vocês nem deviam estar aqui ! Anda Anne, volta pra dentro e se afasta desse cara AGORA ! – ordena.

— Mais pai, ele é legal. – A menina expressa um rosto chateado de desapontamento. — Já se esqueceu que ele salvou minha vida ? E a sua também.

— Entra agora Anne ! Eu não vou pedir duas vezes.

Ainda cabisbaixa Com a ordem de seu pai, Anne estava prestes a voltar para dentro, quando ouviu a porta do carro ser aberta mais uma vez, roubando sua atenção de imediato para o rosto de Peter. — Teioso... – Sussurra sorridente.

— Oi ... – O sorriso da menina não demorou muito a se desfazer quando percebeu os olhos marinados de Parker. Seu rosto abatido e  com algumas manchas de sangue logo chamaram a atenção de Tony, que correu até ele no mesmo momento.

— O que é que está acontecendo? Por que ele está ferido? – Pergunta nervoso. — Será que vocês podem falar que droga vieram fazer aqui ? – Grita.

Os olhos de Peter estavam prestes a transbordar em lágrimas quando ele deixou escapar uma soluço rouco abraçando Tony fortemente, como se buscasse naquele aquele abraço um pequeno refúgio para sua dor.

— Eu não consegui senhor, não consegui protegê-la – Gagueja. — Ela estava lá comigo, estávamos assistindo TV. Eu sabia que tinha alguma coisa de errado, eu sabia senhor...e não fiz nada pra impedir, eu não consegui.

Anne estava totalmente assutada e preocupada com seu amigo. Ela nunca tinha o visto chorar daquela forma, e não podia entender o que tinha acontecido. Mas ela tinha certeza que não era nada bom, e sem sombra de dúvidas as coisas iriam começar a piorar de agora em diante.

— Tá tudo bem garoto, respira fundo. Me conta o que foi que aconteceu, como foi que você se machucou ? – Tony coloca ambas suas mãos ao rosto pálido de Peter que engole algumas de suas lágrimas.

— A tia May...o Ultron...ele matou ela senhor Stark, ele matou a minha tia bem na minha frente. E eu não pude fazer nada senhor...eu tentei, mas não pude fazer nada. – Fala com dificuldade.

— Aí meu Deus... – Sussurra Anne.

— Quando descobrirmos os planos do Ultron fomos imediatamente a procura do garoto. Sabíamos que ele iria atacar, imaginamos que fosse usar o menino para tentar chamar sua atenção de alguma forma.  Mas quando chegamos já era tarde demais, ele havia levado um exercício de robôs para o lugar, estava cheio de destroços e entulhos para todos os lados. Nós sentimos muito Tony....tentamos ajudar, mas era tarde demais. – Natasha se mantém cabisbaixa durante toda conversa. Seus olhos marinados e mãos trêmulas deixavam evidente o quão fragilizada ela estava diante daquela situação.

— Eu sinto muito Pete, sinto muito mesmo. – Anne coloca a mão sob o ombro do garoto que logo a abraça forte. — Nós temos que fazer alguma coisa pai, não dá mais pra esperar, se vamos agir tem que ser agora, já chega de nos esconder, chega de sentir medo.

— Você quer parar com isso Anne ? – Grita. — Quer parar de dizer o que é que eu devo ou não fazer ? Já estou de saco cheio disso. – Sopra. — Eu não vou agir no impulso, não vou deixar a raiva me consumir mais uma vez. Por que foi exatamente isso que nós trouxe onde estamos hoje ! Minha raiva e sede de vingança me levaram a cometer esse erro, e eu não vou cometer a mesma estupidez.

— Eu não sei o que fazer, não tenho pra onde ir, nem tenho mais ninguém além de vocês. – Funga. — Os vingadores sempre foram a minha segunda família, e dês de que fui expulso da equipe, a tia May foi o meu maior refúgio. Ela me dava forças, me encorajava a continuar lutando, mesmo quando eu não tinha mais o apoio de ninguém. E agora ela se foi... agora eu estou perdido, sem casa, sem família...eu devia ter feito mais, devia ter a protegido. – Peter não conseguia controlar suas lágrimas, por mais que ele tentasse a sua dor era algo incurável. Uma ferida gigantesca e muito difícil de se cicatrizar, e Tony sabia bem como era isso.

— Escuta garoto. – Murmura. — Eu sei como é perder tudo, sei que seu mundo pode estar desmoronando agora. Mas você não está sozinho, pode contar comigo pra qualquer coisa que precisar,  e eu sei que jamais vou poder ocupar o lugar que a sua tia teve em sua vida. Mas nós Estamos aqui, sua família está bem aqui na sua frente, e nós não vamos embora.